Tag Archive for: música em Gouveia

Gouveia Art Rock
Festivais de Música em Gouveia

Ciclos, encontros, temporadas e festivais de música no Concelho

CIMfonia

Sítio: cimfonia.org

O projeto CIMfonia resulta de uma simples aglutinação da sigla CIM – Comunidade InterMunicipal – e da palavra fonia que pode significar som ou voz, e pretende traduzir isso mesmo, a voz da região, o apelo do interior. O ciclo de concertos e eventos do programa CIMfonia pretende seduzir toda a comunidade a intervir de forma criativa e proativa, na candidatura de Guarda Capital Europeia da Cultura, em 2027. (Osvaldo Ferreira)

O projeto engloba os municípios de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Guarda, Manteigas, Mêda, Pinhel, Sabugal, Seia, Trancoso.

Gouveia Art Rock

Gouveia Art Rock é um festival anual de música progressiva que se realiza em Gouveia, Portugal, desde 2003. É uma organização da Câmara Municipal de Gouveia e transformou-se nos últimos anos num evento de referência no género, à escala mundial.

Gouveia Art Rock

Gouveia Art Rock

Folclore em Gouveia

Grupos Etnográficos, Tradições e Atividades no Concelho

  • Beira Alta (Beira Alta Serrana)
  • Distrito: Guarda
  • Concelho: Gouveia

5 grupos

  • Rancho Folclórico cancioneiro de Folgosinho
  • Rancho Folclórico da Casa do Povo de Nespereira
  • Rancho Folclórico de Gouveia
  • Rancho Folclórico de Vila Nova de Tazem
  • Rancho Folclórico de Vinhó
Rancho Folclórico cancioneiro de Folgozinho

Morada

Rua Dr. João de Vasconcelos, nº 6
6290-081 Folgosinho

Folgosinho situa-se na encosta Norte da Serra da Estrela, concelho de Gouveia, distrito da Guarda. O grupo tem 35 componentes, 8 a 10 pares de dançadores, 6 tocadores, 4 cantadeiras e 5 componentes com trajes específicos.

A zona de recolha é o Alto Mondego, montanha e chã. Situa-se num contexto de economia rural. Na montanha: cereal – centeio – batata – gado – queijo da Serra. Na chã, culturas mais ricas: vinho e azeite. Também uma forte componente de gado – queijo da serra.
O clima é frio, na montanha, moderado na chá. A montanha não tem passagem. É volta atrás, o que explica a permanência de tradições. O grupo é filiado na Federação do Folclore Português, como membro fundador.

Em 1937, o Dr João de Vasconcelos, ao tempo Secretário do Tesouro, fundou o Rancho, integrado no movimento de homenagens a prestar ao Dr. Oliveira Salazar pelas freguesias rurais. Não houve nem investigação, nem recolhas, nem preocupação pela tradição, quer de Folgosinho, quer da montanha. Por isso saiu uma coisa incaracterística, quer nos trajes, quer nos cantares, quer nas danças. Inventou-se traje, encomendaram-se letras a poetas lisboetas, adaptaram-se marchas, inventaram-se danças. A atividade que teve desde a fundação até 1976, não teve qualquer significado. Limitou-se a participar nalguns dos acontecimentos promovidos pelas Casa do Povo.

Em 1976, alguém levantou a hipótese de restaurar o rancho. A essa hipótese estava ligada uma intenção partidária, com ingerência de gente estranha à terra e à montanha. Um grupo de gente amiga da terra deu-se conta da intenção estranha e agarrou o Rancho. Depois de um curto período de indecisão, em que foi necessário criar consciência nos componentes para a importância, de uma pesquisa e recolha de tudo quanto era tradição, iniciou-se o trabalho de reconstituição. Cantares, danças, trajes, tradições orações, esconjures, artesanato… Tudo se investigou e se recolheu. Depois foi preciso filtrar e definir o que era verdadeiramente autêntico como tradição da montanha.

Foi difícil ao grupo impor-se, pelos ataques que sofreu, uma vez que outros grupos se sentiram contestados, dado que era o primeiro a apresentar-se como um verdadeiro Grupo de montanha. Depois veio o reconhecimento por parte dos corpos diretivos da Federação do Folclore Português e pelos grupos folclóricos sérios.

Os trajes específicos de Folgosinho são: casamento; domingueiros, rico e pobre; trabalho: ceifa: tosquia, malha, mato, pastor, cote, carvoeiro.  Na chã, reconstruiu o que lhe pareceu ser mais significativo: boieiro, carregador. azeitona, vindima, homem do lagar. Estes trajes só os usa se tiver de representar o País, lá fora. Dentro apresenta apenas traje de Folgosinho.

No que se refere a danças, recolheu e reconstituiu dois “os fados mandados – 5 e os fandangos – 5; dois viras – são raros na montanha – um sem número de modas de roda – as mais características da zona, alguns valseados algumas modas de roda aparentadas com as polcas.

