Odivelas e as suas filarmónicas
Filarmónicas de Odivelas
Bandas de Música, história e atividades no Concelho
- Banda Filarmónica da Sociedade Musical e Desportiva de Caneças
- Sociedade Musical Odivelense
Banda Filarmónica da Sociedade Musical e Desportiva de Caneças
A Banda Filarmónica da SMDC está formalmente em atividade desde 1880, fruto da fusão de duas outras bandas ao tempo existentes na freguesia, a “Real fanfarra” e a “Avante Canecense”, passando a designar-se “Sociedade Musical de Caneças”. A partir de 1973, na sequência de outra fusão, desta vez com o “Clube Desportivo de Caneças”, a coletividade adotou a denominação atual.
Ao longo de mais de cem anos a Banda de Caneças tem mantido atividade com alguma regularidade. No seu currículo contam-se participações em inúmeros festivais e encontros de bandas, procissões, arruadas e outras manifestações de caráter cultural e desportivo, em território nacional e no estrangeiro. Na década de setenta, com o crescimento do interesse pela música manifestado por muitos jovens da freguesia, decidiu-se a criação de uma Escola de Música na coletividade, com ensino gratuito, garantindo dessa forma a sobrevivência da banda.
Após um período de crise, a banda entrou em 1995 numa fase de profunda reestruturação e renovação dos quadros. Aproveitou muito do trabalho que vinha sendo feito na Escola de Música da coletividade, sob a orientação do atual Maestro, Carlos Alberto Gomes, e conta hoje, em média, com 60 figuras. A realização mais importante da filarmónica é a organização anual do seu Festival de Bandas Amadoras, projeto iniciado em 2000. passaram algumas das melhores formações nacionais e, na edição de 2003, contou com a presença de uma banda de Espanha.
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Misericórdias, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.
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Sociedade Musical Odivelense
A Sociedade Musical Odivelense é uma das sociedades com mais história da região e uma das mais antigas, criando prestígio e fama ao longo da região em contexto de bandas filarmónicas, e a sua ação na freguesia de Odivelas assenta na sua Escola de Música, na Banda de Música e no Grupo Coral ”Maria Gomes”, Teatro e Dança. Estas atividades desenvolvem-se de forma articulada, proporcionando aos alunos da Escola de Música, aos elementos do Grupo Coral e aos praticantes de outras atividades a apresentação de trabalhos aonde as várias actividades interagem proporcionando espetáculos de prestígio.
SMO
É uma organização sem fins lucrativos cujo objetivo principal é a promoção da atividade cultural e musical, sendo um dos seus elementos nucleares, a banda. A sua certidão de nascimento é datada de 28 de junho de 1863 (na altura pertencia ao Concelho de Belém. No ano da sua criação no mesmo mês, surgiriam no futuro Concelho de Loures mais duas Filarmónicas, a da Sociedade Filarmónica de Bucelas e a dos Bombeiros Voluntários do Zambujal.
Embora a Banda Musical tenha sido sempre o foco da atividade da organização, a SMO foi precursora na promoção de outras propostas culturais. Em 1894, começam a ser promovidos espetáculos de Teatro na então Sociedade Philarmónica Odivellense. Em 1898, foi criada a partir da SMO, a Sociedade União 29 de Junho, com sede na atual Rua António Maria Bravo nº14 em Odivelas e em 1903, foi criada a Banda dos Bombeiros Voluntários de Odivelas, a partir da Sociedade Musical Odivelense. Em 1905, passou a ter a designação de Sociedade Musical Odivelense – Banda dos Bombeiros Voluntários. Quando o atual Instituto de Odivelas passou a utilizar o antigo Convento de Odivelas, a Banda abrilhantava as festas daquela instituição de ensino, às quais assistiram as Rainhas D. Maria Pia, D. Amélia e o Infante D. Afonso de Bragança. Em 1909, a Banda foi convidada a tocar para o Rei D. Manuel II.
Até 1913, os concertos da Banda eram acontecimentos de rua, que tinham lugar em locais privilegiados como o Largo D. Dinis. Nesse mesmo ano, a Sociedade Musical Odivelense, juntamente com populares, construiu o Coreto de Odivelas, no meio do largo do Convento D. Dinis.
