Lamego e os seus músicos
Músicos naturais do Concelho de Lamego
Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.
- Aníbal Lima (violino, 1952)
- Artur Pereira (piano)
- Fernando Rego (eufónio, 1990)
- Francisco Eduardo da Costa (pianista, compositor, 1819-1850)
- Gualberto Rocha (maestro, trompetista e professor)
- Maria Adelaide Gonçalves (piano, 1894-1955)
- Nuno Osório (compositor)
Aníbal Lima
Artur Pereira
Francisco Eduardo da Costa
Maria Adelaide Freitas Gonçalves ao piano
Artur Pereira
Artur Pereira é um pianista natural de Lamego. Apresenta-se regularmente como solista e músico de câmara no Reino Unido, Portugal, Irlanda, Espanha, Itália e na África do Sul. Nutre uma grande paixão pela música de Beethoven que lhe mereceram o primeiro prémio do prestigiado concurso Lionel Bowman para a melhor interpretação de uma sonata de Beethoven, bem pela sua interpretação do Concerto para Piano e Orquestra nr. 5 ‘Imperador’.
Essa paixão estende-se à investigação, para a qual recebeu uma bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Em 2015, concluiu o doutoramento sobre as dedicatórias de Beethoven na Universidade de Manchester, sob orientação de Barry Cooper. Artur Pereira iniciou os estudos musicais aos sete anos e deu o primeiro recital aos treze.
Estudou na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto com o pianista romeno Constantin Sandu. Recebeu o primeiro prémio em vários concursos, nomeadamente no concurso de Jovens compositores, no concurso de piano do Conservatório de Música do Porto e no concurso para piano Maria Carolina Pimentel. Após completar o segundo ano de curso, foi convidado a continuar os estudos na Universidade de Stellenbosch, na Cidade do Cabo, na África do Sul, com Nina Schumann e Benjamin van Eeden, e licenciou-se em 2006 com distinção.
Ganhou o primeiro prémio de piano no concurso ATKV Muziq e recebeu o prémio Betsie Cluver para a melhor nota do recital de fim de curso. Em 2008 iniciou o mestrado no Royal Northern College of Music, em Manchester, no Reino Unido, onde estudou com a pianista britânica Norma Fisher, tendo recebido bolsas do Centro Nacional de Cultura, do Stanley Picker Trust, e da Ann Gerrard Foundation. Nesse mesmo ano, ganhou o primeiro prémio no prestigiado concurso Silverstone-Blank Piano Duo.
Participou em classes de aperfeiçoamento com pianistas de renome mundial, incluindo Sequeira Costa, Vladimir Viardo, Konstantin Scherbakov, Nelson Goerner, Steven Osborne e Leslie Howard.
O primeiro álbum de Artur Pereira apareceu em 1 de outubro de 2016, e apresenta interpretações historicamente informadas de três sonatas para piano de Beethoven – Op. 31 no. 2 (‘Tempestade’), WoO 47 nr. 2 e Op. 110 – uma gravação que já recebeu louvor de músicos de renome mundial. Outras gravações estão a ser desenvolvidas, a próxima será lançada em janeiro de 2020. Estas gravações fazem parte de um projeto de sete anos no qual Artur pretende gravar interpretações historicamente informadas do ciclo completo das sonatas para piano de Beethoven.
Além de suas atividades como pianista, Artur Pereira leciona em instituições de ensino superior desde 2007. Desde 2015 que é assistente de ensino no departamento de música da Universidade de Manchester. É também um pesquisador prolífico com o livro sobre as dedicatórias de Beethoven (Beethoven’s Dedications: Stories behind the Tributes) programado para aparecer no início de 2020.
Francisco Eduardo da Costa
Francisco Eduardo da Costa foi um pianista e compositor que nasceu em Lamego, em 1819, e se radicou e morreu no Porto, em 1850. Está sepultado no Cemitério do Prado do Repouso num jazigo com um monumento encimado por um busto “mandado erigir pelos amigos e admiradores”. A sua vida é extensamente abordada no romance “O Arco de Vandôma” de Alberto Pimentel.
Gualberto Rocha
Gualberto Miguel Monteiro Rocha é Maestro, Professor e Trompetista. Nasceu em Lamego em 1977. Iniciou os estudos musicais na Banda Filarmónica de Magueija com Avelino Ribeiro, tendo passado, como músico executante, por diversas bandas filarmónicas. Em 1993 ingressou na Academia de Música de Lamego frequentando o 4º ano na classe de Trompete, com Rui Botelho. Em 2008 regressou como Professor da Classe de Metais. Na altura em que iniciou a Licenciatura em Física e Química na Universidade de Coimbra ingressou no Conservatório de Música de Coimbra, tendo frequentado o 8º grau na classe dos Professores Daniel Tapadinhas e Jaime Barbosa.
