Chaves e as suas filarmónicas

Orquestra de Sopros da Academia de Música e Artes de Chaves
Filarmónicas e agrupamentos similares em Chaves

História, bandas de música e atividades no Concelho

  • Banda Musical Casa de Cultural Popular de Outeiro Seco
  • Banda Musical da Torre de Ervededo
  • Banda Musical de Loivos
  • Banda Musical de Rebordondo
  • Banda Musical de Vila Verde da Raia
  • Banda Musical Flaviense ‘Os Pardais’
  • Orquestra de Sopros da Academia de Artes de Chaves
Banda Musical Casa de Cultural Popular de Outeiro Seco

No âmbito das atividades promovidas pela Casa de Cultura Popular de Outeiro Seco, no dia 4 de janeiro de 1999, a CCP Outeiro Seco decidiu iniciar um novo projeto, que visava começar a promover a formação musical dos seus associados. Depois das primeiras aulas de formação, para as quais foi contratado o professor Manuel Heitor Reis, o projeto inicial – que pretendia ser uma Tuna musical – acabou por ganhar forma em outros moldes, tendo-se então resolvido constituir uma Banda Filarmónica. Depois de diversos peditórios pela aldeia, adquiriu-se então o primeiro instrumental para a banda e iniciaram-se as primeiras aulas de instrumento.

BMCCPOS

Banda Musical Casa de Cultural Popular de Outeiro Seco, Chaves

Banda Musical Casa de Cultural Popular de Outeiro Seco, Carnaval

Em 2000, apresentou-se pela primeira vez em público, na sua terra, a Banda Musical da Casa de Cultura Popular de Outeiro Seco. Ininterruptamente ativa desde a sua fundação, é seu fundador, maestro e diretor artístico o professor Manuel Heitor Reis. A Casa de Cultura Popular disponibiliza para a banda uma escola de música, onde é fomentada a formação de jovens aprendizes e de seniores. Orientada pelo professor Manuel Heitor Reis, conta ainda com a ajuda do professor Carlos Pires na formação dos instrumentistas de metais. Com um reportório diversificado, a Banda Musical presta serviços típicos das bandas filarmónicas, como arruadas, missas, procissões, concertos e arraiais.

Banda Musical da Torre de Ervededo

A Banda Musical da Torre de Ervededo foi fundada em 1917, foi desativada em 1959 e refundada 70 anos mais tarde, a 14 de maio de 1987, pela mão do saudoso Maestro Laurentino Macedo. A Associação Cultural e Recreativa da Torre de Ervededo relançou, assim, a desaparecida banda com dinheiros provenientes, na sua maior parte dos emigrantes, amigos e habitantes da aldeia.

BMTE

Banda Musical da Torre de Ervededo, Chaves

Banda Musical da Torre de Ervededo, Chaves

Desde 2015, o seu diretor artístico é o Maestro Ricardo Lopes, Maestro “nascido” na Escola de Música. Conta neste momento com cerca de 45 elementos, com idades entre os 10 e os 70 anos. Possui uma Escola de Musica com cerca de 22 alunos. É composta, na sua maioria, por elementos que se reúnem depois dos seus empregos, ou dos seus estudos, e se entregam à música com esforço e dedicação. Alguns dos seus músicos frequentam ou frequentaram escolas profissionais e conservatórios de Música, nomeadamente a Academia de Música de Chaves, conciliando, muitas vezes, os estudos musicais com as atividades letivas ou profissionais.

Na Marcha de Ervededo, Monsenhor Ângelo do Carmo Minhava descreve:

“Desde o vale à serra,
Que beleza encerra
Esta região tão singular!

Já de manhã cedo,
Entre o arvoredo,
Andam passarinhos a cantar!

E a brisa que passa,
Ao ver tua graça,
Leva a todo o lado o nome teu!

Gente de Ervededo
Lugar lindo e ledo
Agradece o dom que Deus te deu.”