Desde o início da sua criação, a SMO não possuía uma sede fixa, usando vários locais temporários como sede. Em 1931, passou a dispor de um espaço próprio na Travessa da Mina, hoje Rua Maria Gomes da Silva Santos, parte integrante do núcleo antigo de Odivelas. Em 1936 foi autorizada a exploração do Salão de Festas como Cinema, ganhando assim consistência o projeto que virá a dar lugar ao Cine-Teatro.
A inauguração da Biblioteca foi realizada no 75º aniversário da SMO, em 1939, ficando a funcionar numa parte do primeiro andar da Sede da Sociedade. Os livros que passaram a fazer parte do acervo bibliotecário tiveram origem em doações de particulares. A Biblioteca António Maria Bravo assegurou esta função social e cultural por um longo período. Na sua Sede, em 1947, são efetuadas obras de remodelação do edifício, dotando-o de um 2º piso.
Em 1952, a Sociedade foi encerrada por determinação da Inspeção Geral de Espetáculos, com a alegação de que a mesma não reunia condições legais, vindo a reabrir em finais do ano de 1959. No mesmo ano de 1952,o coreto de Odivelas também alterou o seu local, saindo do meio do largo D. Dinis, dando esse lugar para a construção da estátua da Rainha Santa Isabel, para o lado lateral do largo.
Apesar da sociedade ter supostamente “encerrado”, existem diversos eventos da promoção da cultura e das atividades de recreio e lazer, criando um sentimento de resistência ao encerramento da sociedade e preparações para uma reabertura o mais rapidamente possível.
O da associação passou do antigo nome SMO – BBVO para o nome atual Sociedade Musical Odivelense. Em 1963, por forma a ser possível a sua participação nas comemorações do centenário da SMO, a Banda teve de recorrer a um número considerável de elementos externos contratados para o efeito. Em resultado dos elevados encargos derivados da contratação de músicos externos, a Direção deliberou suspender a atividade da Banda, o que se traduziu na sua extinção precisamente 100 anos após a sua criação.
Em 1979, foi criada uma escola de música para crianças a partir dos 5 anos, com o objetivo de ensinar gratuitamente música à população. Esta iniciativa permitiu que surgisse uma nova Banda em 1981, 18 anos depois da antiga Banda ter acabado, constituída por 28 jovens, dos 7 aos 15 anos. Em 1989, a Banda deslocou-se a França, onde deu vários concertos em Vic-le-Comt, Romagnat e na Ópera Municipal de Clermont-Ferrand, este último com uma audiência de 1200 pessoas. Em 1992, participou na Embaixada da Juventude à Expo’92 em Sevilha, a convite do Comissariado de Portugal para a Exposição Universal.
Entre os anos de 1993 e 1997, salienta-se a participação da Banda nos Festivais Ibéricos de Bandas Amadoras, organizados pela Câmara Municipal de Loures; Festas de Verão da cidade de Monção, Minho; Intercâmbio com a Banda Filarmónica Eborense de Évora; Encontro de Bandas nas cidades de Estremoz, Sabóia e Alcácer do Sal; Desfile na Expo’98; VIII Encontro de Bandas em Aveiras; Comemorações do Mês da Musica na cidade de Loulé, Algarve. Apresentou-se ainda no Teatro da Trindade, Lisboa, e no Centro Cultural da Malaposta, Olival Basto, nos quais atuou em conjunto com o Coro Lopes-Graça da Academia de Amadores de Música.
Em 2002, em conjunto com a Banda da Casa do Povo de Lavre e com os Coros de Mafra e da Academia Almadense, participou no concerto de Natal na Basílica do Convento de Mafra. No ano de 2003 destacam-se os concertos para a Federação Portuguesa das Coletividades de Cultura e Recreio no Parque das Nações em Lisboa. Em 2004 a Banda de Música da Sociedade Musical Odivelense realizou um concerto comemorativo dos 30 anos do 25 de Abril no Parlamento Europeu em Bruxelas.