Lojas em Mafra
Música e instrumentos no Concelho
GOMUSICLAND
Av. Cidade de Leimen, 16A
2640 470 Mafra
Tel. (+00 351) 261 813 597
Sítio: www.gomusicland.pt
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Grupos Etnográficos, História e Atividades no Concelho
13 grupos
O Grupo Cultural de Danças e Cantares de São Miguel de Alcainça foi fundado em 1988. Teve início com noventa bailadores com idades entre os 3 e os 16 anos. Pretende preservar e divulgar em especial a cultura e danças saloias.
O Grupo de Danças e Cantares de Santo Estêvão das Galés nasceu da vontade de realizar um trabalho que contribuísse para assegurar a transmissão do legado cultural constituído pelas danças e cantares tradicionais, das suas terras e das suas gentes. No primeiro ensaio, no dia 6 de janeiro de 2007, compareceram 44 pessoas. Dessas, 18 eram já membros fundadores. O Grupo de Danças e Cantares de Santo Estêvão das Galés viria a ser formalmente constituído no dia 14 de novembro de 2007.
O Grupo Folclórico “Os Saloios” começou a sua atividade em 1968, numa aldeia da região onde habitava o povo “Saloio” – Póvoa da Galega, lugar rural cujos habitantes se dedicavam ao trabalho agrícola e que veio a sofrer um forte desenvolvimento industrial e urbanístico.
O grupo sempre desenvolveu um grande trabalho de pesquisa, recolha e reconstituição no campo da etnografia e do folclore, o que o transformou num dos mais fiéis representantes da região. Reportando-se ao fim do século XIX, o Grupo apresenta trajes variados. No que respeita às danças e aos cantares, também foram recolhidos pelo Grupo.
“Os Saloios” contam com atuações em Espanha e França e têm participado em muitos festivais de norte a sul do país.
O grupo é membro efetivo da Federação de Folclores Português, da Associação do Distrito de Lisboa para Defesa da Cultura Tradicional Portuguesa e do INATEL. É também uma Instituição de Utilidade Pública.
O Rancho Folclórico – As Morangueiras do Sobral da Abelheira é uma associação cultural de natureza etnográfica sediada no concelho de Mafra.
Rua Principal n.º 70
2640-639 Sobral da Abelheira
O Rancho Folclórico Cantarinhas de Barro é uma associação cultural de natureza etnográfica sediada em Sobreiro, concelho de Mafra.
tocata
Concertinas
Reco-reco e cana rachada
O Rancho Folclórico da Malveira é uma associação cultural de natureza etnográfica sediada na Malveira, concelho de Mafra.
O Rancho Folclórico da Murgeira é uma associação cultural de natureza etnográfica sediada no concelho de Mafra.
O Rancho Folclórico de Monte Godel é uma associação de natureza etnográfica que divulga a cultura e etnografia de Monte Godel e lugares limítrofes.
Em 1976, com o intuito de angariarem fundos para a aquisição de uma ambulância, os Bombeiros Voluntários de Mafra apelaram às freguesias do concelho, no sentido de os ajudarem na realização de uma festa dos Santos Populares, com o contributo de marchas que apresentassem costumes e tradições da freguesia representada. Assim, organizou-se um grupo sob a orientação de Higino António Pereira, com a presença de um acordeonista. Um dos componentes do grupo fez a letra da marcha. Os trajes escolhidos foram os característicos deste género de movimento cultural. Como adorno, escolheu-se um cesto com pão, para as raparigas, e uma foice, para os rapazes, baseando-se esta escolha nos imensos campos de trigo, moinhos e azenhas que abundam nesta região. Os arcos foram enfeitados com murta, planta usada ainda hoje nos nossos arraiais populares.
Além da marcha escolhida, foram ensaiados alguns números de folclore da região. Este grupo constituído por 54 elementos, deslocou-se então, na noite de Santo António de 1976, à sede de concelho onde atuou, tendo-se classificado em décimo lugar. Estava assim lançada a primeira pedra para a criação de Rancho Folclórico.
Em 20 de Junho desse mesmo ano, reuniram-se os participantes na marcha e, por unanimidade, decidiram criar o Rancho Folclórico. No dia 1 de outubro, assistiu-se ao batismo do Rancho Folclórico de São Miguel do Milharado, durante os festejos em honra de São Miguel, tendo o Rancho adotado o seu nome, em homenagem ao padroeiro da sua Igreja Matriz. O ato foi apadrinhado pela conhecida e conterrânea Beatriz Costa e pelo ceramista José Franco, do Sobreiro. Para testemunhar o batismo, foram convidados o Rancho Folclórico As Cantarinhas de Barro do Sobreiro (Mafra), o Rancho Folclórico de Alenquer e o Rancho Folclórico Os Hortelões da Ervideira (Mafra). Tendo como principal objetivo representar o mais fielmente possível o quotidiano dos nossos antepassados, seus usos e costumes, levámos a efeito exaustivas recolhas junto daqueles que ainda viveram esse quotidiano ou que herdaram de seus avós os testemunhos que consigo mantiveram até aos dias de hoje. Tem vindo a recuperar danças e cantares, o vestir e a maneira de ser, os usos e os costumes do povo da Freguesia e da região, valores que apenas sobreviviam nas memórias cansadas dos mais idosos. Estes valores que são parte integrante do património cultural da região e todos os anos são apresentados em festivais organizados pelo Rancho, e nas imensas deslocações pelo País.
O Rancho Folclórico de S. Miguel do Milharado está inscrito na Federação do Folclore Português desde 1977. Em 4 de Janeiro de 1985, foi feita a Escritura de Constituição, no Cartório Notarial de Mafra.
O Rancho Folclórico de Vila Franca do Rosário é uma associação de natureza etnográfica que divulga e cultura e etnografia de Vila Franca do Campo e regiões limítrofes.
Fundado em 1976, o Rancho Folclórico do Livramento (RFL) encontra-se sediado numa aldeia com mesmo nome – Livramento, que pertence à Freguesia de Azueira e ao Concelho de Mafra. Encontra-se inscrito no INATEL como CCD, com o número 4589. Inserido na região saloia, o grupo pretende divulgar as tradições, os usos e costumes do seu povo nas primeiras décadas do século XX.
Os trajes envergados pelos seus elementos referem-se, na sua maior parte, a atividades ligadas ao campo, uma vez que os saloios se ocupavam sobretudo do cultivo da terra. Nas primeiras décadas do século passado, os cereais, a vinha e mais tarde a fruta, davam cor à paisagem da região e atividade à maior parte da população.