Em relação aos cantares, recolheu tudo quanto são os cantares tradicionais de Folgosinho: Religiosos: Romaria – Senhora do Socorro – Senhora da Assedasse – S. João – Responso de Santo Antônio. Natal: Cantares do Menino – cantares dos Reis – Janeiras. Quaresma – Semana Santa: Cantigas de Março – Martírios- Canto das Verónicas – Amentar das almas – canto da Quinta Feira Santa. Serão – Todos e as lendas. Trabalho: Malhas – ceifa – desfolhada – sacha – rega – vindima.

Os cantares de Folgosinho têm características únicas, diferentes de aldeias que lhe são muito próximas. Não há um único caso de cantar polifónico – a mais de uma voz. O cantar é monódico e, na quase totalidade, modal. O que é tonal nas aldeias vizinhas é modal em Folgosinho. Há uma forte influência do canto gregoriano.

O grupo passou e continua a passar pelos mais importantes festivais do País. Apresentou-se em importantes festivais em França.

Rancho Folclórico da Casa do Povo de Nespereira

O Rancho Folclórico da Casa do Povo de Nespereira é um fiel intérprete das tradições, danças e cantares de antanho, assim como os trajes e costumes dos antepassados. Foi fundado em 1976. Tem participado em festivais de folclore em diferentes regiões do país, assim como no estrangeiro.

No que respeita aos trajes e atividades recolhidos e exibidos em atuações, de referir os noivos, a queijeira, o pastor, a lavadeira, o carpinteiro, a ceifeira, o pedreiro, os moleiros, o malhador, a mulher da laje, os trajes domingueiros (ricos e pobres), a mulher da rega ou de ir à horta, o homem da rega e os romeiros.

É membro efetivo da Federação do Folclore Português.

Rancho Folclórico de Gouveia

Tendo como primeira designação “Rosas das Biqueira”, o Rancho Folclórico de Gouveia, foi fundado em 1959. Na sua longa e ininterrupta existência, podem distinguir-se três fases: uma primeira, com uma finalidade lúdica, correspondendo aos seus dois/três primeiros anos de existência; uma segunda, com uma intenção clara de abordagem do folclore de uma forma mais séria; e uma terceira, a partir de meados da década de 1980, assente num trabalho sistemático de recolha junto das pessoas mais idosas das freguesias situadas na encosta Norte da Serra da Estrela, assim como em registos escritos e fotográficos.

Rancho Folclórico de Gouveia

Rancho Folclórico de Gouveia

O Rancho assume, de uma forma clara, características de Grupo de Montanha, sendo um fiel intérprete dos usos e costumes dos pastores da Serra da Estrela, incluindo todas as atividades ligadas direta ou indiretamente à pastorícia e aparecendo em público, sempre acompanhado de um cão da Raça Serra da Estrela.

Para além dos trajes de pastor, exibe também os da queijeira, da vendedeira do queijo e do leite, porta a porta, (mais pesados, porque eram usados, sobretudo, no Inverno); os de malhadores, mulheres da eira, domingueiros ricos e pobres e de romaria, todos eles copiados de modelos que remontam ao início do século XX.

Rancho Folclórico de Vila Nova de Tazem

O Rancho Folclórico de Vila Nova de Tazem foi fundado em 1992. Tem por objetivos recolher, preservar e divulgar os usos e costumes da região em que se insere, Beira Alta, Serra da Estrela.

O seu reportório é fruto das imensas recolhas, efetuadas junto de pessoas mais idosas da freguesia. Na reprodução dos trajes, entre o séc. XIX e princípios do séc. XX, destacam-se os trajes de Noivos, Vindimadeiros, Pisadores de Uvas, Tombadores de Dornas, Ceifeiros, Queijeira, Pastor, Romeiros, Lavrador Abastado, Traje de Rico e outros.

As danças (essencialmente modas de roda), e cantares, sendo também fruto de recolha, são simples e alegres, modas de trabalho relacionadas com as vindimas, as ceifas, as malhas, as regas, as romarias e domingueiras.

O Rancho está inscrito no INATEL e é sócio efetivo da Federação de Folclore Português.

Rancho Folclórico de Vila Nova de Tazem

Rancho Folclórico de Vila Nova de Tazem

Rancho Folclórico de Vinhó

Cantar das Janeiras

Rancho Folclórico de Vinhó, cantar das janeiras, 2020, créditos Município de Gouveia

Rancho Folclórico de Vinhó, cantar das Janeiras, 2020, créditos Município de Gouveia

Sociedade Musical Gouveense “Pedro Amaral Botto Machado”
Filarmónicas de Gouveia

Bandas de Música, História e Atividades no Concelho

  • Banda Filarmónica Amizade de Arcozelo da Serra
  • Sociedade Musical Gouveense “Pedro Amaral Botto Machado”
Banda Filarmónica Amizade de Arcozelo da Serra

A Banda Filarmónica Amizade de Arcozelo da Serra situa-se no concelho de Gouveia, distrito da Guarda. Tem-se mantido sem qualquer interrupção na sua atividade. Constituída por 25 elementos, tem realizado muitas festas religiosas e romarias em todo o distrito da Guarda e apresenta um serviço diversificado na realização de festas, entre eles, arruadas, missas, procissões e concertos.

