Loures e os seus órgãos de tubos
Órgãos de tubos do concelho de Loures [5]
De acordo com as informações de que dispomos, existem órgãos de tubos nos seguintes edifícios do Concelho:
Capela do Seminário dos Olivais
O Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais, conhecido simplesmente como Seminário dos Olivais, é o Seminário maior diocesano do Patriarcado de Lisboa. Foi fundado em 1931, sendo Patriarca de Lisboa o Cardeal Dom Manuel Gonçalves Cerejeira.
Órgão histórico da autoria de António Xavier Machado e Cerveira, opus 103, 1828.
Igreja Paroquial de Cristo Rei da Portela
Da autoria do arquiteto Luiz Cunha, este templo, de linhas modernas, foi inaugurado em 1992. A cúpula lembra uma coroa régia e a torre sineira possui um carrilhão com 14 sinos. O interior é composto por um corpo central, com mais dois corpos com quatro pisos cada. Aqui deve observar com especial atenção a Capela do Santíssimo, com um sacrário inspirado num templo grego; os 16 painéis que retratam a história da salvação; os quatro painéis centrais inspirados no livro do Apocalipse; a pia batismal, onde se lê Fons Savatoris – Fonte salvadora; e as imagens de São João Batista, Jesus Crucificado, Cristo Rei, São Lucas, São Marcos, Santo António, São José e Rainha Santa Isabel.
Fonte: CML
Órgão de armário
Igreja Paroquial de Santo António dos Cavaleiros
[ Igreja Paroquial ]
Igreja Matriz de Unhos
[ Igreja Paroquial ] [ São Silvestre ]
A Igreja de São Silvestre foi fundada na época medieval e reedificado por volta de 1668. Com o terramoto de 1755, a estrutura sofreu alguns danos e a fachada foi refeita, embora se mantivessem os portais maneiristas, bem como a abóbada da nave, reedificada sobre os arcos seiscentistas. O imóvel possui uma planta retangular composta pelos volumes justapostos da nave e da Capela-mor. A fachada divide-se em três registos, nos quais se destaca o conjunto maneirista do portal principal e dos dois portais laterais, cegos, e das janelas que iluminam o espaço, rasgadas a toda a volta do edifício. O espaço interior, de nave única, possui seis capelas laterais de diferentes profundidades e elementos decorativos distintos, executados em campanhas dos séculos XVI, XVII e XVIII. Está classificada como monumento de interesse público.
Igreja Paroquial de São Pedro de Lousa
Implantada num local mais elevado relativamente ao casario que a circunda, a igreja de São Pedro de Lousa ganha ainda maior destaque pelo adro murado que a envolve e ao qual se acede através de uma escadaria no eixo do portal principal, testemunho do urbanismo Barroco. O conjunto, formado pelos volumes da nave, da Capela-mor, esta última mais estreita, da sacristia que lhe é adossada, e da torre sineira (de remate bolboso) ligeiramente recuada em relação ao alçado principal, caracteriza-se pela depuração e por uma linguagem chã. O frontispício, que termina em empena, é delimitado por pilastras com pináculos nos cunhais, ganhando especial importância o eixo central que acentua a verticalidade do alçado. Este, é formado pelo portal, de verga reta encimada por cornija que serve de base à janela do coro, em arco de volta perfeita e que, por sua vez, é sobrepujada pela edícula rematada por frontão triangular, que exibe os atributos de São Pedro (a chave e a teara papal). Não se sabe ao certo em que época foi edificado o primeiro templo, que pode remontar ao século XIV ou XV. Todavia, o elemento mais antigo que encontramos na igreja atual data de 1546, ano que figura no portal lateral, de características manuelinas. Os testemunhos das intervenções subsequentes encontram-se no interior do templo, onde a nave única, retangular, apresenta os cantos chanfrados junto ao arco triunfal, e a Capela-mor é bastante profunda. É possível que tenha ocorrido uma remodelação da igreja no decorrer do século XVII, centúria em que se regista, pelo menos, uma campanha decorativa, da qual subsistem os azulejos seiscentistas do sub-coro, com representações de São Pedro e São Miguel Arcanjo. Na década de 1740 foi a vez da Capela-mor ser intervencionada, revestindo-se as paredes com painéis de azulejo alusivos ao Lava Pés e ao batismo de Cristo no Jordão, devidamente identificados pelas legendas das cartelas. As telas de temática mariana do registo superior são do mesmo período, tal como a abóbada com trabalhos em estuque pintados. O retábulo é já Rococó, bem como a talha dos altares colaterais, dourada e branca. A grande carga decorativa concentra-se, assim, na Capela-mor, ficando a dinamização dos panos murários da nave entregue às pinturas decorativas, muito possivelmente oitocentistas, mas que não deixam de recordar o denominado embuto largo, em mármore, tão aplicado no decorrer do século XVII nas igrejas lisboetas. Uma campanha de obras final ocorreu em 1858, data que figura na edícula da fachada principal, correspondendo, muito possivelmente, à integração desta no frontispício e às pinturas da nave.
Fonte: DGPC, Rosário Carvalho
Órgão de armário em mau estado