Estremoz e os seus órgãos de tubos
Órgãos de tubos do concelho de Estremoz [2]
De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:
Igreja do Convento de São Francisco de Estremoz
Edifício de arquitetura religiosa gótica, renascentista, barroca, neste convento franciscano se encontram a Capela de D. Fradique renascentista; altar-mor de talha barroca e frontaria setecentista. No braço S. do transepto, retábulo com árvore de Jessé em talha polícroma. A Capela tumular de D. Fradique de Portugal, aparatosa, ostenta um pórtico plateresco de nítida influência do protorenascimento castelhano – flamengo. Os pináculos, janelas maineladas e estrutura interior aparentam obra notável do ciclo quatrocentista da Batalha. A estrutura arquitetónica e os elementos de decoração interior parecem do séc. XV pleno ou inicial. O pórtico interior renascentista do ciclo flamengo – plateresco, é provavelmente execução tosca e mal interpretada de desenho enviado de Espanha por Dom Fradique, com trabalho de lavor medíocre nos pormenores escultóricos. Túmulo de Esteves da Gata é característico do ciclo tumular trecentista da Catedral de Évora, que tem por protótipo o do Bispo Dom Pedro IV, no claustro Catedral. É um dos mais antigos da Ordem em Portugal, fundador de um estilo chão do gótico português de inspiração monástica, que tanto influenciou a arquitetura religiosa em Portugal.
Fonte: Monumentos
Órgão de armário com portadas abertas
Órgão histórico [ I; 2(4+4) ] construído por Manoel Francisco Coelho Guimarães em 1790, restaurado pela Oficina e Escola de Organaria, de Pedro Guimarães e Beate von Rohden, com sede em Esmoriz, opus 26, restauro executado em 1999.
Igreja do Convento de Nossa Senhora da consolação
Quando em 1669 o príncipe regente D. Pedro autorizou a fundação de um convento da Ordem dos Agostinhos Descalços em Estremoz, teve início um processo moroso e algo difícil para a implantação da ordem. Sabe-se que Agostinhos chegaram a Estremoz em 1671 e que terão tido algumas dificuldades até encontrarem o local para se sediarem, em dependências da Irmandade do Espírito Santo. Apesar das obras de melhoramento levadas a cabo pela Irmandade, só nos inícios do século XVIII o edifício foi alvo de grandes trabalhos arquitetónicos, durante o final do reinado de D. Pedro II mas sobretudo, durante o reinado do Rei Magnânimo, D. João V. No exterior, destaca-se a sóbria fachada da igreja e do convento, de uma arquitetura barroca de inícios de Setecentos. Na fachada da igreja, são de assinalar os dois anjos a venerar a cruz, bem como o cronograma sobre o portal indicando a data de conclusão da igreja, 1719. O interior encerra um conjunto artístico fenomenal, constituindo um dos mais importantes edifícios barrocos existentes no concelho de Estremoz. Do ponto de vista artístico, a igreja destaca-se pela beleza dos retábulos dos altares, os painéis de azulejos atribuídos a António de Oliveira Bernardes (um dos pintores mais conhecidos do Barroco), do órgão joanino em talha dourada e amosaicada, os diversos conjuntos de azulejos de “figura avulsa” das diferentes salas do convento.