Cabeceiras de Basto e as suas filarmónicas

Banda Cabeceirense
Filarmónicas de Cabeceiras de Basto

Bandas de Música, História e Atividades no Concelho

Banda Cabeceirense

Fundada em 1820, é a mais antiga das coletividades do concelho, sendo também a maior implantação e a que mais contribuiu para a aprendizagem e divulgação musical nas terras de basto. Desde a sua fundação viveu períodos áureos mas também momentos difíceis, chegando mesmo a estar inativa, por pouco tempo.

Em 1986 um grupo de músicos e de ilustres cabeceirenses ligados ao desporto e à cultura, com a colaboração da Câmara Municipal conseguiram fazer renascer a coletividade. Foi também nesta data em que se deu a fundação da Escola de Música que teve como grande impulsionador e principal dinamizador e pedagogo o contramestre Lourenço de Castro.

Em 1991, a Direcção, com o apoio e colaboração de alguns executantes, Câmara Municipal e outras individualidades do concelho, conseguiram angariar fundos para renovação do instrumental.

Banda Cabeceirense

Banda Cabeceirense

Em 1999 na sequência da grande afluência de jovens a Escola de Música, nasceu a Banda Juvenil Cabeceirense, composta por 40 jovens executantes que desde então e apesar da sua tenra idade tem brilhado em encontros de bandas Juvenis e na participação de concertos efetuados no âmbito das atividades culturais desenvolvidas pela Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto.

A banda participa nas maiores romarias do Norte, festivais de bandas filarmónicas, concertos em teatros, desfiles e receções as mais altas individualidades do País, nomeadamente Presidente da República, Primeiros-ministros e Secretários de Estado.

Foi dirigida por maestros de renome, como Amílcar Cunha, Serafim Aguiar, Joaquim Peixoto José Machado, Gil Lopes entre outros.

No historial da banda destacam-se figuras que foram marcantes na atividade desenvolvida pela coletividade, cuja dedicação e empenho em prol da mesma foram merecedores de reconhecimento público. António Mendes foi um maestro cabeceirense, que a autarquia homenageou e a quem erigiu um busto, junto a casa da música que é sede da banda Cabeceirense. A sede para a banda era um anseio a muito esperado, que graças à Autarquia foi alcançado.

A Banda Cabeceirense é composta por 62 elementos e tem como seu Diretor Artístico o Maestro Paulo Nunes, sendo responsável pelo Ensino na Escola de Música o Professor Armindo Nunes.

No dia 1 de outubro de 2016, o o Ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, visitou o concelho de Cabeceiras de Basto, passando pela Casa da Música, sede da Banda Cabeceirense, e pela sede do Rancho Folclórico de S. Nicolau, na freguesia de Cabeceiras de Basto, jornada dedicada à Cultura que contou com a presença dos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal. Depois do vice-presidente e presidente da Banda Cabeceirense, José Manuel Silva e João Pacheco, respetivamente, darem a conhecer a dinâmica e o funcionamento da instituição, o Ministro da Cultura expressou:

“que melhor forma de comemorar o Dia Mundial da Música que estar aqui no seio de uma agremiação que promove a música. Gentes capazes de desenvolver o ensino da música e de formarem músicos notáveis”, disse o governante, destacando a “extraordinária capacidade de iniciativa e de coesão. Um exemplo de cultura notável. Aqui se afirma na nossa identidade”, concluiu.

Na sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, Francisco Alves, afirmou ser “um gosto e uma honra” participar na visita que o Ministro realizou à Casa da Música de Cabeceiras de Basto, “um espaço que, em tempos, a Câmara Municipal recuperou e que em boa hora permitiu que aqui se instalasse a Banda Cabeceirense, a instituição mais antiga do concelho que em 2020 completará 200 anos. A Câmara Municipal, Cabeceiras de Basto e os Cabeceirenses orgulham-se desta instituição que tem sido embaixadora da nossa terra e da nossa cultura por onde tem passado”, sublinhou.

Banda Cabeceirense, com o Ministro da Cultura, em 2016

Banda Cabeceirense, com o Ministro da Cultura, em 2016

“Em Cabeceiras de Basto temos apoiado a cultura, seja a música, de que é exemplo a Banda Cabeceirense que tem uma escola de formação que envolve tantas crianças e jovens; seja o teatro e, a este propósito refiro, o magnífico trabalho que o Centro de Teatro da Câmara Municipal tem feito na divulgação desta arte a partir da recolha da nossa história e da sua divulgação. Um projeto inclusivo que envolve tantas cabeceirenses; seja o Património de que é exemplo o NOSSO Mosteiro, o Mosteiro de S. Miguel de Refojos, um Mosteiro beneditino que decidimos, em finais de 2013, candidatar a Património Cultural da Humanidade.

A finalizar, Francisco Alves deixou uma palavra à Banda Cabeceirense na passagem pelo seu 196º aniversário, reconhecendo o “excelente trabalho” que tem desenvolvido, manifestando igualmente à Banda o seu apoio.