Encontra-se retratado neste grupo, ao nível dos trajes e das alfaias, todo o ciclo do pão, desde a preparação da terra para a sementeira até à moagem dos cereais e fabrico do pão. O cavador, os vindimadores, os fruticultores e o enxertador, estão também identificados no grupo, completando o quadro das atividades ligadas ao cultivo da terra. A mulher saloia, encontra-se representada nas suas diversas facetas. Além de cuidarem da casa e dos filhos, elas levavam o almoço ao marido que trabalhava no campo, faziam o pão, o queijo e a manteiga, vendiam os seus produtos que apregoavam com vigor, ceifavam, mondavam, vindimavam, apanhavam a lenha da poda, e também iam à missa, à feira e às romarias.
As mais novas gostavam de ir à fonte buscar água, aproveitando para namorar e à noite juntavam-se para fazer a desfolhada ou descamisada do milho. Não possuindo a profusão e riqueza de outras regiões do nosso país, os cantares do povo saloio, estavam sobretudo ligados às tarefas agrícolas.
Era comum ouvir cantigas soltas, muitas vezes em jeito de desgarrada, a acompanhar as jornadas de trabalho. Eram as mulheres quem mais cantava, ficando a cargo dos homens as cantigas associadas à condução dos animais quando faziam a debulha ou lavravam a terra. As modas bailadas pelos saloios nas “casas de brincadeira” em que se juntavam ao fim-de-semana ou em dias de festa, eram sobretudo as danças de roda, os viras, as mazurcas, a valsa a dois tempos, o verde-gaio e o bailarico saloio.
Saloio era o povo que habitava os arredores de Lisboa, aos quais se vieram juntar os Mouros e os Árabes que deixaram a capital no século XII quando foram expulsos pelo primeiro Rei de Portugal – D. Afonso Henriques. Os saloios constituíam o núcleo populacional que explorava agricolamente o chamado “termo de Lisboa” e que fornecia os mercados lisboetas com carnes, legumes, frutas e hortaliças frescas.
O Grupo Folclórico Os Saloios começou a atividade em 1968, numa aldeia da região onde habitava o povo Saloio – Póvoa da Galega. Lugar rural cujos habitantes se dedicavam ao trabalho agrícola, mas com o decorrer do tempo, tem vindo a sofrer um forte desenvolvimento industrial e urbanístico.
O Grupo sempre desenvolveu um grande trabalho de pesquisa, recolha e reconstituição no campo da Etnografia e do Folclore, o que o transformou num dos mais fiéis representantes da sua região. Reportando-se ao fim do século XIX, o Grupo apresenta trajos variados, no que respeita às modas a cantares, também foram recolhidos pelo Grupo. Ao longo da sua vida “Os Saloios” contam com atuações em Espanha e França e têm participado em muitos festivais de norte a sul do País, bem como organiza o seu festival anual de folclore, e têm colaborado por várias vezes com Instituições do seu concelho.
É sócio efetivo da Federação do Folclore Português, da Associação do Distrito de Lisboa para Defesa da Cultura Tradicional Portuguesa e do INATEL. É também um Organismo de Utilidade Pública, situação que mantém desde 1989.
O Rancho Folclórico e Etnográfico de Montachique é uma associação de natureza etnográfica que divulga a cultura e etnografia de Cabeço de Montachique e regiões limítrofes.
Fundado em 1968, o Rancho Folclórico “Os Hortelões” da Ervideira é uma associação cultural que divulga a etnografia da Ervideira e regiões limítrofes.
Festival Municipal de Folclore de Mafra
Celebrando o associativismo cultural e o importante papel que os Ranchos Folclóricos e Grupos de Danças e Cantares assumem na formação cultural dos cidadãos e na salvaguarda e divulgação do património etnográfico do Concelho, a Câmara Municipal organiza o “Festival Municipal de Folclore de Mafra”.
Grupos e atividade coral no Concelho
O Coro de Câmara Outros Cantos teve a sua origem em setembro de 2009, pela concretização de um objetivo comum partilhado: o de interpretar e divulgar música coral polifónica nas suas variadas vertentes e contextos. Dirigido atualmente por João Barros, o Outros Cantos é um coro misto, constituído por vinte coralistas organizados em quatro naipes vocais distintos. Interpretando a cappella ou em colaboração com instrumentistas, o coro apresenta um vasto repertório que integra diversos estilos musicais de períodos históricos distintos, desde o Renascimento à música coral contemporânea.
CCOC
CMF
Fundado em 1982, o Grupo Coral de Mafra, coro misto a quatro vozes, aparece ligado a grandes manifestações de carácter cultural. Embora coro amador, a sua atividade tem sido intensa, realizando concertos nacionais e internacionais. Conta no seu curriculum com a organização de seis festivais internacionais com a presença de grupos corais de vários países, nomeadamente Espanha, Angola, Timor, Estados Unidos ou Alemanha. Participou nas Comemorações dos 500 anos da Vila das Lajes do Pico, Açores.
Internacionalmente, apresentou-se em locais como Galiza (Betanzos) e Almendralejo, em Espanha, ou Bolzano em Itália, no Festival Internacional de Grupos Corais “Alta Pusteria”. Recebeu do Rotary Clube de Mafra o “Diploma de Reconhecimento por Bons Serviços Prestados à Comunidade. Em 2010, participou no Concerto de Solidariedade promovido por esta instituição, em Mafra, a favor das vítimas dos temporais da Madeira. A direção artística do GCM está, desde setembro de 2015 a cargo do Maestro Marco Lourenço.
GCM
O ensino da música no Concelho
Famosa pelo seu majestoso palácio que constitui a obra mais importante do Barroco português, Mafra tem nos últimos anos, de forma acelerada, sido envolvida num processo de crescimento urbano. Com onze freguesias, o concelho de Mafra é um concelho de contrastes – entre o velho e o novo, o antigo e o moderno, o urbano e o rural. A população é essencialmente jovem. Verifica-se uma dinâmica associada ao crescimento da população, que se apresenta com um sinal de grande vitalidade. As grandes questões políticas colocam-se hoje nos domínios do planeamento, da Cultura e da salvaguarda e valorização dos núcleos históricos.
