Ribeira Grande e os seus órgãos de tubos

Igreja da Misericórdia
Órgãos de tubos do concelho da Ribeira Grande [3]

[ Ilha de São Miguel ]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Igreja Paroquial da Maia

[ Divino Espírito Santo ]

A Igreja Paroquial da Maia, dedicada ao Espírito Santo, data de 1812. Teve a sua origem numa Capela do século XVI, ampliada nos séculos XVII e XVIII.

Possui um órgão histórico da autoria de Sebastião Gomes de Lemos, concluído em 1848.

Igreja da Misericórdia

[ Igreja do Espírito Santo ] [ Igreja dos Passos ]

Igreja da Misericórdia

Igreja da Misericórdia

Terá sido em 1522 que se levantou a Casa do Espírito Santo junto da qual se instalaria depois o Hospital da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande. Em 1591, Gaspar Frutuoso registava que a Casa do Espírito Santo estava junto à praça, no cume de um grande adro que descia quase até ao nível do mar. A Misericórdia foi fundada em 1592, com base nessa Capela junto à praça, por iniciativa da Câmara Municipal e do povo, instituição que seria confirmada pelo bispo de Angra e por Alvará Régio em 1593. O Hospital da Santa Casa ocuparia a casa anexa, onde atualmente se encontra a Repartição das Finanças, até ao ano de 1834, época em que o Convento de São Francisco daquela vila ficou vago com a extinção das ordens religiosas masculinas no país. Em meados do século XVII o primitivo templo foi objeto de reconstrução, de que resultou a atual Igreja da Misericórdia (ou Igreja dos Passos, como também é conhecida), a qual ainda hoje se encontra de pé como um belo exemplo da arquitetura regional dessa época, principalmente no que toca à sua fachada, muito valorizada por obra de cantaria executada por canteiros do próprio concelho.

A Igreja da Misericórdia possui um órgão da autoria de João Nicolau Ferreira n.º 4, construído em 1863.

Igreja Matriz da Ribeira Grande

[ Nossa Senhora da Estrela ]

Igreja Matriz da Ribeira Grande

Igreja Matriz da Ribeira Grande

Situada no cimo de uma enorme escadaria, a qual os locais chamam de cascata, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Estrela é um imóvel de interesse público. A sua construção iniciou-se na era de quinhentos, tendo sido muito alterada ao longo dos tempos. A sua atual feição data do século XVIII, apresentando uma altaneira fachada barroca e um interessante interior de três naves. Nele se destacam o altar dos Reis Magos, a talha da Capela do Santíssimo, o cadeiral do altar-mor, os frescos do teto dedicados à Virgem e a porta em ferro forjado do batistério. No coro alto encontra-se um conjunto de grande valor artístico, conhecido pelo nome de Arcano. Trata-se de uma vitrina onde se podem admirar centenas de pequenas figuras, moldadas em farinha de arroz, goma-arábica e alúmen, dispostas em vários planos, representando cenas do Antigo e Novo Testamento, tudo esculpido pela freira clarissa Margarida do Apocalipse, no século XIX. A sacristia alberga um pequeno museu sacro, com alfaias em prata, imagens e um tríptico flamengo dedicado a Santo André (século XVI).

Fonte: CMRG

Possui um órgão histórico da autoria de Sebastião Gomes de Lemos, construído em 1855, restaurado por Dinarte Machado Atelier Português de Organaria, em 1987.