Oliveira do Hospital e o seu folclore
Folclore em Oliveira do Hospital
Grupos Etnográficos, Tradições e Atividades no Concelho
- Região: Beira Litoral (Pinhal Interior Norte)
- Distrito: Coimbra
- Concelho: Oliveira do Hospital
07 grupos
- Grupo Folclórico da Associação Cultural da Freguesia de Seixo da Beira
- Rancho Folclórico “As Camponesas do Alva”
- Rancho Folclórico de Santo António do Alva
- Rancho Folclórico e Cultural de Lagares da Beira
- Rancho Folclórico “Estrelas da Manhã”
- Rancho Folclórico Rosas de Vila Franca
- Rancho Folclórico Sampaense
Grupo Folclórico da Associação Cultural da Freguesia de Seixo da Beira
A Associação Cultural da Freguesia de Seixo da Beira foi fundada em 1981. Tem como objetivo a promoção cultural dos seus associados e a recolha e divulgação do património artístico, cultural e etnográfico da freguesia de Seixo da Beira. Com a finalidade de defender o património cultural da freguesia, o Rancho Folclórico e iniciou a recolha de usos e costumes de todos os lugares da freguesia não apenas nos versos, nas músicas, nas coreografias, mas também nos seus trajes que são, essencialmente, dos finais do século XIX início do século XX. Na confeção dos diversos trajes foram utilizados, entre outros, o serrubeco, a saragoça, a chita, a gorgorina, o riscado e o merino.
O rancho tem participado em festas e festivais de Norte a Sul de Portugal e em Espanha. Com o objetivo da promoção cultural dos seus associados, foi implementada uma escola de música e organizado um grupo de teatro.
Morada
Rua dos Combatentes Grande Guerra, nº4
3405 – 446 Seixo da Beira
Associação Cultural e Recreativa de Lagares da Beira
Com o objetivo de alegrar as festas de Carnaval em Lagares da Beira e nas localidades circunvizinhas, alguns lagarenses fundaram, em 1978, um grupo com o nome Rancho da Mocidade Recreativa. Foi constituído em 1980, sob a designação Associação Cultural e Recreativa de Lagares da Beira. A esta associação pertence um Rancho Folclórico desde a sua constituição e uma escola de música desde 1992.
Como principais iniciativas tem a Festa do S. João e suas marchas Populares, um Festival de Folclore, a Desfolhada e a Festa da Castanha, pelo S. Martinho. Participa, ao longo do ano, em diversos festivais e festas para as quais é convidado. O rancho apresenta-se em trajes regionais alusivos a diversas atividades que se exerciam e ainda se exercem em Lagares da Beira, como o camponês, os ceifeiros, o pastor, o pedreiro, a lavadeira, o padeiro, os noivos e a gente fina.
A tocata do rancho é composta por acordeão, concertina, bandolim, bombo, ferrinhos, pandeireta e reco-reco.
Nas danças, cantam-se entre outras: “Priminha vamos à monda”, “Vira dos quatro”, “Doba dobadoura” ou “Meninas ao meio”.
Morada
Rua Dr. Francisco Borges Mendes Cruz, nr.1
3405- 193 Lagares da Beira
Associação Progressiva Santo António do Alva
Fundado em 1978, por altura do Carnaval, inicialmente com a designação Rancho Folclórico Princesas do Alva, foi oficializado sob o nome Rancho Folclórico de Santo António do Alva, em 1982. Em 1987 foi integrado no Departamento Cultural da Associação Progressiva de Santo António do Alva . Em 1996 foi inscrito no Departamento de Etnografia do INATEL – Coimbra.
Os jovens e adultos que constituem o rancho têm particular interesse na recolha de cantares tradicionais, música e danças, utilizadas pelo seu povo. Até os trajes, essencialmente pobres, de cores pálidas, eram de rara beleza, sobressaindo um ou outro ao domingar. Por condição, todos estes trajes eram confecionados com tecidos da época: surrubeco, brocado, cotim, agrim, riscado, chita, linho, estopa, gorgorina, entre outros. As chinelas, as tamancas, os tamancos abertos e fechados e as botas de atanado constituíam o calçado do dia-a-dia na aldeia.
O rancho organiza, anualmente, o seu Festival de Folclore, sob a designação “Festa do Folclore”.
