Calheta (São Jorge) e os seus órgãos de tubos
Calheta [4]
[ Ilha de São Jorge ]
Igreja Matriz da Calheta
[ Santa Catarina de Alexandria ]
A atual Igreja de Santa Catarina é um edifício de construção posterior a 1639, pois nesse ano, um grande incêndio destruiu a primeira que remontava ao século XVI. Após o incêndio, a igreja construída em substituição foi levantada em sitio menos exposto ao mar e onde anteriormente tinha havido uma capelinha de Santa Catarina destruída por erupção vulcânica. Tal construção deve ter-se iniciado ainda em meados do século XVII, porque as obras levadas a efeito foram de retificação, devendo então o frontispício do templo ter avançado alguns metros. Nessas, obras, houve a preocupação de tornar o adro com dimensões bastantes para procissões em volta do templo. As obras só ficaram completas em 1763. A torre apresenta um relógio de quatro mostradores. No interior destaca-se a Capela-mor em talha dourada, as imagens da sua padroeira; uma de escultura primitiva do século XVI e outra do século XVII e um valioso condelabro. São ainda de dignos de nota os seus portões em cantaria, decorados ao gosto do Barroco açoriano. O terramoto de 1980 danificou seriamente a igreja pelo que novamente foram necessárias obras de restauro e o templo só voltou a abrir ao culto em 1991. Num patamar dos degraus que existem nas traseiras do templo foi construído o Império do Espírito Santo da Calheta.
Possui um órgão histórico da autoria de António Xavier Machado e Cerveira, opus 29, executado em 1790, restaurado por Dinarte Machado Atelier Português de Organaria, no ano de 1991.
Igreja Matriz da Ribeira Seca
[ São Tiago Maior ]
A Igreja de São Tiago Maior é um edifício de arquitetura religiosa de características barrocas dotado com uma torre sineira e belos trabalhos em cantaria de basalto negro. A igreja primitiva aqui existente, que datava do século XVI, foi destruída em 1757 por um tremor de terra e reedificada em 1761. Em 1980, voltou a ser danificada pelo terramoto tendo sido restaurada entre 1990 e 1993. A igreja apresenta-se com três naves, uma Capela-mor com retábulo pintado a ouro e a azul. Tem dois nichos laterais, dois altares também laterais e uma Capela que serve como lugar de abrigo para o Sacrário. O altar-mor foi construído em 1774 e restaurado em 1940.
Possui um órgão histórico da autoria de Manuel Serpa da Silva, construído em 1892.
Igreja Matriz de Santo Antão
Calheta de São Jorge
A atual Igreja de Santo Antão foi inaugurada a 19 de julho de 1992 e foi edificada em alvenaria pintada a cor branca. Possui duas torres sineiras laterais à fachada dotada de janela e óculo encimadas por pináculo piramidal. Este templo de grandes dimensões encontra-se ao cimo de uma grande escadaria. No local onde se encontra este templo, existia outra igreja sob a mesma evocação e que foi destruída em 1757 pelo grande terramoto que devastou a ilha de São Jorge. O terramoto ocorrido em 1 de janeiro de 1980 voltou a destruir este templo de tal forma que teve de se proceder à construção da igreja existente.
O órgão de tubos desta igreja é um dos mais importantes órgãos históricos dos Açores, da autoria do notável organeiro português Joaquim António Peres Fontanes, construído em 1790.
Igreja Matriz do Topo
[ Nossa Senhora do Rosário ]
A Igreja Matriz do Topo é um edifício de arquitetura religiosa do século XVI que foi sujeito a obras de reconstrução e ampliação durante o século XVIII, pois ficou bastante danificado pelo terramoto de 1757. A fachada principal é dotada de um maciço portal, três janelões e dois óculos. A completar o conjunto, um medalhão que representa Nossa Senhora. A sua característica e baixa torre sineira é única na arquitetura religiosa da ilha de São Jorge. No interior, possui valiosos elementos de arte religiosa e uma igualmente valiosa talha dourada. Destacam-se ainda as telas que representam o Lava-pés, a última Ceia, a Ressurreição, a Ascensão de Cristo, os Quatro Evangelistas. O púlpito é marcadamente Barroco.
Possui um órgão histórico da autoria de Manuel Serpa da Silva, construído em 1893.