Penacova e os seus músicos
Músicos naturais do Concelho de Penacova
Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.
- Alexandre Madeira (França/Penacova, direção, saxofone)
- Alípio Sousa Borges (músico, 1932-1997)
- João Martinho (eufónio)
- Joel Rodrigues (maestro)
- Pedro Martinho (fagote)
- Ricardo Almeida (tuba)
- Rodrigo Carvalho (músico)
Alexandre Madeira
Alexandre Madeira é diplomado em Saxofone pelo Conservatório de Música de Coimbra e licenciado pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo – ESMAE (Porto).
Trabalhou com os professores Henk van Twillert, Fernando Ramos, Jean-Yves Fourmeau, Ed Boogard, Arno Bornkamp, Claude Délangle, Jean-Denis Michat e Gerard McCristal (Saxofone), Paulo Perfeito, Carlos Azevedo, José Pedro Coelho, Telmo Marques, Gileno Santana (Jazz), Hugues Kestman e Xelo Giner (Música Contemporânea), Jean Sebastien Béreau, Robert Houlihan, Alberto Roque, Luís Clemente e André Granjo (Direção de Orquestra).
Tem tido uma vasta atividade como docente em escolas como os Conservatórios de Coimbra, Braga, Águeda, Covilhã e tem sido convidado para ministrar cursos por todo o país.
Como instrumentista, conta com inúmeros concertos realizados em orquestras como as Orquestras Sinfónica, de Sopros e de Música Contemporânea da ESMAE, Orquestra de Músicos do Mediterrâneo, European Saxophone Ensemble, Orquestra Portuguesa de Saxofones, Coimbra Jazz Ensemble, entre outras, contando diversas digressões nos vários continentes, diversos prémios internacionais, concertos a solo e gravações de CD.
Alexandre Madeira
Leia AQUI a biografia completa.
Joel Rodrigues
Joel Rodrigues iniciou os estudos na Escola de Música da Banda Filarmónica da Casa do Povo de Penacova, sob a direção do maestro Gonçalo Rocha e posteriormente com o maestro Nuno Campos. Prosseguiu os estudos no Conservatório de Musica de Coimbra.
Em 2013 ingressou na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, onde concluiu a Licenciatura em Saxofone e posteriormente o Mestrado em Ensino da Música – variante instrumento (saxofone) e música de conjunto.
Como convidado, tem integrado diversas formações, onde se destacam Orquestra de Sopros de Coimbra, Ensemble de Saxofones do Conservatório de Música de Coimbra, Orquestra Sinfónica da ESPROARTE, Orquestra Sinfónica da ESART, Orquestra Ligeira da Covilhã, entre outros agrupamentos. É membro fundador do quarteto de Saxofones ‘’InSax’’ e membro da ‘’ The Soul Orquestra’’.
Joel Rodrigues é professor de saxofone e música de conjunto na Escola de Música do Orfeão de Leiria (OLCA), professor de saxofone na Sociedade Amadora Musical dos Pousos (SAMP) e Conservatório de Música de Coimbra – polo de Sertã.
Na sua formação de direção de orquestra trabalhou com maestro como Alberto Roque, João Paulo Fernandes, José Pedro Figueiredo, Nuno Osório, José Carlos Oliveira, entre outros. Tem sido convidado a dirigir vários agrupamentos. Entre 2017 e 2020 foi diretor artístico da Banda Filarmónica da Casa do Povo de Penacova, Grupo de Teatro e Variedades da Casa do Povo de Penacova e diretor pedagógico da escola de música da Banda Filarmónica da Casa do Povo de Penacova.
Ricardo Almeida
Ricardo João Borges Almeida nasceu em Lorvão, Penacova, a 22 de outubro de 1996 e iniciou a sua carreira musical em 2002. Concluiu o 5º grau de Conservatório de Música de Coimbra na classe de Clarinete de Henrique Pereira. Frequentou a Classe de Percussão da Filarmónica Boa Vontade Lorvanense por 8 anos, inicialmente orientada pelos professores Bruno Amaral e João Colaço. Frequentou o curso livre de percussão no Conservatório de Música de Coimbra durante 2 anos com Ismael Silva.
Em 2016 começou a estudar Tuba com Luís Oliveira, na Escola Profissional de Artes da Beira Interior. Participou também em de vários estágios de Orquestra de Sopros e Percussão e de Orquestra Sinfónica de destacar os seguintes maestros: Pedro Rego, Leandro Alves, Jan Wierzba, Tiago Oliveira, José Eduardo Gomes, José Ignácio Petit, Douglas Bostock, Tobias Gossmann, Jean-Marc Burfin.
Além dos Estágios de Orquestra, RicardoAlmeida também participou de classes de aperfeiçoamento individuais, destacando a participação com os conceituados tubistas: Sérgio Carolino, Adélio Carneiro, Ilídio Massacote, João Aibéo, Gil Gonçalves, Romeu Silva, Ricardo Antão, Ricardo Carvalhoso, Floyd O.Cooley, Jon Hansen, François Thuillier, Jose Martínez e Gene Pokorny.
Leia AQUI a biografia completa.
Rodrigo Carvalho
Rodrigo Carvalho nasceu em Penacova em 1983, onde iniciou os estudos musicais com Celestino Ortet. É licenciado, pela Escola Superior de Educação de Coimbra, no Curso de Professores de Educação Musical do Ensino Básico e pela Universidade de Aveiro no curso de Música, vertente de Performance em Canto, na classe de Joaquina Ly. É ainda mestre em Ensino de Música, nas variantes de Canto e Música de Conjunto.