Morada
Rua da Capela, 1
Santo António do Alva
3400 – 576 Santo António do Alva
Rancho Folclórico As Camponesas do Alva
Supõe-se que foi o primeiro Rancho Folclórico devidamente organizado que apareceu na região. Fundado pelo médico local Dr. Vasco de Campos e pelo funcionário de finanças Sr. Ernesto Caetano Abranches fez a sua estreia em público nas célebres festas de S. Pedro a 29 de Junho de 1936. Com as suas danças e cantares, o Rancho faz reviver os costumes das gentes da lavoura que, quando regressavam dos campos depois de um dia de trabalho, cantavam alegremente.
Aquando da sua fundação os trajos das “Camponesas do Alva” eram uniformes, as mulheres vestiam saias verdes, com barra de cetim preta e avental, as blusas eram brancas debruadas a espiguilha vermelha e xaile. Usavam lenço de caxemira e chapéu de palha de aba larga calçavam meias de algodão arrendadas e chinelas pretas. A pandeireta com muitas fitas de várias cores era o adereço que as mulheres usavam para darem mais brilho e cor nas suas atuações.
Os homens vestiam calças de sarja, camisas brancas e o lenço vermelho ao pescoço. Usavam chapéu preto de aba, facha azul à cintura e calçavam botas. Hoje, são essencialmente trajos de trabalho, retratando a imagem de um povo rural.
No dia 24 de Julho de 1989, o Rancho efetuou o seu primeiro Festival Nacional de Folclore de Avô, uma iniciativa que se tem mantido desde essa altura.
Em 2007 torna-se sócio aderente da Federação do Folclore Português, sendo já efetivo.
Em 2009 tornou-se sócio do INATEL.
Fez a sua primeira estreia em público nas festas de S. Pedro, na Vila de Avô, em 1936.Tanto naquele tempo como nos dias de hoje, o Rancho Folclórico, com as suas danças e cantares, faz reviver os costumes das gentes da lavoura que, quando regressavam dos campos depois de um dia de trabalho, cantavam alegremente. Uma das quadras do seu Hino transmite esse sentir:
Cantai a vossa canção
Cantai, cantai dia a dia
Que sabe melhor o pão
Criado com alegria.
Dessas danças e cantares algumas ficaram na memória passando de geração em geração, e hoje fazem parte do repertório de Rancho.
Os trajes usados são representativos dos usados nos trabalhos da época: agricultores, pescadores e resineiros. Avô sempre foi terra de fidalgos e também os trajes dessas famílias aparecem representados no Rancho.
O Grupo tem participado em inúmeras festas, romarias e festivais nacionais de folclore por todo o País. Conta com algumas deslocações ao estrangeiro nomeadamente: Espanha, França, Alemanha, Luxemburgo, Bélgica e Dinamarca.
Desde 1989 que realiza anualmente o seu Festival de Folclore e organiza, de há uns anos a esta parte, a Feira de Fim de Século XIX e o Encontro de Cantares Natalícios na Igreja Matriz de Avô.
É Membro Efetivo da AFERM (Associação de Folclore e Etnografia da Região do Mondego) e Sócio do INATEL. Tornou-se Membro Efetivo da Federação do Folclore Português em 2009.
Morada
Centro Cultural Dr. Vasco de Campos
3400-362 Avô
Rancho Folclórico Cultural de Lagares da Beira
Em 1981, um grupo de lagarenses resolveram retomar a tradição das marchas de S. João, formando o Rancho da Mocidade e Recreativa de Lagares da Beira. Em 1982, já com o nome de Rancho Folclórico e Cultural de Lagares da Beira, organizou o seu 1º Festival Nacional de Folclore. Em 1985 constituiu-se como Rancho Folclórico e Cultural de Lagares da Beira.
Implantado na encosta da Serra da Estrela, representa: o Pastor, o Lagareiro, o Pedreiro, o Domingueiro, os Noivos, as Doceiras, o Lavrador, o Agueiro, o Moleiro, entre outros.
Morada
Rua Dr. Francisco Borges Mendes Cruz
3400 – 193 Lagares da Beira
Rancho Folclórico “Estrelas da Manhã”
Andorinha é uma pequena aldeia situada entre a Serra da Estrela e a Serra do Caramulo, pertencente ao Concelho de Oliveira do Hospital e Freguesia de Travanca de Lagos. Antigamente vivia do trabalho de campo. O gado que criavam e os produtos que a terra produzia, tais como, o centeio, a cevada, o milho, a batata e o feijão, entre outros, permitiam às famílias a sua sobrevivência.