Parque de Santa Marta
Largo Santa Marta
2655-357 Ericeira
Tel. (+00 351) 261 099 819
Estrada Nacional 247, 46
2655-030 Carvoeira
2655-326 Ericeira
Rua Rio das Silveiras, 5
2665-374 Milharado
Complexo Cultural Quinta da Raposa
Largo Coronel Brito Gorjão
2640-465 Mafra
Tel. (+00 351) 261 853 337
O Conservatório de Música de Mafra surgiu em 2015, numa parceria com a Câmara Municipal de Mafra, e tem vindo a crescer desde então, com participação dos alunos em diversos eventos no concelho e a nível nacional.
Rua Junta de Freguesia
2665-556 Venda do Pinheiro
R. 1º de Maio, 17
2665-198 Malveira
Tlm. (+00 351) 936 272 701
Largo Coronel Brito Gorjão
2640-465 Mafra
Tlm. (+00 351) 960 290 335
Av. Cidade de Leimen, 16
2640-470 Mafra
Tel. (+00 351) 261 813 597
R. Nossa Sra. da Conceição, 23
2640-340 Igreja Nova
Tlm. (+00 351) 926 770 832
Em 2014, a Câmara Municipal de Mafra celebrou um protocolo de colaboração com o Conservatório de Música, de Dança e de Arte Dramática de Lisboa e a Escola de Música Juventude de Mafra para a promoção do ensino especializado de música, criando assim o Conservatório de Mafra. O executivo aprovou ainda um regulamento para a atribuição de bolsas de estudo mediante avaliação social e académica aos alunos das escolas de música das bandas e orquestras concelhias que frequentem o Conservatório de Mafra. O regulamento irá agora para discussão pública.
O protocolo contempla, também, a criação de parcerias para viabilizar projetos de difusão musical que reforcem o posicionamento de Mafra nos principais circuitos do turismo cultural. Entre os quais destaca-se a formação da “Camerata de Mafra”, a realização da final do Prémio “Bomtempo”, na modalidade de órgãos, ou o desenvolvimento de um programa de promoção do Concelho na “Bomtempo TV”.
“Tal [protocolo] traduz o reconhecimento de que a educação musical – fortemente enraizada nas tradições eruditas e populares do Concelho de Mafra, reflectidas nas actividades desenvolvidas pelo movimento associativo – exerce um contributo decisivo no processo de aprendizagem do indivíduo, quer no aprofundamento da capacidade intelectual, criativa e artística, quer ainda na construção de valores”, lê-se no comunicado camarário enviado às redacções.
“Ao Município de Mafra compete disponibilizar as instalações para o Conservatório de Mafra, colaborar no apetrechamento, divulgar a actividade do Conservatório e os seus concertos, bem como atribuir bolsas de estudo, mediante processo de candidatura anual, o qual inclui provas de selecção, para os seguintes instrumentos: Órgão (de tubos), Piano, Percussão (e Carrilhão), Sopro (Flauta Transversal, Flauta de bisel Barroca, Saxofone, Clarinete, Fagote, Trompa, Trombone, Trompete, Oboé e Tuba) e Cordas (Guitarra Clássica, Violino, Violeta, Violoncelo, Contrabaixo e Cravo)”, acrescenta o documento.
O Conservatório de Música, de Dança e de Arte Dramática de Lisboa ficaria responsável pela gestão do estabelecimento de ensino, pela obtenção da autorização de funcionamento junto do Ministério da Educação e da Ciência, pela aquisição dos instrumentos musicais, pela contratação de professores habilitados e pela integração de alunos das bandas e orquestras do Concelho.
Por sua vez, à Escola de Música Juventude de Mafra compete a divulgação do Conservatório junto dos atores locais, a promoção de permutas bilaterais pontuais e de bolsas parciais, assim como criar e gerir uma Unidade de Desenvolvimento Local que, entre outras atividades, garanta a divulgação da agenda do Conservatório, cative entidades para atribuição de bolsas e angarie financiamentos, mecenas e patrocinadores. Pretende-se que, ao nível das entidades parceiras, este projeto se estenda, a médio prazo, às restantes bandas e outros agentes culturais do Concelho.
Os coretos são equipamento musicais edificados em espaço público para apresentação de música filarmónica, sobretudo, para um vasto auditório.
Alcainça
Largo da Igreja
Freguesia de Alcainça
Foto: Pedro Duarte, 4 de Setembro de 2014
Encarnação
Gradil
Vila Franca do Rosário
Ciclos, festivais, temporadas, congressos, encontros, concursos e exposições de música e dança no Concelho
Em 2024 realiza-se a sétima edição do Festival Internacional de Órgão de Mafra, que teve início em 2017. Com organização da Câmara Municipal de Mafra, apoio do Palácio Nacional de Mafra e da Vigararia de Mafra e direção artística de João Vaz, os concertos decorrem nos seis órgãos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra, Património Mundial da UNESCO, nos instrumentos históricos das Igrejas de S. Silvestre do Gradil, Nossa Senhora do Livramento, Nossa Senhora da Encarnação e São Pedro da Ericeira, bem como nos órgãos das Igrejas de Santo André de Mafra, Santo Isidoro e Capela de Nossa Senhora do Monte Carmo, na Venda do Pinheiro. Nestes concertos, o órgão aparece como instrumento solista, em harmonia com outros instrumentos, ou acompanhado por voz. O festival caracteriza-se pelo programa diversificado, atravessando vários períodos e percursos geográficos da História da Música, tocado por organistas nacionais e estrangeiros de renome.
InNatalis é o Ciclo de Concertos de Natal no Concelho de Mafra, organização do Município de Mafra, Cultur’Canto e Vigararia de Mafra.
A Galeria Municipal instalada no Torreão Sul do Palácio Nacional de Mafra disponibiliza a exposição “Instrumentos Musicais Chineses”, patente ao público de finais de julho a 30 de abril de 2023.
A mostra integra um extenso acervo museológico, com peças originais utilizadas pela Orquestra Chinesa de Macau nas suas diversas atuações na Europa ao longo das décadas de 80 e 90 do século XX. Entre os instrumentos expostos incluem-se: aerofones, cordofones friccionados, dedilhados e percutidos, bem como instrumentos de percussão em metal, em madeira e em pele. A exposição resulta de uma parceria entre o Município de Mafra, o Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM) e a Fundação Jorge Álvares.
O Ciclo Concertos a Seis Órgãos (X edição em 2022) é um ciclo que envolve os seis órgãos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra, no primeiro domingo de cada mês às 16:00.