Banda Musical de Loivos

Fundada em 1826, a Banda Musical de Loivos tem vindo a desenvolver, ininterruptamente, uma ação promotora da música numa região.  Realiza regularmente concertos na sua região e é uma presença assídua nas festas e romarias. Teve a direção artística dos maestros José Rodrigues “Carriço” (anos 50 e 60), José Maria (anos 80), José Lourenço Costa (anos 90), entre outros.

BML

Banda Musical de Loivos

Banda Musical de Loivos

A BML é composta por cerca de 60 elementos, na sua maioria jovens, que conciliam a sua vida profissional com a atividade musical nesta banda. Embora seja uma banda bastante jovem na sua composição, conta nos seus quadros com jovens músicos em formação no seu instrumento, fruto de uma aposta forte da BML na formação dos seus músicos, através de protocolos com escolas de Ensino Artístico Especializado como através da sua escola de música onde jovens dão os primeiros passos no mundo da música de modo a poderem ingressar mais tarde no corpo da própria banda. Em 1999, gravou um disco cujos temas ilustram o trabalho desenvolvido. Desde 2012, a BML tem como diretor artístico o Maestro Luciano Pereira que iniciou o seu percurso na BML com 11 anos e é natural da aldeia de Loivos.

Banda Musical de Rebordondo

A Banda Musical de Rebordondo é uma coletividade do concelho de Chaves, ao serviço da educação e divulgação cultural na promoção da sua região.

BMR

Banda Musical de Rebordondo, Chaves

Banda Musical de Rebordondo, Chaves

Banda Musical de Vila Verde da Raia

A Associação Banda Musical de Vila Verde da Raia está localizada em Vila Verde da Raia, concelho de Chaves. É uma Associação com personalidade jurídica a partir de 21 de janeiro de 1991 sendo a ultima data de alteração de estatutos em 15 de Maio de 2002. É uma coletividade ao serviço do povo desde 6 de outubro de 1860.

BMVVR

Banda Musical de Vila Verde da Raia, Chaves

Banda Musical de Vila Verde da Raia, Chaves

Segundo António Dias Bento no início do século XX a Banda Musical composta pelo célebre “Grupo dos quatorze”, contava com os seguintes instrumentos: dois clarinetes, um bombardino, dois trombones curtos, um helicon, dois cornetins, um alto, uma flauta, uma tarola, um bombo e um par de pratos turcos. Entre outros regentes da Banda, destacam-se os compositores Jerónimo Bragança, José Joaquim da Silva, o Vila Verdense António Carvalho (O Farinhas) e o Maestro Carlos Emídio Pereira, autor da música da marcha desta aldeia com o titulo “Terra nossa” cujo poema é da autoria da poetisa Maria Nelson. O diretor artístico da Banda é, desde 1999, o professor e compositor Vítor Manuel dos Santos, natural da República Federal da Alemanha.

Banda Flaviense “Os Pardais”

A Banda Flaviense “Os Pardais” foi fundada a 18 de janeiro de 1925 por um grupo de flavienses, com destaque para João Gonçalves, mais conhecido por “João das Pombas”. Como o grupo não tinha disponibilidade financeira para a implementação da Banda, através de uma instituição bancária obteve um empréstimo que, como garantia, foi a hipoteca da própria casa de habitação de João Gonçalves. Por consenso foi-lhe dada a denominação de Banda Flaviense. Por haver uma ave (pardal) muito frequente na região, foi alcunhada de “Os Pardais”, alcunha que mantém.

BFP

Banda Flaviense “Os Pardais”

Banda Flaviense “Os Pardais”

Orquestra de Sopros da Academia de Artes de Chaves

A Orquestra de Sopros da Academia de Artes de Chaves foi fundada em 2008 integrada na oferta curricular do Curso Básico de Música da Academia de Artes de Chaves no âmbito da disciplina de Classe de Conjunto. Composta por cerca de 20 alunos, surgiu da necessidade de agregar os alunos oriundos das bandas filarmónicas da região num grupo que lhes permitisse evoluir tanto ao nível das competências específicas para a música de conjunto como da evolução, indireta, das coletividades em que se integravam.

