Miranda do Douro e os seus órgãos de tubos

Sé de Miranda do Douro

Órgãos de tubos do concelho de Miranda do Douro [1]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Sé de Miranda do Douro

de Miranda do Douro

Concatedral de Miranda do Douro

Elevada a antiga vila de Miranda à categoria de cidade e de sede de diocese em 1545, o projeto da Catedral apareceu em 1549, e as obras iniciaram-se em 1552 sob a direção de Gonçalo de Torralva e Miguel de Arruda. O projeto insere-se na tipologia de Sés mandadas construir por D. João III, com uma fachada harmónica – em que um corpo central é ladeado por duas poderosas torres -, e um interior em três naves abobadadas à maneira gótica, com cruzaria de ogivas de nervuras visíveis.

O retábulo-mor é já uma obra seiscentista, terminada em 1614, e deve-se ao trabalho de Gregório Fernández, mestre galego radicado em Valladolid e responsável por uma oficina bastante ativa durante o período maneirista. Igualmente digno de nota é o retábulo de Nosso Senhor da Piedade, em talha barroca de boa qualidade, e o órgão do século XVIII, de igual modo profusamente decorado com talha dourada.

A história da cidade foi bastante atribulada, pela sua condição de fronteira. Em 1710, por exemplo, caiu em poder espanhol e novamente em 1762. Terá sido esta ocupação estrangeira o motivo principal para a mudança do bispo para Bragança, cidade menos exposta a ameaças externas. Esta posição do titular da diocese e respetivo cabido deu início à decadência de Miranda enquanto sede episcopal. D. José dividiu o território entre Bragança e Miranda, mas a evidente pobreza deste espaço fez com que o bispado se instalasse definitivamente em Bragança, em 1780, intitulando-se Diocese de Bragança e Miranda.

À semelhança da cidade, também a antiga de Miranda do Douro acompanhou a decadência da localidade, e não se vislumbraram obras significativas na igreja nos últimos séculos.

Fonte: IPPAR / IGESPAR

No coro alto encontra-se um órgão histórico de tipo ibérico da autoria de Geraldo Vieira Porto em 1696, restaurado por António Simões em 1995, a expensas do IPPAR.

Montra do órgão Barroco

Órgão histórico da concatedral de Miranda do Douro

Órgão da concatedral de Miranda do Douro

Manúbrios da direita

Órgão da concatedral de Miranda, de Geraldo Vieira Porto, 1696

Órgão da concatedral de Miranda, de Geraldo Vieira Porto, 1696, créditos Paulo Meirinhos

Manúbrios da esquerda

Órgão da concatedral de Miranda, de Geraldo Vieira Porto, 1696

Órgão da concatedral de Miranda, de Geraldo Vieira Porto, 1696, créditos Paulo Meirinhos

Tubos

Órgão da concatedral de Miranda, de Geraldo Vieira Porto, 1696

Órgão da concatedral de Miranda, de Geraldo Vieira Porto, 1696, tubos, créditos Paulo Meirinhos