O Festival de Música de Mafra “Filipe de Sousa” é organizado pela Câmara Municipal de Mafra e pela Fundação Jorge Álvares, com a produção executiva da produtora Décima Colina e tem como diretor artístico Adriano Jordão.
O Ludovice Ensemble e a Câmara Municipal de Mafra organizam em 2022 a Academia Ludovice – Mafra 2022, o 2º Curso e Festival Internacional de Verão dedicado ao ensino, aprofundamento e divulgação das práticas históricas interpretativas das artes performativas – Música, Dança e Teatro – do período Barroco.
Recitais de Carrilhão aos domingos, 16:00
Organizado pela Amálgama – Companhia de Dança, o Mafra Dance Festival realizou-se em 2022 entre os dias 6, 7 e 8 de maio. Decorreu no Auditório Municipal Beatriz Costa e Casa da Música Francisco Alves Gato.
Aproveitando os seis agrupamentos filarmónicos, alguns centenários, e a orquestra sinfónica existente no concelho de Mafra, de foro associativo, o Ciclo de Música Bandas Filarmónicas e Orquestra apresenta, desde 2016, a cada duas semanas os músicos instrumentistas amadores do concelho.
Programação de animação turística, com base na música comercial e popular, que acontece na vila da Ericeira desde 2000, na Praça da República, durante os fins de semana do mês de agosto. Na programação procura-se oferecer um cartaz diversificado, integrando concertos de vários géneros musicais, protagonizados por artistas locais e por nomes de referência no panorama nacional.
No âmbito das comemorações do Dia Nacional das Bandas Filarmónicas, desde 2016 que a Câmara Municipal de Mafra celebra com um festival de bandas, conjuntamente com a Orquestra Sinfónica existente no Concelho, o associativismo cultural e o papel destes agrupamentos na salvaguarda, preservação e divulgação do património artístico e cultural, nomeadamente na formação cultural dos cidadãos.
Também iniciado em 2016, ano da inauguração da Casa da Música Francisco Alves Gato, o Ciclo de Guitarras torna este instrumento, outras vezes de acompanhamento, no protagonista de diversos concertos variados, com uma sonoridade lusitana.
Este ciclo de música, criado em 2016, procura apresentar diversas variações e abordagens do jazz, dando espaço à improvisação e a outras manifestações sonoras.
Desde 2018 que a Câmara Municipal de Mafra promove o Ciclo “Raízes”, dando lugar na sua programação à música tradicional portuguesa, com artistas diversificados e conceituados.
Sítio: www.bairrodamusica.pt
O Festival Bairro da Música tem como pano de fundo as comemorações do Dia Mundial da Música, celebrando a cultura nacional e promovendo a sua circulação pelo país. Entre 1 de outubro e 5 de novembro de 2021 o Bairro da Música apresentou um festival de música portuguesa com 10 artistas, em 10 cidades e salas de espetáculo: Ourém, Estremoz, Odivelas, Ponta Delgada, Braga, Porto, Lisboa, Mafra, Sintra e Coimbra.
Aproveitando a existência de um moderno instrumento na Igreja de Santo André, em Mafra, o Festival de Órgão de Santo André é uma iniciativa de criar programação em torno do órgão contemporâneo, sincronizando, para tal, artistas portugueses e internacionais. Em 2022, a quarta edição do Ciclo de Santo André leva a música de órgão ao cenário da Igreja de Santo André, em Mafra. O primeiro concerto está marcado para o dia 27 de maio, às 21h30, protagonizado pelo organista Sérgio Silva. Durante o espetáculo será apresentado um alinhamento de música europeia para órgão, com composições de Bach, Samuel Wesley, Dietrich Buxtehude, entre outros. Inaugurado em 2018, o órgão de Santo André permite a realização de eventos musicais regulares, dando nova vida ao núcleo antigo de Mafra. Pelas suas características, duplo teclado e pedaleira, amplia, significativamente, as possibilidades do repertório a executar, permitindo a abordagem de uma parcela significativa do núcleo central da literatura organística, impossível de tocar em qualquer dos restantes instrumentos da região. Este Ciclo insere-se na estratégia municipal de promoção da música, abrangendo diversos géneros musicais destinados aos mais variados públicos.
Reunindo os agrupamentos populares de folclore, o Festival Municipal de Folclore de Mafra reúne num os grupos tradicionais homenageando o seu papel diferenciador na salvaguarda, preservação e divulgação do património artístico e cultural.
Com o “Prémio Internacional de Composição – Órgãos do Palácio Nacional de Mafra”, o Ministério da Cultura e o Município de Mafra visam criar novo repertório para o magnífico conjunto dos seis órgãos históricos da Basílica de Mafra e, ao mesmo tempo, gerar uma dinâmica de valorização deste património único.
Órgãos do Palácio Nacional de Mafra 2021
Sítio: sumolsummerfest.com
O Sumol Summer Fest é um festival promovido pela “Música no Coração” que acontece desde 2009 no Ericeira Camping em Mafra, com 12ª edição prevista para 1-2 de julho de 2022.
Em todo o concelho de Mafra é possível participar nos tradicionais festejos populares, a maioria de tradição católica.
Bandas de Música, história e atividades no Concelho
A fundação da atividade filarmónica, a 6 de agosto de 1849, na Ericeira deve-se ao professor Joaquim Elisiário Ferreira, o tabelião António Agostinho da Costa Batalha e o frade egresso Frei Vicente de São Joaquim Rodrigues da Costa. Após a sua fundação, esteve sob a alçada de várias instituições e várias designações, até 1976. A atual Associação Filarmónica Cultural Ericeira (AFCE) surgiu a 27 de abril de 1987, como associação independente e gerida por estatutos e órgãos próprios. Está estruturada em três polos de atividade, e a banda da Filarmónica Cultural da Ericeira é o principal. Conta com a direção artística do maestro António Rosado desde 2018. A Academia de Música da Ericeira, reestruturada em 2018, conta atualmente com cerca de 40 alunos distribuídos por mais de 7 classes de instrumentos.
As participações em festivais internacionais e ciclos de música já fazem também parte da sua história, na qual se destaca o 2.º lugar em concerto e 3.º lugar em marcha, no 44.º Festival Internacional de Rasted (Alemanha), e a participação na Categoria C no Concurso de Bandas Ateneu Vilafranquense, em 2008. Em 2015 a Banda da AFCE, esteve presente na comemoração dos 80 anos da Fundação INATEL.
