Iconografia Musical de Portugal
MÚSICA À VISTA
A Música nas Artes em Portugal
Pormenores encantadores da Iconografia Musical portuguesa
Esta é uma página em expansão que teve como ponto de partida fotografias e textos da musicóloga Sónia Duarte, especialista em Iconografia Musical, e numa página existente na antiga Meloteca. Pouco a pouco foram (são) acrescentados conteúdos até se criar uma grande secção dedicada à Iconografia musical de todos os concelhos do País.
Abrantes
Clarinetes e lira, pormenor do coreto do Jardim do Castelo.
Albufeira
Monumento Comemorativo dos 150 Anos da Banda Filarmónica de Paderne, Albufeira
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Alcobaça
A Clave de Sol dá vida ao “Monumento ao Músico” que foi instalado em 2016 na nova praça da Maiorga, batizada como “Largo da Casa da Música“. A inauguração do monumento e da praça presta homenagem à Sociedade Filarmónica Maiorguense e às gerações que se dedicaram à prática da música.
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Alpiarça
Violinista, azulejo da Casa dos Patudos. A Casa dos Patudos foi residência de José de Mascarenhas Relvas, que nasceu a 5 de março de 1858, na Golegã, numa família de proprietários rurais. Na Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça, encontra-se uma rica e vasta coleção composta por pintura, escultura e artes decorativas.
Amadora
A estátua em mármore de José Afonso, de 4 metros, no Parque Central da Cidade da Amadora, da autoria do escultor Francisco Simões, foi inaugurada em 1991 pela Câmara Municipal.
Amarante
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Amares
Na Avenida António Variações, 4720-440 Fiscal, perto da estância termal de Caldelas no Concelho de Amares, onde nasceu António Variações no dia 3 de dezembro de 1944, está situado um busto do cantor.
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Arouca
Foleira, pormenor do órgão da Igreja do Mosteiro de Arouca, créditos Sónia Duarte
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Arganil
Baixos-relevos do escultor Aureliano Lima na frontaria do Teatro Alves Coelho, em Arganil, edifício inaugurado em abril de 1954. O pintor Guilherme Filipe executou várias pintura nas salas do teatro.
Aveiro
Iconografia Musical no coro alto do Museu Regional de Aveiro
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Barcelos
Anjos músicos do órgão da Igreja do Bom Jesus da Cruz
Belmonte
Monumento a José Afonso, em Belmonte, da autoria do escultor Pedro Figueiredo (2020)
Borba
Pintura de José de Sousa Carvalho, século XVIII
“Pintor, escultor e proprietário, integrado numa elite borbense, José de Sousa de Carvalho (1741 – 1795) é o autor de várias pinturas que se espalham por espaços públicos e privados, incluindo as raríssimas representações musicais e de dança que se guardam nos Paços do Concelho de Borba.
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Braga
Museu Nogueira da Silva
Rei David tocando guitarra. Painel de azulejo do Museu Nogueira da Silva, Braga, Espaço Jorge Barradas. “Neste painel se figura a cena bíblica do Rei David dançando diante da arca da aliança”.
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Bragança
Pintura mural quinhentista de temática mariana tapada por um altar Barroco, em Quintela de Lampaças, Bragança. Cinco aerofones, mais um sexto num dos caixotões de finais de seiscentos, da Capela-mor, créditos Sónia Duarte.
Cantanhede
A 13 de junho de 1993, aquando dos 125 anos da Banda Filarmónica de Covões, foi inaugurado no Largo de Santo António, o Monumento ao Músico, como forma de homenagear todos os músicos amadores. Retrata um saxofonista adulto que tem à frente uma criança a segurar-lhe a pauta.
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Castelo Branco
O monumento a José Afonso na Malpica do Tejo, datado de 2014, é da autoria do escultor Cristiano Ferreira.