A necessidade de desenvolver um meio musical com dificuldades reconhecidas no acesso ao ensino especializado da música foi o mote que liderou este projeto. Com o  tempo, a Orquestra de Sopros começou a despertar um interesse cada vez maior nos meios musicais da região, tendo admitido alunos de outras instituições de ensino da música da região.

Em 2009, a Orquestra de Sopros da AAC apresentou-se a concurso no III Concurso Internacional de Bandas “Ateneu Vilafranquense” em Vila Franca de Xira. Concorrendo na 3ª categoria, a experiência foi encarada como mais um momento de trabalho e evolução de todos. Como resultado do mesmo, a Orquestra de Sopros da AAC foi laureada com o 2º Prémio na dita categoria.

Nos tempos que se seguiram, a Orquestra de Sopros da AAC começou a obter um reconhecimento cada vez maior, tendo sido convidada a apresentar-se em diversas salas da região norte do país, para além dos concertos regulares realizados no Auditório Municipal de Chaves.

Destacam-se as participações nas Comemorações do 25 de Abril organizadas pelo Governo Civil de Vila Real (2009), a participação no Festival Musica Viva em Mateus – Vila Real (2010) e a participação no Festival Filarmonia ao Mais Alto Nível em Santa Maria da Feira (2010). Para além destes, a Orquestra de Sopros da AAC tem vindo a apresentar-se regularmente em Chaves e nas localidades circundantes. A Orquestra de Sopros da AAC é composta por cerca de 70 elementos, sendo eles alunos do curso básico na sua maioria, professores da AAC e músicos externos à AAC. Os músicos da Orquestra são oriundos dos concelhos de Chaves, Boticas, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Mirandela, Vila Real e Alijó. É dirigida, desde a sua fundação, pelo professor Luciano Pereira.

Orquestra de Sopros da Academia de Música e Artes de Chaves

Orquestra de Sopros da Academia de Música e Artes de Chaves

No dia 31 de julho de 2022, a Orquestra de Sopros da Academia de Artes de Chaves, sob a direção de Luciano Pereira, conquistou o título de Campeã do Mundo ao vencer o World Music Contest (WMC) em Kerkrade, nos Países Baixos, na categoria mais elevada do concurso.

O World Music Contest (WMC), que se realiza em Kerkrade a cada quatro anos desde 1951, é um festival de música para Orquestras de Sopro, Ensembles de Percussão, Brass Bands e Marching Bands.

Durante o festival de quatro semanas, o WMC tem uma programação eclética e multicultural, mostrando um corte transversal do que a música de sopro tem para oferecer. O World Music Contest atrai cerca de 200.000 visitantes e 15.000 músicos nacionais e estrangeiros a cada edição, tornando-o um dos maiores festivais dos Países Baixos e o concurso de música para instrumentistas de sopro mais importante do mundo.

Na sua XIX Edição, a Orquestra de Sopros da Academia de Artes de Chaves teve a oportunidade, após uma fase de pré-seleção, de se apresentar lado a lado com as mais variadas e proeminentes orquestras de sopros de prestígio internacional.

O tema do concerto foi construído em redor da Nacional 2 (N2), levando uma das mais belas estradas do mundo numa viagem musical e visual até Kerkrade. Nesta prova, que trouxe 105 músicos Portugueses a palco, a Orquestra de Sopros da AAC fez a estreia mundial da obra Sinfonia n.º3 de Martinez Gallego, Aquae Flaviae, composta expressamente para esta apresentação. Esta Sinfonia foi composta com inspiração em melodias populares da região de Chaves. Foi também interpretada a obra “BoDEGA” de Salvador Sebastiá, que contou com a performance em palco do ilustrador flaviense António Ribeiro.

Na categoria mais prestigiada do concurso (Concert Division), entre sete distintas orquestras de sopros, a Orquestra de Sopros da AAC conquistou o primeiro lugar com 97,23 pontos, atingindo assim quase a pontuação máxima de 100 pontos.