Em 2016, a banda da AFCE editou o seu primeiro CD, “Renascer”, com o apoio da Câmara Municipal de Mafra, da Junta de Freguesia da Ericeira e da Caixa Crédito Agrícola de Mafra. Em 2017 apresentou na Basílica do Palácio Nacional de Mafra o novo fardamento, que utiliza os tons de azul e dourado para simbolizar a vila da Ericeira, através das cores do seu mar, areais e ainda remeter para a vertente histórica e cultural do concelho, na sua ligação ao período dos descobrimentos.
Além dos apoios da Câmara Municipal de Mafra e da Junta de Freguesia da Ericeira, a AFCE realiza colaborações constantes com o Palácio Nacional de Mafra, a Paróquia de São Pedro da Ericeira, o Conservatório de Música de Mafra e outras instituições culturais do concelho.
Edifício Atlântico, Parque de Santa Marta
Largo de Santa Marta, 2655-357 Ericeira
A Azueira até ao inicio da última década do séc. XIX não tinha Banda de Música. Era então prior da Freguesia o Padre Francisco Gonçalves Morais que unindo-se a várias pessoas interessadas da sua paróquia resolveram fundar a Sociedade Filarmónica Capricho Azueirense. As dificuldades financeiras eram tais que alguns artesãos, existentes na Freguesia, sob a sua orientação, construíram alguns dos instrumentos musicais. O padre Francisco desempenhou simultaneamente as funções de regente e professor de música.
No início da década de quarenta do século passado devido a grandes dificuldades económicas e carência de novos músicos, a Banda foi interrompida durante quarenta anos. Por iniciativa de Firmino Adão Canhoto, que incentivou e pedindo a colaboração de um grupo de pessoas da Freguesia, fundou-se a 10 de junho de 1984, um novo agrupamento musical. O seu primeiro professor foi o 1º Sargento Fernando Franco que com flautas de bisel iniciou cerca de 80 jovens na atividade musical. Em 1986 foram adquiridos os primeiros instrumentos musicais. Em 11 de Maio de 1987 foi registada oficialmente com o nome de Associação Musical Nossa Senhora do Livramento.
A Associação Musical é constituída pela escola de iniciação musical e pela banda constituída atualmente por 35 elementos. O professor de iniciação musical é Marcolino Ferreira e a regência da banda está entregue ao 1º Sargento Pedro Simão. Tem recebido o apoio do Governo Civil de Lisboa, Câmara Municipal de Mafra, Junta de Freguesia de Azueira, população da Azueira, INATEL e empresas várias. Tem atuado em muitas localidades de norte a sul do país.
Casa do Povo
Largo Quinta do Campo, n.º 1, 2665-015 Azueira
Escola de Música da Casa do Povo de Enxara do Bispo
Casa do Povo de Enxara do Bispo
Rua da Junta de Freguesia, n.º 19, 2665-053 Enxara do Bispo
A Banda da Escola de Musica Juventude de Mafra (E.M.J.M.) nasceu da boa vontade de algumas pessoas, amigas da vila. Os colaboradores e professores vieram da já extinta Banda da Escola Prática de Infantaria, e o objectivo era voltar a ter uma Banda de Música em Mafra. A Banda foi fundada em 1981, integrou inicialmente e até 1989 os Bombeiros Voluntários de Mafra. A primeira aula foi dada no dia 6 de maio de 1981, a cerca de 100 aprendizes e a primeira atuação aconteceu a 17 de julho de 1983. Constituiu-se em associação Escola de Música Juventude de Mafra, por escritura de 12 de outubro de 1990. Desde 8 de dezembro de 1992 encontra-se instalada no Complexo Cultural Quinta da Raposa em Mafra.
Na direção da banda e ensino na Escola de Música destaca-se o trabalho dos maestros António Matias, Eduardo Freire e Manuel Rua, a nível de direção da Banda e de ensino nesta Escola de Música. Outra figura incontornável é o Professor Vítor Reis. A Escola de Música Juventude de Mafra participa com regularidade em festivais de bandas no nosso país, em regime de intercâmbio cultural. Internacionalmente deslocou-se por duas vezes à cidade de Leimen (Alemanha), cidade geminada com Mafra.
Tem um CD (Ecos do Convento) gravado em 2008, sendo este o primeiro registo discográfico efetuado por uma Banda Filarmónica no Concelho de Mafra.
A Escola de Música Juventude de Mafra é constituída pela Banda (com cerca de 55 músicos formados nesta Escola) e por uma Academia com cerca de quarenta alunos com idades entre os quatro e os setenta anos. A Academia divide-se em Oficina de Música (alunos entre três e oito anos), Formação Musical, Classe de Conjunto, Madeiras, Metais,Violino, Viola, Piano e Percussão. A Direcção Pedagógica da Academia e a regência da Banda são da responsabilidade do Maestro Hernâni Santos desde 2012.
EMJM
Complexo Cultural da Quinta da Raposa
Largo Coronel Brito Gorjão, 2640-465 Mafra
Criada em 2010 e inaugurada em setembro de 2011, a jovem a Orquestra Sinfónica de Jovens da Junta de Freguesia de Santo Isidoro é constituída por jovens da freguesia e do concelho de Mafra. É constituída por quatro naipes, cordas, sopros madeiras, sopros metais e percussão. É acompanhada por 4 professores com bastante conhecimento musical e formação académica.
OSJJFSI
Edifício da Antiga Escola Primária
Rua da Escola Primária, 2640-088 Santo Isidoro
A Sociedade Recreativa e Musical de Vila Franca do Rosário foi fundada por Francisco Leonardo Nunes da Mota, em 1896, com a designação de “fanfarra Progresso”, sendo constituída por 11 músicos, regidos por António dos Santos Dinis. Anos mais tarde passou a chamar-se “Sociedade Recreativa”, com 22 elementos e com regência do Maestro Melo. Até 1942 foi dirigida por Joaquim José Esteveira. Até 1983, a atividade da banda foi interrompida devido a carências financeiras. Nesse ano foi reativada por Maria da Nazaré da Silva e Álvaro de Almeida, que iniciaram a Escola de Música. A Sociedade foi reinaugurada em 01 de outubro do mesmo ano, com a designação atual. Luís Filipe Moreira é o seu atual maestro. Desde a reativação, a Banda tem atuado em diversos locais, dentro e fora do Concelho, em festas e romarias. Possui cerca de 300 sócios e 39 executantes.