Ao lado do Tejo, a Malpica é vizinha de Espanha e foi imortalizada por Zeca Afonso que se inspirou em quatro músicas do cancioneiro local. A mais conhecida é Maria Faia. O músico e compositor visitava com alguma regularidade a Malpica embora não tivesse aqui qualquer relação de parentesco. Nos anos 60 as visitas tornaram-se mais frequentes. Nestas deslocações encontrou no campo grupos de trabalhadores agrícolas em que era usual cantarem a trabalhar. Zeca Afonso gravou algumas destas músicas e compôs e editou quatro canções: cantiga da Maria Faia, A moda do Entrudo, Oh que calma vai caindo e Lá vai Jeremias. Com estas músicas Zeca Afonso imortalizou Malpica o que honra os locais e retribuem com uma homenagem que é o Festival Zeca Afonso. O Festival José Afonso contou com a participação gratuita de músicos que trabalharam com José Afonso. Numa das ruas principais da aldeia há um restaurante com o nome Tasca da Maria Faia e segundo um dos proprietários, José Manuel Galvão, é uma homenagem ao cantor e às mulheres de Malpica. Maria Faia não é o nome de uma mulher. Faia é relativo a trabalho no campo. A música Maria Faia é sobre as campesinas de Malpica. Muitas das pessoas que vão ao restaurante cantam a Maria Faia e quem não sabe tem a letra escrita numa das paredes.
Coimbra
Junto aos aos Arcos de Almedina, Coimbra, encontra-se o monumento dedicado pela Junta de Freguesia de Almedina à cidade de Coimbra, 18 de julho de 2013.
É uma obra de arte em bronze da autoria do escultor Alves André, também o autor da Tricana de Coimbra, evocativa do Fado de Coimbra ou Canção de Coimbra. É constituído por uma Guitarra de Coimbra em forma estilizada de mulher.
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Estremoz
Tomás de Aquino Carmelo Alcaide foi um cantor lírico português de renome internacional.
Nasceu em Estremoz a 16 de fevereiro de 1901 e morreu em Lisboa a 9 de novembro de 1967. A estátua, da autoria do escultor Domingos Soares Branco, foi inaugurada por Mário Soares como Presidente da República em 1987. Nesta obra escultórica aparece-nos representado com um traje renascentista. A 12 de dezembro de 2011, o município outorgou postumamente a Tomás Alcaide o título de Cidadão Honorário e a Medalha de Ouro da Cidade. Existem ruas com o nome do tenor em Lisboa e Seixal.
Évora
Esta tábua de grandes dimensões encontra-se exposta na parede lateral, do lado da Epístola, do Santuário de peregrinação da freguesia de Brotas, construído na 1.ª metade do séc. XV pela povoação da região em sinal de agradecimento pelo milagre da vaca, como consta de uma lenda.
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Faro
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Felgueiras
Adoração dos Pastores, séc. XVII (finais), Manuel de Freitas Padrão (?); óleo sobre madeira, Vila Cova da Lixa, Felgueiras, créditos Sónia Duarte
Figueira da Foz
Situado no Largo Silva Carvalho, Santana, freguesia de Ferreira-a-Nova (Figueira da Foz), o monumento “Ao Músico de Santana”, da autoria de Mário Nunes, foi inaugurado a 8 de dezembro de 2001. Promovido pela Câmara Municipal da Figueira da Foz e população da Freguesia de Santana, é uma estátua em bronze, com pedestal em pedra calcária. Tem por medidas: 200cm x 107cm x 39cm. É estátua de pé de arte contemporânea. A estátua retrata um músico filarmónico com a respetiva indumentária a tocar flauta transversal. Encontra-se sobre um pedestal de configuração paralelepipédica, de disposição horizontal, onde contém inscrições alusivas aos músicos de Santana. Obra resulta de uma encomenda pela Câmara Municipal da Figueira da Foz ao escultor Mário Nunes, tendo também o apoio da população da freguesia de Santana.
Grândola
Situada no espaço urbano da vila de Grândola, o monumento a José Afonso, da autoria do arquiteto João Videira, foi inaugurado a 25 abril de 1987. Zeca Afonso faleceu em Setúbal a 23 de fevereiro de 1987.
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Guarda
“O pintor deveria conhecer o instrumento baixão, mas nunca o terá visto a ser tocado, porque o representa ao contrário com a campânula para baixo e o anel de latão para cima” (João Mateus).