Em 2004, frequentou o I Curso de Direção de Orquestra dirigido pelo Maestro António Saiote. No biénio 2007/2009 exerceu funções no Agrupamento de Escolas de Castro Daire, na qualidade de professor de Expressão e Educação Musical e frequentou o 1º ano da Licenciatura em Música variante Trompete no Instituto Superior Jean-Piaget na classe dos Professores Luís Granjo e John Aigi Hurn. Frequentou, de 2008 a 2010, o curso livre da Escola Metropolitana de Lisboa na classe de Carlos Silva e atualmente frequenta o 2º ano da Escola de Jazz Hot Club Portugal na classe de Tomás Pimentel.
Já trabalhou com a Orquestra Clássica do Centro dirigida pelo Maestro Virgílio Caseiro, Orquestra Ligeira do Conservatório de Coimbra com o maestro Daniel Romeiro, Orquestra da Federação Transmontana Duriense de Bandas Filarmónicas, Orquestra “Dour’Orquestra”, Orquestra de Sopros e Percurssão de Lamego, Orquestra do Tenor Carlos Guilherme, Tour “Balancê” com Sara Tavares, Big Band Douro Cultural, Coro dos Pequenos Cantores de Coimbra e Coro Infantil de Lamego. Participou em classes de aperfeiçoamento com Jorge Almeida, Dennis Gonzalez, John Aigi Hurn, Rúben Castro, Luís Granjo, Spanish Brass luur Metal, Kevin Waldron, Paulo Martins entre outros.
Foi co-responsável pelo projeto e implantação da Escola de Música da A.F.B.J. de Magueija, onde é professor e coordenador da Classe de Metais desde 2004. Foi professor de Trompete na Escola de Música da Banda Musical de Nogueira (2005/2010) e na Escola de Música da Banda Musical de Pontido (2007/2009), e na Academia de Música de Lamego (desde 2008). Faz parte da Dour’Orquestra, ocupando o cargo de 1º Trompete Solista; dos The River Brass Band, sendo membro co-fundador, Diretor Musical e 1º Trompete; e da Lisbon Swingers Big Band, trabalhando com o maestro Claus Nymark o saxofonista Jay Corre e a cantora Mariana Seixas. Em 2012 foi convidado a dirigir a AFBJM (Associação Filarmónica e Banda Juvenil de Magueija) onde assume o cargo de diretor artístico e coordenador da Escola de Música.
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Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos seniores.
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António José Ferreira
962 942 759
Nuno Osório
Nuno Osório, compositor, nasceu em Lamego e iniciou os estudos musicais aos 10 anos, na Escola de Música da Sociedade Filarmónica e Banda Juvenil de Magueija, no instrumento de percussão, com o Professor Fausto Ribeiro e o Maestro Avelino Ribeiro. Mais tarde viria a ser diretor artístico da Escola. Em 1988, foi estudar Piano na Academia de Música de Lamego com Paulo Xavier e, em 1996, ingressou na Guarda Nacional Republicana, tendo sido colocado no quadro Honorífico Músico. Mais tarde, deu continuidade aos seus estudos no Conservatório D. Dinis, em Odivelas, em Percussão, com Fátima Juvandes. Trabalhou ainda em paralelo com os professores Filipe Simões e Richard Buckley.
Licenciou-se em Composição na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (Esmae) do Porto, sob orientação dos professores Eugénio Amorim, Carlos Guedes, Dimitris Andrikopoulus, Filipe Vieira, Filipe Lopes e Fernando Lapa.
Participou ainda em diversos workshops com compositores de renome, tais como Jonathan Harvey, Kaija Saariaho e Bruce Pennycook.
O seu trabalho enquanto compositor assenta essencialmente em música Electrónica/Electro-Acústica e de Câmara para filmes e para a televisão e para as Orquestras Sinfónica e de Sopros. As suas obras encontram-se editadas na Editora Holandesa “Molenaar Edition BV” e na Editora Portuguesa “Afinaudio”. Em 2011 viu a sua obra Déjà-Vu, para Orquestra Sinfónica, ser estreada mundialmente em concerto pela Orquestra Sinfónica da ESMAE, no Teatro Helena Sá e Costa, Porto. A obra foi também apresentada pela Orquestra Sinfónica da Casa da Música do Porto. Em 2015 ganhou o 3.º prémio do I Concurso de Composição da Cidade de Rio Tinto, Portugal. Realizou as bandas sonoras originais dos filmes Just Fly, do realizador americano Nathan Efstation; Directo, do realizador português Pedro Farate; e Desespero, do realizador português Rui Pilão. As suas obras para Orquestra de Sopros têm sido apresentadas e executadas pela Bandas Sinfónicas da GNR, da PSP, da Força Aérea, e pela Banda de Música do Exercito, entre outras.