SRMVFR
Rua José Alexandre de Matos, n.º 8, 2665-419 Vila Franca do Rosário
A Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro da Encarnação é uma Banda Filarmónica portuguesa composta por 50 músicos com direção artística a cargo do maestro Artur Rouquina. É uma banda centenária, sendo a mais antiga do Município de Mafra, a segunda mais antiga do Distrito de Lisboa e uma das mais antigas do País.
Faz parte da sua atividade a participação em procissões religiosas, concertos e desfiles. Possui uma escola de música com cerca de 30 alunos, orientados por Paulo Simões, músico profissional, formado na banda, assim como pelo ex-maestro Luís Moreira.
Largo Francisco Pereira Galantinho, 2640-232 Encarnação
MÚSICA À VISTA
para uma rota musicoturística no Concelho de Mafra
Na Rua de Olivença, 12-24, 2640-470 Mafra, aprecie um mural de Nark com um dos seis órgãos da Basílica de Mafra, um saxofonista e uma violinista tocando, e amor à música.
Órgão, saxofone e violino
Um outro mural de Nark representa a Basílica do Palácio Nacional de Mafra. Com seis órgãos históricos construídos por dois grandes organeiros portugueses (António Xavier Machado e Cerveira e Joaquim António Peres Fontanes) e dois carrilhões que se fazem ouvir com regularidade, a Basílica é um edifício com uma riqueza extraordinária a todos os níveis.
Basílica de Mafra
Aldeia-Museu José Franco, Aldeia Típica de José Franco, Aldeia Típica do Sobreiro ou simplesmente Aldeia Saloia, qualquer uma das designações aponta para uma pequena localidade do Sobreiro, entre a Ericeira e Mafra, onde se situa uma das mais reconhecidas aldeias musealizadas do país. Tem uma assim chamada Casa da Música, com numerosos instrumentos que precisavam de mais espaço e organização. O visitante pode também observar figuras de temática musical.
Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.
Alexandra Neves Fortes
Alexandra Neves Fortes iniciou os estudos musicais aos seis anos, na Escola de Música da Filarmónica Cultural Ericeira. Aos dez anos ingressou na Escola de Música do Conservatório Nacional (Lisboa), onde se veio a diplomar com o Curso Básico de Clarinete e o Curso Secundário de Formação Musical.
É mestranda em Direcção Coral, na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estuda com Paulo Vassalo Lourenço, e licenciada em Direcção Coral e Formação Musical, pela Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou direcção com Vasco Pearce de Azevedo.
Fez um semestre de estudos no Kodály Institute of the Liszt Ferenc Academy of Music (Hungria), no âmbito do programa Erasmus, onde estudou direcção coral com László Norbert Nemes, técnica vocal com Renáta Darázs e piano com Anikó Novák. Frequentou classes de aperfeiçoamento de direcção coral com os maestros Zoltán Pad (Hungria) e Werner Pfaff (Alemanha). No âmbito da técnica vocal estudou com Joana Nascimento e frequentou uma masterclass com Geert Berghs (Holanda).
Como coralista, foi membro efectivo do Coro Sinfónico Lisboa Cantat, com o qual gravou os três primeiros volumes do CD compositores Portugueses XX-XXI, e onde teve a oportunidade de se estrear como maestrina com esse mesmo programa. Fez parte do Coro dos Concertos Participativos da Fundação Calouste Gulbenkian (2014-2019), foi também soprano do Coro de Câmara Lisboa Cantat (2019-2020) e fez parte do Coro da JMJ e do Coro de Câmara da JMJ, na Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023.
É fundadora e directora do Ensemble Corteto. Como maestrina convidada, tem dirigido regularmente o Coro Infantil e Juvenil Lisboa Cantat, o Coro de Câmara Lisboa Cantat e o Coro Sinfónico Lisboa Cantat, desde 2022. É professora de Coro e de Formação Musical no Conservatório de Música de Mafra, desde 2015, e no Conservatório de Música da Física de Torres Vedras, desde 2023. Foi maestrina principal do Coro de Câmara Outros Cantos (2015-2018) e maestrina assistente dos Coros Infantil e Juvenil Lisboa Cantat (2018-2019).
Com o Coro Feminino do Conservatório de Música de Mafra e com o Ensemble Corteto venceu o 1.º lugar no Valencia Awards Music Competition – Winter Session 2021, nas categorias de Large Ensemble 15-17 e Large Ensemble +18, respectivamente.
Beatriz Costa
Apadrinhado por Zeca Afonso, Samuel entrou na onda subversiva (aos olhos do regime) em 1972 com a música “Cantigueiro”. Depois do 25 de Abril participou, à semelhança dos seus “camaradas de armas”, em várias sessões de Canto Livre e lançou-se na feitura de um EP onde se poderiam encontrar músicas como “O Povo Unido”, “Venceremos” ou “De Pé Pela Revolução”. De lá para cá, participou em vários festivais RTP da Canção, que quase venceu em 1984. Em 1997 gravou o disco Trovas do Vento que Passa, álbum integralmente composto com temas de Adriano Correia de Oliveira.
Em 2011, foi galardoado com o “Prémio Carlos Paredes” pelos 40 anos de música. Continuou a gravar e a compor para outros artistas apesar de nunca ter atingido o apogeu como no período pré e pós revolucionário. A 18 de outubro de 2018, na Associação José Afonso, em Lisboa, Samuel apresentou ao vivo novo CD, a solo, Sempre Um Fim, Sempre Um Começo, com 13 canções novas com produção e arranjos de José Mário Branco.
Samuel Quedas
Mafra é um dos concelhos portugueses com 10 ou mais órgãos de tubos, destacando-se de modo único pelo conjunto dos seis órgãos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra (com três órgãos de Joaquim António Peres Fontanes e outros três de António Xavier Machado e Cerveira.) Em 2011 foram tocadas em Mafra as obras laureadas com o 1º Prémio Machado e Cerveira, Música de 2011 para seis órgãos de 1807. Aqui decorreu também o Curso de Internacional de Música Antiga (12th International Early Music Course ESMAE/ESML) em 2015.
No dia 7 de dezembro, pelas 21 horas, o Município de Mafra promove o concerto de apresentação do triplo CD “Dois Séculos de Música – Órgãos do Concelho de Mafra”, na Basílica do Palácio Nacional de Mafra.
A coleção de três CD resulta do registo sonoro efetuado aos 11 órgãos do Concelho de Mafra, dos quais: o conjunto dos seis instrumentos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra, classificados como Património Mundial pela UNESCO; os quatro órgãos históricos das igrejas de Encarnação, Livramento, Gradil e Ericeira; e ainda o instrumento recentemente construído para a Igreja de Santo André, em Mafra.