Sónia Duarte afirma: “é possível que o tenha representado de visu ou por fonte gravada, à semelhança dos outros instrumentos que integram a mesma pintura sobre madeira. Coexistem: uma harpa, uma viola e notações musicais – quadrada num dos livros abertos e mensural, noutro. Denotam uma série de erros pela mão de um pintor regional (espanhol?) de poucos recursos. No caso, uma das mais de duas dezenas de representações deste instrumento em espaços sacros que tenho vindo a levantar ao longo das minhas jornadas de campo no âmbito da minha tese doutoral sobre as Representações Musicais na Pintura Barroca em Portugal.”
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Idanha-a-Nova
O monumento a Catarina Chitas em Penha Garcia é uma escultura de arte contemporânea, figurativa, assente sobre uma base escalonada, revestida a xisto irregular.
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Lisboa
Pormenor de tábua de Bento Coelho da Silveira
Pormenor de uma tábua seiscentista (década de oitenta) de um pintor régio pedrino. Erudito. Poeta, membro da Academia dos Singulares de Lisboa. Homem do Barroco. Operoso e documentado mestre lisboeta. Debuxador controverso. Elogiado pelos seus contemporâneos, homenageado por intelectuais com écfrases sobre as suas pinturas,… enfim, é de Bento Coelho da Silveira. Encontra-se no Museu de S. Roque, em Lisboa. (Sónia Duarte)
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Maia
Da autoria do escultor Laureano Ribatua, o Monumento às Bandas Filarmónicas, datado de 1997, é uma homenagem às seculares bandas de música de Moreira e Gueifães. Foi apresentado como o maior grupo escultórico em bronze da Europa representando uma banda em plena atuação.
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Mangualde
Pormenor da tribuna do órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde
Marco de Canaveses
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Matosinhos
Busto da grande violoncelista portuense Guilhermina Suggia, de Helder de Carvalho, situado em frente à Igreja Matriz, busto em bronze, com base em granito – obra do escultor Helder de Carvalho (2005).
Miranda do Douro
Balbina Mendes, Música de um povo, 2005, 70×60.
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Moita
O monumento a José Afonso, no Parque Zeca Afonso – Baixa da Banheira, Moita, é uma peça escultórica, implantada no Parque Municipal José Afonso, da autoria do Mestre Lagoa Henriques, 1994.
A escultura, em pedra e bronze, foi adquirida por subscrição pública.
Monforte
Pormenor de armário em Monforte, distrito de Portalegre, créditos Sónia Duarte
Oeiras
Azulejos do Palácio Marquês de Pombal, Oeiras
Penafiel
Estuque da Capela de Nossa Senhora da Ajuda, Penafiel, créditos Sónia Duarte
Penalva do Castelo
A escultura de homenagem à Banda Musical e Recreativa de Penalva do Castelo e a todos os músicos penalvenses foi inaugurada a 22 de novembro de 2015.
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A escultura homenageia todos os músicos penalvenses e os 190 anos de existência da Banda Musical e Recreativa de Penalva do Castelo. Inserida nas comemorações da padroeira dos músicos, Santa Cecília, o presidente da Câmara Municipal de Penalva do Castelo inaugurou a escultura de um músico na recém-criada rotunda junto à Biblioteca Municipal e à Casa da Banda. A cerimónia, iniciou-se com a bênção da estátua, presidida pelo Sr. Padre José António. De seguida procedeu-se ao descerramento da placa alusiva à “Homenagem ao Músico e à Banda Musical e Recreativa de Penalva do Castelo, pelos 190 Anos ao Serviço do Concelho”, que coube ao Presidente da Câmara, Francisco Carvalho, juntamente com o Presidente da Junta de Freguesia de Ínsua, José António, o Presidente da Banda Musical e Recreativa, Anselmo Sales, e o maestro Rafael Ferreira. A estátua, esculpida em granito, e com o músico virado para o edifício da Câmara Municipal, é da autoria do escultor penalvense Isidro Batista, tendo ainda tido a colaboração de João Fernandes, colaborador do Município.
Ponta Delgada
Domingos Maria Xavier Rebelo (n. Ponta Delgada, 3 de dezembro de 1891; m. Lisboa, 11 de janeiro de 1975) mais conhecido por Domingos Rebelo, foi um professor e pintor açoriano.
Foi autor de algumas das imagens mais emblemáticas da Iconografia dos Açores, com destaque para Os Emigrantes, provavelmente a imagem mais reproduzida no arquipélago.
