Santarém e os seus músicos
Músicos do Concelho de Santarém
Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.
- Ana Deus (cantora, 1963)
- Bela Bueri (fadista, 1948-2023)
- Celestino Graça (etnógrafo, 1914-1975)
- Fernando Ribeiro (acordeonista, 1935)
- Filipe Rosa de Carvalho (organista)
- Joaquim Luiz Gomes (diretor de orquestra, 1914-2009)
- José Santos Rosa (compositor, 1931)
- Leonardo Pereira (fado)
Joaquim Luiz Gomes
José Santos Rosa
José Santos Rosa, compositor e pedagogo musical, maestro e clarinetista, faleceu a 30 de dezembro de 2020 na sua terra natal, Pernes (Santarém), aos 89 anos de idade. Durante a sua carreira foi destacado instrumentista da orquestra da antiga Emissora Nacional, solista da Banda da GNR até formar a Grande Orquestra de José Santos Rosa que, durante largos anos, atuou no Casino da Figueira da Foz.
O Casino da Figueira, com uma fotografia na galeria do salão caffé, e a Assembleia Figueirense, como uma placa evocativa, homenagearam-no em vida.
José Santos Rosa compôs inúmeras obras e acompanhou nomes de primeiro plano da canção nacional, como Simone de Oliveira, Madalena Iglésias, entre outros, em programas televisivos e em vários palcos. A Câmara de Santarém emitiu uma nota de pesar onde lamenta profundamente a morte do músico e compositor, fundador da Orquestra Santos Rosa, um dos seus grandes legados. José Santos Rosa foi distinguido pela Câmara de Santarém como Scalabitano Ilustre, dedicou toda a sua vida à arte musical. “Promoveu o ensino da música com novos métodos de aprendizagem, criou escolas, bandas, orquestras infantis e juvenis no Centro de Iniciação Musical Pernense e foi diretor musical do Casino da Figueira da Foz”, lembrou o município. Em 2012, recebeu a medalha de mérito de Pernes.
Filipe Rosa de Carvalho (1892 – 1980) foi organista e compositor, professor de órgão, organista da Emissora Nacional e da Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Obteve o diploma da Academia Filarmónica de Bolonha em 1914, laureando-se em órgão com a mais alta classificação.
Em Portugal ocupou o cargo de professor de órgão no Conservatório Nacional entre 1935 e 1950, onde desenvolveu uma intensa atividade pedagógica que contribui para a formação de uma nova geração de organistas portugueses. Desenvolveu projetos para dotar as igrejas portuguesas de instrumentos modernos.
Em 1938 inaugurou o órgão da firma Tamburini da Igreja de Nossa Senhora de Fátima de Lisboa, onde desempenhou as funções de organista. Filipe Rosa de Carvalho inaugurou com um concerto a 11 de Outubro de 1952 o órgão Ruffatti da Basílica do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Fátima. Manteve uma intensa atividade como compositor e organista de concerto. (Rafael Reis)