Palmela e as suas filarmónicas
Filarmónicas de Palmela
Bandas de Música, história e atividades no Concelho
- Sociedade Filarmónica União Agrícola de Pinhal Novo
- Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”
- Sociedade Filarmónica Humanitária
- Sociedade de Instrução Musical da Quinta do Anjo
Sociedade Filarmónica União Agrícola de Pinhal Novo
A Sociedade Filarmónica União Agrícola de Pinhal Novo (S.F.U.A.) foi fundada a 6 de dezembro de 1896.Teve, como primeiro regente, o músico de Palmela Henrique Isidoro da Costa. Nessa época já existiam duas Bandas em Palmela e Moita. Não há documentos sobre a fundação, o que se deve a acontecimentos políticos, com mudanças, reparações e ampliações da sede ou, ainda, com cisões e desentendimentos que empobreceram os arquivos. Entre 1914 e 1917, a vida da coletividade se confunde com a de outra, chamada “Grupo Dramático 1º de Julho”, havendo mesmo um relato de uma fusão em 07/01/1917, de que teria resultado uma nova agremiação chamada “Grupo Dramático União Agrícola”.
Em 16/07/1922, foi estreado um estandarte onde aparece a designação “Sociedade União Agrícola”, designação que subsistiu durante algum tempo. Em 1923, realizou-se uma Assembleia Geral, onde ficam aprovados, provavelmente, os primeiros estatutos e onde surge já a atual denominação “Sociedade Filarmónica União Agrícola”. Os estatutos, ou melhor, esse Regulamento Geral – só seriam, no entanto, aprovados pelo Governo Civil de Lisboa, que na altura tinha autoridade sobre a região, em 1925. Em 1924 deu-se uma cisão de que resultaria uma nova coletividade, a “Sociedade Musical Capricho Popular Pinhalnovense”, que desapareceria poucos anos mais tarde.
Foi convidada pela Sociedade Filarmónica Estrela Moitense para abrilhantar uma corrida de touros em 1925. Consta-se que muitos dos primeiros executantes já seriam músicos experimentados nas bandas dos arredores, e que o seu primeiro Maestro vinha de Palmela a pé, para fazer os ensaios. Um testemunho curioso de um dos mais prestigiados membros da nossa coletividade, Benardino da Cruz Curado, falecido em 1982, garantia que o primeiro instrumental da Banda teria sido oferecido pelo Conde de Burnay a troco de apoio político em eleições que se teriam realizado.
A SFUA foi diplomada pela Federação Portuguesa das Coletividades de Cultura e Recreio em 1956, e condecorada com a medalha de prata por esta instituição. Foi ainda declarada instituição de utilidade pública. A Banda têm cerca de 47 elementos com idades entre os 12 e os 70 anos, sendo a maioria abaixo dos trinta. Para dar continuidade a esta Banda existe a Escola de Música com uma regularidade de 20 a 25 alunos, sendo administradas aulas por sete professores, incluindo o seu maestro. Com uma média de 20 a 30 serviços por ano, têm levado o nome da SFUA, da Freguesia do Pinhal Novo, do Concelho de Palmela, e de Portugal, a tantos e tantos locais do estrangeiro, Continente e Ilhas.
Em 1985, com o maestro Juvenal Loureiro Marques, conquistou o maior galardão do seu historial: o 1º lugar no concurso da EDP – Grupo B – Zona Sul. Entre as inúmeras atuações, regista-se, em 1979 em Ayamonte (Espanha) e, em 1999, uma digressão ao Açores. Foram seus maestros, (outros houve sem registo): Henrique Isidoro da Costa (principal organizador da Banda), Cipriano, António Maria de Almeida, Eugénio dos Santos Castro, Dias Montesinho, António Félix Cavaco, Pinto de Sousa, Juvenal Loureiro Marques, José Marquês, Manuel Pancão Cola. É seu maestro, desde 2018, Pedro Almeida.
Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”
A Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros” nasceu em 1852. Os Loureiros têm-se apresentado na região e por todo o País e, por vezes, no estrangeiro (Espanha, França, Áustria, Holanda, Bélgica).
SFPL
SFPL
Sociedade Filarmónica Humanitária
A Banda da Sociedade Filarmónica Humanitária, sediada em Palmela, foi fundada em 1864. Tem-se apresentado em Portugal e no estrangeiro. Do seu palmarés destaca-se o 1º prémio no Concurso das Banda Civis de Portugal (1947); a participação no Dia de Portugal na EXPO’92 em Sevilha; a conquista do 2º e do 3º Prémio no Certame Internacional de Bandas de Música de Valência (1992 e 1993); a participação no 3º Concurso Bandístico Internacional Fliscorne D’Oro em Riva Del Garda (1995), em Itália; a atuação na EXPO’98 em Lisboa na semana do encerramento; o 3º Prémio da 2ª Categoria no 3º Concurso de Bandas do Ateneu Artístico Vilafranquense; e inúmeras participações em encontros de bandas civis e atuações por todo o País. A Banda da Sociedade Filarmónica Humanitária continua a ter uma ação preponderante na vida cultural de Palmela, representando a sociedade e o concelho nos mais diversos pontos do país e da Europa. Conta com cerca de 75 elementos, com a direção artística de João Quítalo.
SFH
(2015)
Sociedade de Instrução Musical da Quinta do Anjo
A Banda da Sociedade de Instrução Musical (SIM) da Quinta do Anjo, Concelho de Palmela, teve origem num grupo de jovens músicos daquela localidade (Quinta do Anjo), que formaram, em data anterior à implantação da República (1910), um agrupamento musical com instrumentos de cordas, designado de “Solidó”. Com o envolvimento de Portugal na 1ª Guerra Mundial (1914-1918), vários elementos do grupo musical foram mobilizados e o “Solidó” sucumbiu, mas após a 1ª Grande Guerra, uma nova onda de entusiasmo levou à formação em 1919 de um novo grupo, desta vez designado de “Grupo de Instrução Musical” que já dispunha de instrumentos de sopro e de uma vistosa farda.
Em 1921, foi organizada formalmente a coletividade, no dia 24 de junho, com a designação de Sociedade de Instrução Musical, que se mantém. Da atividade da Banda Filarmónica, além das atuações realizadas de Norte a Sul de Portugal, destaca-se a sua participação nos concursos de Bandas Filarmónicas organizados pela FNAT (atual INATEL), onde, sob a batuta do Capitão Pinto Rodrigues, conquistou nos anos de 1960 e 1971, o 1º prémio na 2ª categoria.
Ao longo da sua história, a Sociedade manteve várias atividades recreativas e culturais, paralelamente à Banda Filarmónica, à Orquestra Ligeira e à Banda juvenil designada carinhosamente de “Bandinha” que foi criada no inicio da década de 1980 e que serve de escola de música da Banda.
SIM
Desde o ano 2000, a Banda da SIM é dirigida pelo Maestro Joaquim Fragoso da Silva, que é também o responsável pela escola de música da Sociedade. Em 2001, a Banda deslocou-se ao estrangeiro onde realizou, em Estrasburgo, diversas atuações em representação de Portugal.