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Ponte de Lima
Alegoria às Feiras Novas e ao Folclore, Passeio 25 de Abril 32, 4990-058 Ponte de Lima
Porto
Azulejos da Casa da Musica, Porto
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Póvoa de Varzim
Alberto Gomes, músico da Póvoa de Varzim nascido em 1898 e falecido em 1970, azulejo da marginal
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Redondo
Anjo tocando harpa, em Redondo, créditos Sónia Duarte
Reguengos de Monsaraz
Anjo da trombeta em fresco do antigo Tribunal de Reguengos de Monsaraz
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Santa Maria da Feira
Guitarra Portuguesa em praça de Santa Maria da Feira
Santa Marta de Penaguião
Pormenor da Igreja de São Miguel de Lobrigos, Santa Marta de Penaguião, anjo da trombeta, créditos Sónia Duarte.
Santiago do Cacém
Adoração dos Magos de Francisco de Campos, Museu de Arte Sacra de Santiago do Cacém. “Uma Adoração dos Pastores [e Adoração dos Reis Magos] repleta de elementos musicais fantasiosos!” (Sónia Duarte)
Setúbal
Rei David tocando harpa, azulejo da Capela do Senhor do Bonfim, Setúbal.
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Sintra
Iconografia Musical no Palácio Nacional de Queluz
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Tarouca
Pormenor da sacristia da Igreja do Mosteiro de São João de Tarouca, créditos Sónia Duarte
Tomar
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Torres Vedras
Pormenor de Assunção que está hoje no Museu Municipal Leonel Trindade, em Torres Vedras, créditos Sónia Duarte
Viana do Castelo
Anjos músicos do interior do Santuário de Santa Luzia, Viana do Castelo.
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Vila Nova de Famalicão
O padre e compositor Manuel Ferreira de Faria nasceu em São Miguel de Seide, a 18 de novembro de 1916, e morreu no Porto, a 5 de julho de 1983.
Foi ordenado padre em 1939 e nomeado cónego da Sé de Braga em 1966. Formou-se em Roma, no Pontifício Instituto de Música Sacra com licenciatura em Canto Gregoriano em 1942. Obteve também o título de Maestro em Composição no Conservatório Nacional de Lisboa. Compôs música sacra, profana, coral, pianística e sinfónica, num total de mais de 550 composições (entre trabalhos originais e arranjos). A sua obra mais conhecida é o Avé de Fátima. Entre 1976 e 1981 fez na Rádio Renascença o programa semanal “Ao encontro da grande música”.
Vila Nova de Gaia
Mural de azulejos em homenagem ao cantor Adriano Correia de Oliveira por António Carmo, situado em Avintes à entrada Parque Biológico de Gaia.
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Vila Real
Jazz, c. 1925, guache sobre cartão, 66 x 80 cm; Coleção particular (Portugal).
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Vila Viçosa
Dançarina (ou Mulher de Preto), c. 1891, óleo sobre tela, 65 x 46 cm; Vila Viçosa, Fundação da Casa de Bragança.
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Viseu
Tocador de flauta, Painel de Azulejos do Rossio, de Joaquim Lopes, Rossio, Viseu
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FOI NOTÍCIA
“Arte e Música: Iconografia musical na pintura dos séculos XV a XX” foi o título de uma exposição que esteve patente no Museu Nacional da Música, em -Lisboa, de 25 de novembro de 1999 a 22 de abril de 2000. A exposição, que reunia cerca de 50 peças selecionadas nos museus dependentes do antigo Instituto Português de Museus, pretendia mostrar a evolução organológica dos instrumentos, representados na pintura como acessórios da composição pictórica. As obras escolhidas centravam-se em temas religiosos, de género, alegóricos ou retratos, todos eles enriquecidos com a presença de instrumentos musicais, notações musicais, canto ou dança. Entre as peças expostas constavam obras como A Virgem, o Menino e dois Anjos Músicos (pintura flamenga, séc. XV), Adoração do Cordeiro Místico pelas Santas Virgens, de Bento Coelho (séc. XVII), Santa Cecília e dois Anjos (Escola italiana, séc. XVII), ou instrumentos musicais, eles próprios enquanto suportes de Iconografia. Procurando incentivar o estudo da Iconografia musical, esperava-se com esta exposição contribuir para o desenvolvimento da organologia.