Banda Filarmónica Amizade de Arcozelo da Serra

Banda Filarmónica Amizade de Arcozelo da Serra

Em 1880, 18 arcozelenses lançaram-se num grandioso empreendimento, investindo nele quatro libras que, naquele tempo, representava uma fortuna para quem de poucos meios dispunha. Responsabilizavam-se também pelo pagamento de 12 mil réis mensais ao primeiro mestre contratado, António Caetano de Assunção, com a obrigação de “reger e ensinar os filarmónicos” e ainda 240 réis por semana para despesas ordinárias, o que representava um dia ganho de trabalho. Foi deste grande esforço coletivo por parte destes arcozelenses que surgiu a Filarmónica Amizade de Arcozelo da Serra.

Sociedade Musical Gouveense “Pedro Amaral Botto Machado”

A Banda Sociedade Musical Gouveense “Pedro Amaral Botto Machado” é composta por cerca de 50 elementos e a sua escola de música frequentada por cerca de 40 alunos. Tem atuado em Espanha e em vários pontos do País. Com inúmeros concertos efetuados, tem ainda participado em cerimónias oficiais, festas religiosas, bem como em festivais de bandas de música civis. Foi a única banda do Distrito da Guarda escolhida pela Delegação Regional de Cultura para as duas edições (2006 e 2007) da iniciativa “Bandas em Concerto”, que procurou reunir as melhores bandas da Região Centro.  Como coordenador musical, a Sociedade Musical Gouveense conta atualmente com Hélder Abreu.

A  Banda nasceu da implantação da República em Portugal. No dia 5 de outubro de 1911 festejava-se o primeiro aniversário da implantação da Republica em Portugal. Para festejar o acontecimento, alguns filarmónicos de uma banda já existente na altura (Sociedade Euterpe) manifestaram vontade de vir para a rua executar o Hino Nacional. Tendo sido a sua pretensão recusada pelo regente, esses mesmos filarmónicos, dirigiram-se ao ensaio, arrombaram ao porta e tiraram alguns instrumentos, para assim poderem percorrer as ruas da Gouveia tocando “A Portuguesa”.

Entretanto, o republicano Pedro Amaral Botto Machado, grande benemérito de Gouveia, tendo conhecimento do que se tinha passado, dirigiu-se aos músicos, felicitou-os e sabendo que eles tinham pensado formar uma banda, convidou-os a continuar. Tendo obtido resposta afirmativa por parte de todos, de imediato mandou fazer um fardamento e adquiriu o instrumental completo para a banda. Contratou então o primeiro regente profissional que se chamava Carlos Pinto, que era um Maestro de reconhecido valor. Foi assim fundada a Sociedade Musical Gouveense, que coexistiu durante muitos anos, com a Sociedade Euterpe, sendo sempre notória a rivalidade entre as duas filarmónicas locais.

A Banda Filarmónica começou com apenas dezoito elementos, mas dado na altura Gouveia ser uma com zona bastante indústria de Lanifícios e não existindo locais para a ocupação dos tempos livres, não foi difícil conseguir arranjar mais meios humanos. A partir de então, passou a Banda Filarmónica a dar periodicamente concertos.

Fundada por um republicano, durante bastante tempo teve dificuldades em se impor, mesmo a nível autárquico, já que, quando foi adquirido primeiro fardamento, a autarquia não autorizou a colocação do brasão de Gouveia no braço esquerdo do casaco.

SMGPABM

Sociedade Musical Gouveense “Pedro Amaral Botto Machado”

Sociedade Musical Gouveense “Pedro Amaral Botto Machado”

Isaura, cantora, de Gouveia
Músicos naturais do Concelho de Gouveia

Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.

  • Isaura (cantora)
Isaura, cantora, de Gouveia

Isaura, cantora, de Gouveia

Igreja Matriz de Vila Nova de Tázem
Órgãos de tubos do concelho de Gouveia [1]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Igreja de Vila Nova de Tázem

Igreja Matriz de Vila Nova de Tázem

Igreja Matriz de Vila Nova de Tázem

Construída entre 1894 e 1903 e restaurada em finais do século XX, a Igreja Matriz de Vila Nova de Tázem é um templo revivalista neorromânico e neogótico constituído por uma planta retangular com nave retangular, Capela-mor e, adossadas, uma sacristia e uma torre sineira quadrangular.

A Igreja de Nossa Senhora da Assunção, Matriz de Vila Nova de Tázem, possui um órgão construído em 1903 pelo Padre Moura, restaurado em 1994 por António Simões.