Esposende e os seus coros
Coros de Esposende
Atividade coral no Concelho
- Ars Vocalis
- Coro de Pequenos Cantores de Esposende
- Coro Sénior de Esposende
O coro Ars Vocalis trabalha em formação de coro júnior, pretendendo desenvolver este conceito na prática coral portuguesa com a perspetiva de escola e formação. A formação é constituída por cantores dos 15 aos 18 anos de idade, todos do concelho de Esposende. O Ars Vocalis nasce em 2009 com um grupo de crianças com 10 anos de idade, alunos da Escola de Música de Esposende (EME) no âmbito do Regime de Ensino Articulado da Música. Este é um projeto da identidade da EME e do seu Projeto Educativo, sendo a consequência mais direta da formação desenvolvida no Coro de Pequenos Cantores de Esposende (CPCE). Os dois projetos estão intimamente relacionados pois, de futuro, os elementos do CPCE transitarão para o Ars Vocalis.
Ars Vocalis
Ars Vocalis
Numa primeira fase, na Escola Básica do Baixo Neiva, o grupo de 35 crianças desenvolve um trabalho musical dedicado à construção de hábitos vocais e corais recorrendo aos compositores portugueses que compuseram para este trabalho pedagógico, como Fernando Lopes-Graça (Canções e Rondas Infantis, Cançõezinhas da Tila, “Aquela Nuvem e outras”), e Sérgio Azevedo. Numa fase posterior do trabalho, o Coro Ars Vocalis começa a trabalhar a polifonia mista com a evolução vocal dos Meninos Cantores.
Do seu ainda breve percurso, destaca-se a participação na primeira e segunda edição da Temporada de Música – MusiCórdia MMXIII e MusiCórdia MMXIV. Em 2013, o Coro Ars Vocalis, participou no prestigiado Festival Internacional de Música de Cantonigrós (Vic – Catalunha) representando Portugal na categoria de coros infantis, sendo o único, nesta categoria, a apresentar-se na formação de coro misto. Em 2014 participou no Fórum de Educação 2014, em Esposende e no Fórum de Sociologia da Educação Luso-Brasileiro, organizado pela Faculdade de Sociologia da Universidade do Porto.
O trabalho desenvolvido ao nível do repertório é adequado ao timbre e características vocais dos coralistas, respeitando a fase de transição vocal em que se situam. No entanto, procura-se a descoberta dos grandes compositores, o estímulo à composição contemporânea e a mescla de sonoridades distintas, unidas pela linguagem coral.
O Coro Ars Vocalis realizou em 2016 uma importante classe de aperfeiçoamento para o seu crescimento com a diretora coral Jo Mcnally da ABCD (Associação Britânica de Diretores Corais). Em parceria com a Câmara Municipal de Esposende, desenvolve o projeto Mare Nostrum – Cantigas & Poemas. Este projeto integra a edição de um livro com um disco com obras que têm o Mar como inspiração. O Ars Vocalis encomendou ao compositor Telmo Marques uma obra neste âmbito, sendo lançada em 2016. Para além desta obra o grupo conta já com o Motete “Salutaris Hostia” do compositor residente Osvaldo Fernandes, obra esta escrita e dedicada ao coro.
A motivação que levou à criação deste coro é a convicção profunda de que a música, em particular a música vocal/coral, pode ser um instrumento para a elevação cultural das camadas mais jovens, assim como um estímulo para a arte em geral. A aplicação prática deste facto tem como consequência uma sociedade humanamente mais rica e conhecedora quer artisticamente, quer na procura de valores como a qualidade, o rigor, a exigência e a infinita busca da perfeição. O projeto tem sempre em mente a criação de “escola” e tradição.
Coro de Pequenos Cantores de Esposende
O Coro de Pequenos Cantores de Esposende surgiu em 2009, fruto de uma parceria entre a Câmara Municipal de Esposende e a Escola de Música de Esposende. Apresentou-se em vários locais da zona norte de Portugal, diversas freguesias de Esposende, Igreja de S. Vitor, em Braga, Sé de Braga, Igreja de Cedofeita (Porto), Igreja da Misericórdia em Guimarães, Igreja da Lapa no Porto, Auditório do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, Theatro Circo e Parque de Exposições de Braga, Centro Cultural de Belém e Casa da Música, no Porto.
