Moita e os seus músicos
Músicos da Moita
Lançado em dezembro de 2020, o Musorbis pretende aproximar os munícipes e os cidadãos do seu património musical. Coopere, para acelerar o processo de inserção de dados.
- Pedro Almeida (maestro)
- Victor Félix (gaiteiro, construtor)
Pedro Rodrigues de Almeida destaca-se actualmente pelo seu trabalho desenvolvido no âmbito da direcção de bandas filarmónicas, onde procura explorar o potencial máximo de cada agrupamento, de uma forma dinâmica e renovada, desbravando caminho e quebrando barreiras ainda existentes nos dias de hoje em relação às bandas filarmónicas.
Iniciou os estudos musicais em Clarinete na Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro do Montijo, aos 11 anos, com João Rocha. Ingressou mais tarde na Escola de Música do Conservatório Nacional, onde estudou clarinete com Rui Martins. Enquanto estudante de Clarinete trabalhou com professores como Luís Gomes, Nuno Silva, Massimo Mazzone, Rui Travassos, Giorgio Feroleto e Etienne Lamaison.
É licenciado em Música, na variante de Clarinete, pela Escola Superior de Música de Lisboa.
Na Direcção de Orquestra de Sopros, tem frequentado diversos cursos de Direcção de Orquestra com maestros como: Rafael Albors, Pedro Neves, Paulo Martins, entre outros. Em Maio de 2014 foi um dos alunos seleccionados para participar no Conducting Weekend – masterclass de Direcção de Orquestra ministrado pela Royal Northern College of Music (Manchester, Inglaterra), onde trabalhou com os maestros Mark Heron, Nicolas Pasquet, Marco Bellasi e Gergeley Madaras. Participou na I e II Masterclass de Banda Sinfónica, organizada pela Banda Sinfónica do Exército em 2017 e 2018, respectivamente. Participou também na masterclass orientada pelo maestro Shanon Kitelinger e a Banda Sinfónica de Aveiro, e nas masterclasses organizadas pela Banda da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 de Alcochete com o maestro Mitchell Fennell. Participou, em Novembro de 2017, no curso de Direcção de Orquestra de Sopros e Brass Band, ministrado pelo Royal Northern College of Music, onde trabalhou com os Maestros Clark Rundell e Morten Wensberg.
No seu percurso conta ainda como membro fundador do InTempo – Quarteto de Clarinetes, quarteto este que mantém em actividade regular desde 2012, e foi membro fundador da Orquestra de Clarinetes Marcos Romão dos Reis Júnior.
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Victor Félix
Fabricante de instrumentos musicais, Victor Manuel Félix Tavares (n. 1952) nasceu na Baixa da Banheira, concelho da Moita. A mãe era natural de Ribeira Arouca, Freixo da Mizarela, aldeia próxima de Manhouce. O seu pai, natural de Póvoa, Vale de Cambra, era operário fabril da empresa Barreiro Cuf (Ex-Quimigal), e tocava viola toeira e gaita-de-beiços nos tempos livres e fazia bailes.
Os serões em família eram passados a fazer música, nos quais o pai tocava e a mãe cantava. Aos treze anos o pai ofereceu-lhe a primeira viola acústica. Aos 17 anos foi para a marinha, onde permaneceu quatro anos, de 1969 a 1973.
Em 1960 começou a frequentar algumas sociedades da margem sul, por onde Zeca Afonso passava com alguma frequência, como o Luso, no Barreiro, o ginásio da Baixa da Banheira, ou a Academia em Alhos Vedros, locais onde se debatia a situação política do país e se fazia “música de intervenção”.
Casou com 22 anos e teve dois filhos, passando a residir em Alhos Vedros.
Em 1968, foi um dos elementos fundadores dos “Albatroz”, “Oficina de Música” e por último “Rondó”, grupos de música popular, onde tocava sobretudo cordofones, na década de 1980.
Em 1993 começou a trabalhar numa empresa de artes gráficas, e nos tempos livres construiu cordofones, atividade que manteve entre os 25 e 44 anos. Nos anos 1990 conheceu Paulo Marinho, com quem começou a aprender a tocar gaita-de-foles, no Centro Galego em Lisboa.
Em 1998 torna-se membro do grupo Gaitafolia e um ano depois sócio fundador da A.P.P.E.D.G.F. Aos 50 anos iniciou-se na construção de gaita-de-foles galega, em colaboração com Paulo Marinho. Visitou a Galiza, nomeadamente a Universidade Popular de Vigo, onde conheceu Antón Corral, construtor de instrumentos, que lhe transmitiu algumas das técnicas de construção do instrumento.
Entre e 2003 e 2005 foi presidente da A.P.P.E.D.G.F.. Atualmente dedica-se a tempo inteiro à construção de instrumentos musicais populares, nomeadamente guitarras portuguesas, cavaquinhos, bandolins, gaitas de fole galegas e transmontanas, sanfonas e diversos instrumentos de sopro. Desenvolveu, em conjunto com Mário Estanislau e com a A.P.P.E.D.G.F., um modelo estandardizado de gaita-de-foles transmontana, a partir do estudo de modelos de gaitas de fole do século XX e da audição de recolhas efetuadas na segunda metade desse século. Continuou a fazer parte do grupo Gaitafolia, atualmente extinto.
Participa desde 2002 no encontro internacional de construtores de instrumentos tradicionais em Saint Chartier e tem coordenado algumas oficinas pelo país, nomeadamente na Beira Baixa.
Em 2005 juntamente com Mário Estanislau, André Ventura, João Ventura e Tiago Pereira, formou o grupo “Roncos do Diabo”.