A coletânea integra, também, duas brochuras, uma para o público em geral e outra para o público infantil, assim fomentando o acesso ao conhecimento.
No concerto de apresentação, os organistas João Vaz, Sérgio Silva, André Ferreira, João Santos, Margarida Oliveira, Diogo Rato Pombo e Daniela Moreira apresentam obras de Haendel, C. Seixas, Bach, Boccherini, A. Silva Leite, Beethoven, Bédard e Elgar.
Basílica de Mafra
A Basílica ocupa a parte central do edifício, ladeada pelas torres sineiras. Foi feita segundo o desenho de João Frederico Ludovici ourives de origem alemã que, após a sua longa permanência em Itália, a concebeu ao estilo Barroco italiano. Tem a forma de cruz latina com o comprimento total 58,5 m e 43 m de largura máxima no cruzeiro, sendo toda em pedra da região de Sintra, Pêro Pinheiro e Mafra. O zimbório, com 65 m de altura e 13 m de diâmetro, foi a primeira cúpula construída em Portugal. Na Capela-mor encontra-se uma tela de Francesco Trevisani representando a Virgem, o Menino e S. António, a quem a Basílica é dedicada. Os retábulos das duas capelas no cruzeiro, Sagrada Família (lado sul) e Santíssimo Sacramento (lado norte), bem como da Capela lateral sul, Nossa Senhora da Conceição, e das seis capelas colaterais são da autoria de Alessandro Giusti da Escola de Escultura de Mafra e seus discípulos. De destacar ainda a escultura italiana de encomenda real, a mais significativa coleção de escultura barroca existente fora de Itália e o conjunto único de seis órgãos históricos encomendados por D. João VI aos organeiros Machado Cerveira e Peres Fontanes, em substituição dos primitivos que estavam degradados.
Fonte: PNF
A Basílica do Palácio Nacional de Mafra possui 6 órgãos de tubos
Do lado do Evangelho, o órgão histórico é da autoria de António Xavier Machado e Cerveira, construído em 1807. Foi restaurado em 1999 por Dinarte Machado – Atelier Português de Organaria em.
Do lado da Epístola, o órgão histórico foi construído em 1807 por Joaquim António Peres Fontanes, e restaurado por António Simões em 1990 a expensas da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi restaurado em 2000 por Dinarte Machado – Atelier Português de Organaria.
O órgão histórico do Sacramento foi construído por António Xavier Machado e Cerveira em 1806. Foi restaurado em 2004 por Dinarte Machado – Atelier Português de Organaria em 2004.
O órgão histórico de São Pedro de Alcântara foi construído por Joaquim António Peres Fontanes, em 1807. Foi restaurado em 2004 por Dinarte Machado – Atelier Português de Organaria em 2004.
O órgão histórico da Conceição foi construído por António Xavier Machado e Cerveira. Foi restaurado em 2004 por Dinarte Machado – Atelier Português de Organaria em 2010.
Órgão da Capela de Nossa Senhora da Conceição
Órgão da Capela de Santa Bárbara
O órgão histórico de Santa Bárbara foi construído por Joaquim António Peres Fontanes, em 1807. Foi restaurado em 2004 por Dinarte Machado – Atelier Português de Organaria em 2010.
Igreja de Azueira
A data exata da construção da Igreja de S. Pedro de Grilhões é desconhecida, mas a sua existência é já referenciada em 1566 nos registos paroquiais. Tal como aconteceu com muitos outros imóveis, o templo foi destruído pelo terramoto de 1755, sendo a sua reconstrução efetuada nos finais desse século. A fachada mostra o portal encimado por frontão contracurvado, onde se incluem as insígnias de S. Pedro, sobrepujado por vão com bom trabalho de cantaria. A frontaria possui, ainda, torre sineira, setecentista, provavelmente erguida nas obras de reconstrução da igreja. O interior, de uma só nave, apresenta colunas com capitéis compósitos dourados, ladeando o altar-mor; encimando o conjunto, o frontão curvo interrompido, entre dois anjos, é coroado ao centro pelo cordeiro do Apocalipse. A igreja possuía cinco altares dedicados, respetivamente, a S. Pedro e Nossa Senhora da Conceição (altar-mor), Senhor Jesus, Nossa Senhora do Rosário, S. Sebastião e Santa Catarina. Tem sido alvo de diversos furtos, tendo em data recente desaparecido a imagem de madeira do padroeiro; curiosamente esta imagem tinha substituído uma outra, feita de pedra, do séc. XV, que aqui existia até 1944, altura em que foi vendida. Atualmente o templo encontra-se devoluto, tendo o culto sido transferido para a igreja do Livramento.
Fonte: ECultura
A Igreja de Azueira (São Pedro dos Grilhões) possui órgão de tubos da autoria de António Xavier Machado e Cerveira, construído em 1787, opus 16.
[ Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Assunção da Serra ]
“A Enxara do Bispo tem um órgão histórico que enriquece o património musical do Concelho de Mafra. No 2.º concerto do Festival Internacional de Órgão de Mafra, foi escutado, pela primeira vez, o órgão Gray & Davison (séc. XIX), proveniente do Convento dos Inglesinhos, em Lisboa, doado por Alex Bernand, restaurado por Dinarte Machado e recentemente instalado na Igreja de Nossa Senhora da Assunção.” (CMM)
Igreja do Livramento
O nome da igreja está ligado a uma imagem de Nossa Senhora que se guardava na Quinta das Lapas e que, segundo a tradição terá sido a causa do desaparecimento da peste que grassava na região, passando, então, a ser alvo de grande devoção. Começou a ser efetuada uma procissão que levava a imagem para a Igreja Paroquial da Azueira. Nasceu assim, a ideia de construir uma ermida que albergasse e honrasse a imagem. Foi diligenciado um peditório, tendo em 1655, com a colaboração da população local e do padre Mateus Ribeiro, sido iniciada a sua construção. O terramoto de 1755 destruiu a Igreja de Nossa Senhora do Livramento, sendo a sua reedificação iniciada em 1786. A fachada, de traça barroca, encontra-se flanqueada por duas torres sineiras que podem ainda ser da época seiscentista. No interior, destacam-se as pinturas a fresco, o retábulo com colunas compósitas, de fuste canelado a azul e ouro, e azulejaria policroma com motivos vegetalistas, que se encontram na Capela-mor. Outro motivo de interesse é a imagem da padroeira, localizada no trono e ladeada pelas imagens de Santo António e S. João Baptista, setecentistas. A igreja possui bons altares laterais, também com imaginária e, ainda, algumas tábuas dos finais de quinhentos.
