Abrantes e as suas filarmónicas
Bandas Filarmónicas no Concelho de Abrantes
História e tradições filarmónicas.
[ No que se refere às filarmónicas, o projeto Musorbis está apenas a começar, sendo previsível que até ao final do ano todas as bandas possam estar na plataforma. O processo pode ser acelerado com a cooperação dos interessados no que se refere a historiais e fotografias em falta. ]
A fotografia em destaque neste momento é aleatória. Para inserir currículo em falta, envie para Meloteca@meloteca.com, que será inserido gratuitamente. Para ter foto destaque e estar no topo durante um ano opte pelo DESTAQUE Musorbis (10€). As receitas ajudarão a criar o mapa interativo da música em Portugal.
Banda Filarmónica Mourisquense
A Banda Filarmónica Mourisquense nasceu com a criação de uma Associação a 3 de maio de 1995. Antes da atual denominação chamou-se: Escola e Banda de Música da Casa do Povo de Mouriscas, que abriu com cerca de trinta aprendizes, sob a orientação e regência do maestro Francelino Lopes Pereira de Sardoal, em 1981. No final desse ano a Escola já contava com cerca de cinquenta alunos, com idades compreendidas entre os oito e os sessenta.
BFM
A Banda da Escola teve então a sua primeira atuação com 25 músicos, no dia 23 de janeiro de 1983, na festa de São Sebastião, padroeiro da freguesia de Mouriscas. No início do ano de 1995 e por alteração do quadro legal das casas do povo, houve necessidade de criar e organizar uma nova associação de apoio à Banda a qual nasceu por escritura, a 3 de maio de 1995.
A Banda Filarmónica Mourisquense é, por certo, a banda mais jovem do concelho de Abrantes, celebrou 25 anos no domingo 3 de maio de 2020. Além disso, é composta por 30 músicos com idades compreendidas entre os 9 e os 22 anos. O aniversário, completando um quarto de século, devido à pandemia de covid-19, seria assinalado de forma diferente. Foi anunciado que no dia 3 de maio, recorrendo às plataformas digitais, os músicos tocarim o hino das Mouriscas, numa sessão conjunta à distância. O momento musical, em vídeo, seria replicado nas redes sociais da Banda Filarmónica.
Banda Filarmónica Alveguense
A Banda Filarmónica Alveguense foi fundada a 1 de janeiro de 1938 pela, agora extinta, Casa do Povo de Alvega. Devido à instabilidade legal e consequente desativação da Casa do Povo, tornou-se necessário pensar no futuro deste agrupamento e, a 20 de junho de 1994, nasceu a Associação sem fins lucrativos denominada Banda Filarmónica Alveguense. A Banda tem atuado em várias localidades do País de norte a sul. Participou em feiras de artesanato, mostras gastronómicas, festivais de bandas de música civis, além de concertos e desfiles em arraiais e festejos populares. Conta com uma deslocação a Espanha.
BFA
Tem um admirável espólio, testemunho da sua intensa atividade desenvolvida ao longo dos anos. Mantém uma Escola de Música, suporte artístico do grupo, que possibilita a substituição de músicos. Paulo Manuel Alfaiate Pires é o responsável pela Banda de Música e pela Escola.
Sociedade Filarmónica de Educação e Beneficência Riomoinhense
A Sociedade Filarmónica de Educação e Beneficência Riomoinhense é uma associação sem fins lucrativos da Freguesia de Rio de Moinhos, Concelho de Abrantes. Tem Banda Filarmónica e uma Escola de Música, dividida por vários níveis de aprendizagem, com ensino gratuito. A coletividade terá sido fundada no início do século XIX, com origens a partir do coro da paróquia da Santa Eufémia. Este foi adquirindo instrumentos musicais e formando, posteriormente, a Banda.
SFEBR
A Filarmónica participa em procissões, arruadas, festas, concertos, dias comemorativos, dias festivos. Tem cerca de 35 executantes, com idades entre os 12 e os 55 anos, quase todos formados na sua Escola de Música, que agora tem 30 aprendizes. Aníbal Lobato é o Maestro da Banda Filarmónica.
BANDAS EXTINTAS
Sociedade Filarmónica Abrunhosense
A Sociedade Filarmónica Bela Mocidade terá sido fundada em 1917 por um conjunto de cidadãos residentes em Abrunhosa do Mato, lugar pertencente à freguesia de Cunha Baixa, no concelho de Mangualde, distrito de Viseu. O seu primeiro maestro foi Manuel Primo, natural de Vila Nova de Tázem. Na sua fundação e desenvolvimento teve particular importância a figura de António Abrantes Almeida, que disponibilizava o seu “sótão” (atualmente designado “cave”) para a realização dos ensaios.
Apenas em 1929 foram comprados os terrenos e construído o “ensaio”, edifício que viria a substituir o “sótão” do senhor António Abrantes Almeida e as várias garagens dos músicos, onde decorriam os ensaios. A banda deslocava-se a pé para os serviços ou de comboio, através da famosa Linha da Beira Alta. A Abrunhosa do Mato sempre foi uma aldeia com bastante emigração, no entanto nos anos 40-70 este fenómeno acaba por ditar o fim desta banda, que é extinta aproximadamente no fim da década de 40. (Margarida Cardoso)