O CPCE apresentou em 2014, em colaboração com o decateto de metais Portuguese Brass, a obra encomendada pela Confraria da Semana Santa de Braga – “Paixão segundo S. João”, de Osvaldo Fernandes, com a direção do maestro português José Eduardo Gomes.
Para além do decateto de metais Portuguese Brass, o CPCE já teve oportunidade de trabalhar com a Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins e a Banda de Antas. O CPCE trabalhou em 2013, em masterclasse, com Anita Morrinson, preparadora vocal do Coro da Catedral de Westminster de Londres e com Lluis Vila i Casañas, diretor do Coral Sant Jordi e professor na Escola Superior de Música da Catalunha, tendo-se apresentado com este Maestro na Casa da Música, no Porto.
CPCE
O CPCE tem no seu histórico diversas obras dedicadas ao próprio coro. De Fernando Lapa, “Magnificat”; de Sérgio Azevedo, “Romance do Caçador e da Princesa”; de Paulo Bastos, “Três canções de Natal”; de Osvaldo Fernandes (compositor residente) – “Fantasia à volta de um poema”, “Missa brevis”, Ciclo “Mudam-se os Tempos”, Ciclo “Natal Português”, “É Tempo de Natal”, “Paixão segundo S.João” (para coro SSA, decateto de metais, órgão, percussão e solistas). Em Março de 2016 o CPCE estreou Stabat Mater, encomenda do coro ao compositor português António Pinho Vargas.
O CPCE pretende ser uma fonte de formação de músicos do futuro e simultaneamente do público do presente. Desta forma, pretende promover a produção nacional contemporânea de obras dedicadas ao ambiente sonoro Pueri Cantores.
O CPCE gravou, em 2013, o seu primeiro disco – “Mudam-se os Tempos” (financiado pela Secretaria de Estado da Cultura, através da Direção Geral das Artes). Em 2014 gravou o segundo disco – “É tempo de Natal”, com obras de compositores portugueses. Ambos os projetos discográficos apresentam obras que procuram transmitir uma mensagem de elevado valor artístico, estando implícito em ambos um movimento coral que pretende influenciar a produção nacional.
Em 2015, a convite da Associação Portuguesa de Educação Musical, participou na gravação de obras do compositor Paulo Bastos, incluídas no projeto desta Associação: “Cantar Mais”.
A motivação que levou à criação deste coro é a convicção profunda de que a música, em particular a música vocal e coral, pode ser um instrumento para a elevação cultural das camadas mais jovens, assim como um estímulo para a arte em geral. A aplicação prática deste facto tem como consequência uma sociedade humanamente mais rica e conhecedora, quer artisticamente, quer na procura de valores como a qualidade, o rigor, a exigência e a infinita busca da perfeição. O projeto tem sempre em mente a criação de “escola” e tradição.
Coro Sénior de Esposende
O Coro Sénior de Esposende, composto por cerca de 120 idosos, estreou-se a 15 de maio de 2016 no concerto “Memórias d’(en)Cantar – Canções Tradicionais Portuguesas”, que decorreu no Dia Internacional da Família, na Igreja Matriz de Apúlia.
O evento contou, entre outras, com a presença do Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira, da Vereadora da Coesão Social, Raquel Vale, e do Arcipreste de Esposende, Padre Delfim Fernandes. Benjamim Pereira destacou a relevância deste projeto que está a ser desenvolvido no âmbito da Rede Social de Esposende, com todas as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho com valência para a terceira idade e a importante colaboração de outros parceiros, apontando-o como mais um especial contributo para o bem-estar dos idosos, refletido no brilho e alegria dos seus rostos durante o concerto.
O Autarca saudou a dinâmica e a articulação em rede no plano social, bem como o trabalho desenvolvido pelos maestros Ana Carolina Capitão e Luís Clemente, responsáveis pela direção musical deste projeto, que resultou num momento há muito ambicionado pelos idosos do concelho.