No ano de 1997, em brincadeiras carnavalescas surgiu a ideia de formar um pequeno rancho com os jovens da terra de Andorinha para desfilar apenas no dia de Carnaval. Assim surgiu em 1997 o Rancho Folclórico Estrelas da Manhã, cujo nome deriva de um rancho do ano de 1953.
Este Rancho tenta preservar os costumes dos antepassados, sendo as músicas e danças recolhidas entre as pessoas idosas da nossa aldeia. Os trajes representam as várias atividades que nesse tempo existiam, como os romeiros, os canastreiros, os apanhadores de azeitona, os vindimadores, os pedreiros, entre outros.
Morada
Largo José Pais – Liga de Melhoramentos Andorinha
3405 – 485 Travanca de Lagos
Rancho Folclórico Rosas de Vila Franca
Vila Franca da Beira situa-se na zona da Cordinha, concelho de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, embora se encontre na linha de transição entre a Beira Alta e a Beira Litoral. O rancho foi fundado em 1986, pela D. Miquelina Dinis que, de porta em porta, pedia aos miúdos e a músicos para dançarem e cantarem no projeto do Rancho Folclórico que pretendia formar. Surgiu assim o Rancho Infantil e Juvenil Rosas de Vila Franca da Beira, que durante alguns anos enfrentou várias dificuldades de nível financeiro e logístico.
Só a perseverança e empenho dos colaboradores em não deixar esquecer os usos e costumes da região, fez com que este rancho tivesse continuidade, estando hoje em pleno funcionamento.
Em 1991 organizou o seu 1º Encontro de Folclore e em 1992 o 1º Festival de Folclore, em Vila Franca da Beira.
Evoca e homenageia as diferentes classes sociais e as principais profissões, intimamente ligadas ao clima e geografia da região, nomeadamente: os noivos, os domingueiros e romeiros, fidalgos, tanoeiro, pastores, a queijeira, esposa do pastor, o tecelão e tecedeira, a ceifeira, o aguadeiro ou o resineiro, entre tantos outros.
Nas coreografias contam-se, sobretudo, danças de roda, o “vira da Cordinha” e “O Pastor”, modas típicas da região.
Ao longo destes anos, o rancho tem participado em inúmeros encontros e festivais de folclore de norte a sul do país, tendo-se deslocado também à Alemanha.
As instalações da União Desportiva e Tuna Vilafranquense são a sede do rancho, que conta com cerca de 35 elementos, com idades entre os 12 e os 75 anos.
Morada
Rua da União, nº. 25
3405 – 625 Vila Franca da Beira
Rancho Folclórico Sampaense
O Rancho Folclórico Sampaense foi fundado em 1976, tendo sido a primeira atuação pública a 14 de Agosto de 1977. Está integrado na Sociedade Recreativa Lealdade Sampaense.
A Beira Alta é das regiões portuguesas com manifestações etnográficas e folclóricas bem diferentes e definidas. Enquanto no vale ou planalto as danças e trajes tocam a essência senhorial, a parte serrana ou pastoril mostra-nos toda a crueza da vida dura da serra. É essa mensagem das gentes habituadas a galgar ladeiras e barrancos que o Rancho Folclórico Sampaense apresenta.
Os seus trajes incluem o dos Mordomos, Romeiros, Pastores, Doceira, Senhora Antiga, Domingueiro, Noivos, Canastreiro e Cesteira, fato de trabalho, Varejadora/Apanhadeira da Azeitona e Pedreiro.
O povo dedicava-se sobretudo ao fabrico artesanal do Queijo Serra da Estrela e aos trabalhos agrícolas, pois o solo apesar de montanhoso, é muito fértil.
O trabalho de pesquisa e recolha de motivos etnográficos relacionados com o folclore prossegue ininterruptamente, sendo numerosas as peças já reunidas, especialmente no que toca a usos e costumes, trajes e utensílios.
Morada
Pavilhão Serafim Marques
Rua Alexandre Rodrigues, n.º6
3400 – 703 – S. Paio de Gramaços