Rodrigo Carvalho
Participa regularmente em cursos de Direção Coral, tendo já trabalhado com Edgar Saramago, John Ross, Artur Pinho, Cara Tasher, Eugene Rodgers, Paulo Lourenço, Gonçalo Lourenço, Vasco Negreiros e Ana Maria Gonzalez. Na área do canto trabalhou com Pierre Mak, Susan Waters, Pat MacMahon, Carla Pais, Isabel Alcobia, António Salgado, Maria José Nogueira, João Lourenço e Vianey da Cruz.
Enquanto solista cantou a Oratória de Natal, a cantata Actus Tragicus e a cantata Ich habe genug, de J. S. Bach, a Criação de Haydn, a Missa em Dó menor de Mozart, a Petite Messe Solennelle de Rossini, o Requiem a Inês de Castro de Pedro Camacho, Ein Deutsches Requiem de Brahms e Carmina Burana de Carl Orff. É diretor artístico do Coral Magister da Mealhada, do Coro Vox et Communio de Penacova, do qual é fundador, e do Coro Misto da Universidade de Coimbra.
Fontes: Alexandre Madeira forneceu a informação relativa Joel Rodrigues (maestro) e Rodrigo Carvalho (músico). Ricardo Almeida informou sobre João Martinho (eufónio) e Pedro Martinho (fagote).
HISTÓRIA
Alípio Sousa Borges
Alípio Sousa Borges, filho de António Borges e de Bigadaila de Jesus Sousa, nasceu em Lorvão no dia 26 de agosto de 1932, mas desde tenra idade se mudou para Penacova, onde casou e faleceu em 1997. Electricista de profissão, trabalhou na Companhia Eléctrica das Beiras (que mais tarde viria a integrar o grupo EDP), tendo passado também pela Câmara Municipal no início da sua carreira. Apesar de bom profissional, foi no campo da Música e do Teatro de Revista que se notabilizou.
Em Penacova deixou a sua marca indelével. Também fora do concelho, se afirmou como credenciado instrumentista. Alípio Borges sempre gostou de música – em especial da harmonia, mais do que propriamente dos aspetos melódicos – e que já uma sua bisavó fora uma mulher voltada para esta arte. Conviveu com Raimunda de Carvalho, um nome grande da música, e que desde muito cedo tivera o privilégio de lhe mudar as folhas da partitura quando ela tocava piano. Com esta exímia cultora da arte musical e com o Mestre Eliseu, de Coimbra, aprendeu solfejo durante a adolescência e juventude (1944-49).
Alípio Sousa Borges
Estudou Teoria Musical, Harmonia e Composição. Com Alípio Costa Alvarinhas Miguel (Catarino) aprendeu Saxofone, entrando pela sua mão para a Filarmónica. Tocou também saxofone-alto na Orquestra do Clube Desportivo Penacovense, dirigido pelo Mestre Eliseu. Por este nome importante do panorama musical conimbricense foi também convidado, já com carteira de músico, para fazer parte da Orquestra da FNAT (instituição que deu origem ao INATEL). Músico multifacetado passou por muitos Grupos de baile, entre os quais “Os Alegres” e o afamado “Ases do Ritmo”. Foi ainda, durante muitos anos, Mestre das Filarmónicas de Penacova e de S. Pedro de Alva.
Fonte: Jornal Nova Esperança
Raymunda Martins de Carvalho
Segundo informação de Penacova Atual, Raymunda Martins de Carvalho nasceu no Brasil em 1878 e morreu em Penacova no dia 11 de fevereiro de 1958.
Dona Raimunda com a BFP
D. Raymunda, primeira a contar da esquerda, com a Banda Filarmónica de Penacova, em 1925, nas escadas do antigo Tribunal Judicial
Joaquim Augusto de Carvalho, nascido em Penacova em 1861, emigrou para o Brasil onde fez fortuna e casou com esta jovem brasileira. No final do século XIX o casal veio viver para Portugal, comprando em Penacova a Quinta de Santo António e construindo aí o Palacete cuja traça inicial mantém.
Mais do que residência particular, aquele espaço cedo se afirmou-se como local privilegiado de convívio e de cultura, tendo para tal sido construído um salão anexo. Os donos eram portadores de alta sensibilidade artística, em especial no campo da música.
Raimunda foi professora de música e exímia executante de piano. Foi encenadora de muitos espetáculos de variedades e dirigente de um grupo coral, o “Orfeon Penacovense”, que “durante muitos anos se impôs à admiração de toda a gente”.
A “Gazeta de Coimbra” de Maio de 1920 destaca, na primeira página, uma “matinée” musical que se realizou em Coimbra, no Ginásio Club. Esta audição das alunas de Raimunda de Carvalho constituiu “a consagração da distinta professora” e evidenciou as superiores “qualidades que possui, seleccionando e atraindo algumas vocações para a Arte.” No grupo das suas alunas aparece o nome de crianças e jovens de Penacova: Maria do Céu Gouveia Leitão, Maria da Pureza Leitão Barbosa, Maria Elisa Duque e Maria Luísa Soares.
Fonte: David Gonçalves de Almeida, Penacova Atual (excerto, acesso a 21 de março de 2021)