A Igreja de Nossa Senhora do Livramento possui um órgão histórico de tipo ibérico António Xavier Machado e Cerveira, opus 16, construído em 1787.
Igreja de Encarnação
Erguida onde outrora existiu uma ermida dedicada a Santa Catarina, a igreja de Nossa Senhora da Encarnação começou a ser construída no início do século XVII. Se boa parte da arquitetura é seiscentista, quase todo o interior data já do século XVIII, incluindo-se, nesta última fase, a edificação das duas torres sineiras sobre a fachada. Dominando o largo em que se insere, do alto da escadaria que a precede, a igreja apresenta uma configuração monumental, com soluções pouco comuns no contexto arquitetónico nacional. O templo é precedido por uma galilé, rasgada ao centro por um arco e por uma janela de sacada com grade de ferro. Os corpos laterais, aos quais correspondem as torres, são delimitados por duas pilastras. Sobre a cimalha, as torres sineiras, já da última década do século XVIII, são rematadas por cúpulas vasadas por um óculo e, ao centro um frontão recuado é antecedido por um relógio. Contudo, a singularidade do conjunto encontra-se nos alpendres laterais, apoiados em colunas, que prolongam a fachada da galilé e se estendem sobre os alçados da nave. No interior, de nave única, a primeira campanha decorativa é denunciada pelos azulejos de padrão seiscentista, em tons de azul e amarelo, que revestem a zona inferior das paredes do templo. Estuques vegetalistas ornamentam a zona superior dos alçados da nave. Observam-se duas capelas laterais, uma das quais dedicadas a São Pedro, datada de 1753 e com retábulo de mármore, cujo modelo poderá ter tido origem nos retábulos da Basílica de Mafra. Ainda na nave, encontramos um púlpito de talha dourada, também do século XVIII, e no coro-alto um órgão atribuído a António Xavier Machado e Cerveira, para além de azulejos seiscentistas e outros de figura avulsa, já da centúria seguinte.
Fonte: DGPC, Rosário Carvalho
A Igreja Paroquial de Encarnação (Nossa Senhora da Encarnação e São Domingos) possui órgão histórico de tipo ibérico (positivo de armário), da autoria de Bento Fontanes, restaurado em 2004 por Dinarte Machado – Atelier Português de Organaria.
Este é o mais antigo dos órgãos do Concelho.
Portadas abertas
consola
Tubria
Portadas fechadas
Igreja Matriz da Ericeira
A Igreja de São Pedro da Ericeira, no largo da vila com o mesmo nome, ascendeu a templo principal em 1530, época a que pertence a imagem renascentista de S. Pedro, visível na porta lateral sul. Porém, a edificação está documentada desde 1446, época em que se ergue como uma pequena Capela então localizada fora da vila. A transformação da Capela em igreja começou na primeira metade do século XVII e terminou em meados de 1745. Toda a edificação está preenchida por elementos de arquitetura Rococó e de figuras alusivas ao ciclo da pesca milagrosa do Apóstolo Pedro. No século XIX foi construído o coro do lado norte e o interior foi enriquecido de numerosas pinturas provenientes de extintos conventos. Na Capela batismal adjacente à edificação conserva-se a cantaria manuelina, o elemento mais antigo do monumento, declarado Imóvel de Interesse Público em 1984.
A Igreja Paroquial de São Pedro da Ericeira possui um órgão histórico de tipo ibérico da autoria de José Carlos Sousa Machado, construído em 1822, restaurado em 1986 por António Simões.
Igreja do Gradil
Desconhece-se a data da primitiva fundação da Igreja Matriz de Gradil, nas proximidades de Mafra. O atual templo data dos finais do século XVII, embora se conservem no interior elementos decorativos quinhentistas, que nos indicam a existência de uma igreja naquele local no início do século XVI. O templo, dedicado a São Silvestre, desenvolve-se em planimetria retangular, apresentando uma fachada de gosto Barroco, cujo pano central é ladeado por duas torres sineiras. O portal principal é encimado pela janela do coro alto e por um óculo, que rasga o frontão de coroamento da fachada. O espaço interior, de nave única, é coberto por teto de madeira, sendo as paredes laterais decoradas com painéis de azulejos setecentistas. A Capela-mor possui ao centro um retábulo seiscentista, de talha dourada barroca. No espaço da sacristia foi edificada uma fonte batismal em pedra lavrada com relevos de mascarões e uma cabeça alada, de gosto maneirista muito erudito.
Fonte: Catarina Oliveira, GIF/IPPAR/2005
No coro alto, a Igreja Paroquial Paroquial de São Silvestre do Gradil possui um órgão histórico de tipo ibérico (positivo de armário), da autoria de António Xavier Machado e Cerveira, irmão do escultor Machado de Castro, datado de 1801, opus 61 do célebre organeiro português, restaurado em 1990 por António Simões.
Antiga Igreja Paroquial de Santo André
A Igreja de Santo André localiza-se na Vila Velha (freguesia de Mafra), a 1 km do Convento de Mafra, pela antiga Rua Serpa Pinto. De estilo gótico, é o templo mais antigo da freguesia de Mafra e um dos mais significativos exemplos das igrejas paroquiais que proliferaram em Portugal entre os séculos XIII e XIV. Terminada por volta de 1344, passou por diversas obras durante os séculos XVII-XVIII. Em avançado estado de degradação no início do século XX, foi restaurada pela última vez nas primeiras décadas do século XX. Em 1935, foi classificada como Monumento Nacional. Afirma a tradição que Pedro Hispano (séc. XIII) foi pároco desta igreja antes de ser Papa João XXI.
Fonte: Wikipédia
A igreja tem um órgão moderno Dinarte Machado, executado em 2018.
A parceria estabelecida entre a Autarquia e a CCAM Mafra visou dotar deste instrumento a antiga Igreja Paroquial de Santo André, em Mafra, datada do século XIII/XIV, de um órgão de tubos que permite acompanhar as celebrações religiosas e servir para a formação dos alunos do Conservatório de Mafra.
Musorbis é a nova plataforma que faz parte do projeto Meloteca e se dedica à divulgação do património musical na perspetiva dos concelhos de Portugal.
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