Realizou o Mestrado em Direção de Orquestra de Sopros na Universidade de Aveiro (UA). Estudou Direção de Orquestra com Barbara Franke, Eugénio Amorim, Paulo Martins, Ernest Schelle, André Granjo e António Vassalo Lourenço (Maestro da Orquestra Filarmonia das Beiras). Frequentou ainda o curso de Direção de Orquestra de Sopros, orientado pelo Maestro José Ignacio Petit.
Em 2014, enquanto Maestro, orientou o “Estágio de Orquestra de Sopros e Percussão”, a convite da Lira Estrela da Candelária, na ilha de São Miguel, nos Açores e, dois anos depois, em 2016, a convite da Filarmónica Boa Vontade Lorvanense, orientou o curso de Direção de Orquestra de Sopros. Exerce funções de instrumentista no instrumento de Percussão, na Banda Marcial do Porto da Guarda Nacional Republicana, com o posto de Primeiro-Sargento, e é diretor artístico da Banda Marcial de Ancede, Baião.
Maria Adelaide Freitas Gonçalves
Natural de Lamego, Maria Adelaide Freitas Gonçalves foi uma pianista, promotora e professora de piano. Foi discípula de Luiz Costa. Foi professora do Conservatório de Música do Porto entre 1918 e 1922. Em 1934 retomou a atividade docente no Conservatório. Em simultâneo, exerceu o cargo de diretora entre 1941 e 1955.
Fundou em 1937, no Porto, a Delegação do Círculo de Cultura Musical a convite de Elisa de Sousa Pedroso, o que lhe permitiu promover no Conservatório, recitais e outras atividades com artistas de nomeada que integravam a programação do Círculo de Cultura Musical. Destaca-se em 1948 a presença do compositor espanhol Ernesto Halffter, no último de uma série de oito de concertos de Helena Sá e Costa dedicados à música portuguesa e espanhola e a realização da obra integral de Chopin pelo pianista espanhol Leopold Querol em sete concertos no Salão do Conservatório. Estes concertos faziam parte de uma iniciativa inédita de Maria Adelaide Freitas Gonçalves, denominada “Série de Concertos” da qual fez também parte a apresentação da obra integral de “O Cravo Bem Temperado” de Johann Sebastian Bach pela pianista Helena Sá e Costa, comentado pelo compositor Cláudio Carneyro.
Outras iniciativas foram levadas a cabo: sessões musicais temáticas acompanhadas de palestras dedicadas aos alunos (“Tardes Íntimas” e “Uma Hora de Música”), instituição do Prémio Suggia, inauguração nos jardins do Conservatório do busto de bronze em homenagem a Guilhermina Suggia, a fundação da Orquestra Sinfónica do Conservatório de Música do Porto que estreou no dia 21 de junho de 1948, no Teatro Rivoli, sob a direção do maestro sueco Karl Achatz e com a participação de Guilhermina Suggia como solista — um dos maiores empreendimentos de Maria Adelaide Freitas Gonçalves.
Maria Adelaide Freitas Gonçalves
Maria Adelaide Freitas Gonçalves com alunos
Fonte: Conservatório de Música do Porto
A Rua Maria Adelaide Freitas Gonçalves (4350-109 Porto, freguesia de Campanhã,GPS: 41.169413, -8.578743) homenageia a pianista e pedagoga.
NOTAS SOBRE A MELOTECA E O MUSORBIS
1. Agradecemos a cooperação, imagens e textos, conteúdos que vamos inserindo na medida das possibilidades.
2. Foram solicitadas informações sobre os músicos e o património musical concelhio a todos os municípios do País e só 5% responderam.
3. Lançado há 15 dias, o Musorbis (www.musorbis.com) é uma construção, como se refere em cada página de músicos do concelho.
4. Tendo já a Meloteca milhares de biografias, ambos os sítios se incrementam um ao outro.
5. Qualquer músico profissional pode sugerir o seu próprio nome ou de outros, e gostamos de referir as fontes para manter a credibilidade da obra.
6. Qualquer músico profissional pode constar na Meloteca (www.meloteca.com) o que, na forma simples, não tem custos.
7. Quem desejar ter um lugar de destaque pode também fazê-lo e assim ajudar ambos os projetos a crescerem de forma sustentada.
8. Sendo que existem 308 concelhos em Portugal, cada um terá a sua página de músicos, a sua página de órgãos de tubos, a sua página de iconografia musical, as suas salas de concerto, e outros artigos que ainda estão a ser definidos.
9. A Meloteca e o Musorbis estão a ser desenvolvidos com o meu trabalho, a ajuda do meu filho, a cooperação de voluntários e o dinheiro que eu pago a uma agência digital para a construção e mudanças estruturais.
10. Nem a Meloteca, lançada em 2003, nem o Musorbis, lançado em 2020, recebe qualquer apoio institucional.
11. Meloteca e Musorbis são projetos para anos e décadas, e estou a tentar prepará-los para que me sobrevivam.