Filarmónicas de Montemor-o-Velho
Bandas de Música, História e Atividades no Concelho
- Academia Musical Arazedense
- Associação Cultural e Recreativa de Carapinheira
- Associação Filarmónica União Verridense
- Associação Filarmónica 25 de setembro
- Filarmónica de Instrução e Recreio de Abrunheira
Academia Musical Arazedense
A AMA – Academia Musical Arazedense foi constituída em 1950, herdou tradições, património e historial da Filarmónica Arazedense, fundada em 1894. Foi seu fundador e primeiro presidente, António Maria da Silva Ferrão, que exerceu o cargo até à sua morte, em 1920. Em 1908, num certame realizado na Figueira da Foz, sob a regência de António Pereira, foi-lhe conferido o primeiro prémio pela sua excelente execução.
Aquando da 1ª Guerra Mundial (1914/1918), em virtude dos músicos serem chamados para o serviço militar, a Filarmónica atravessou um período menos bom. Em 1930, efetuou uma excursão a Lisboa, onde a comunidade arazedense lhe tributou os maiores elogios, tendo atuado junto à Embaixada de Espanha e das redações dos jornais O Século e Diário de Notícias. Inativa em 1936, a Filarmónica ressurgiu em 1942, mantendo-se desde então em atividade.
Ao longo dos tempos, a AMA tem organizado e colaborado em atividades (no país e no estrangeiro), sendo de destacar a organização de 11 encontros de bandas entre 1969 e 2008. Colaborou em várias iniciativas do INATEL: em 1985, no III Festival de Música Popular, em Coimbra; em 1986, no I Festival de Verão de Filarmónicas, em Coimbra e no Festival Gandarez e de Música Popular, na Tocha; em 1987, no II Encontro Distrital de Filarmónicas, em Coimbra; em 1991, no aniversário dos Bombeiros Voluntários de Coimbra; em 1987, em Aveiro, num concerto, no Pavilhão Octogonal do Recinto das Feiras, noticiado no jornal Ecos de Cacia; em 1992, abrilhantou a 1ª Tourada de Arazede; em 1993, presença no Coliseu Figueirense, onde abrilhantou a tradicional Garraiada da Queima das Fitas dos Estudantes de Coimbra; em 2001, participação, em Grândola, no Encontro de Bandas Civis, organizado pela Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense.
AMA
AMA – Academia Musical Arazedense
Em 2002, a pedido da Câmara Municipal, participação na cerimónia oficial de abertura do Campeonato Europeu de Remo (da juventude), em Montemor-o-Velho, e deslocação a Beja, para atuar na OVIBEJA. Em 2003, deslocou-se a Cabrela, Montemor-o-Novo, em regime de intercâmbio com a Banda Filarmónica da Casa do Povo. Foi, em 1991, uma das Filarmónicas fundadoras da Federação de Filarmónicas do Distrito de Coimbra, tendo participado em seis dos seus encontros distritais.
Participou na receção a várias entidades regionais e nacionais: ao Ministro da Justiça / Presidência e Defesa Nacional, Fernando Nogueira, em 1988, 1991, 1992 e 1994; ao Presidente da República, Mário Soares, em 1990; ao Primeiro Ministro, Cavaco Silva, em 1993; ao Primeiro Ministro, António Guterres, em 1997.
Em 1998, a convite da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, deslocou-se a Lisboa, integrando a Semana do Concelho, na capital, com desfile, seguido de concerto na Feira Popular. Colaborou com várias Filarmónicas e outras associações, nas comemorações dos aniversários e outras manifestações culturais e desportivas. Em 2008, em parceria com Cardoso & Conceição, organizou um Curso de Direcção de Bandas, com António Saiote. Em 2008, realizou um Intercâmbio Cultural com a Filarmónica Estrela D’Alva, de Santa Cruz, Lagoa, S. Miguel – Açores.
Em 2009 gravou um CD intitulado “Memórias de Angelino Ferrão”, figura ilustre na área da música, teatro e poesia.
Em 1998, a convite da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, deslocou-se, durante cinco dias, à vila francesa de Cerizay, para participar nas festividades do 10º aniversário de geminação daquela vila, com Montemor – o – Velho. Em 2004, deslocou-se à Vila de Lutry – Lausanne, Suíça, participando nas Fêtes des Venganges. Em 2000, um grupo de jovens músicos da AMA, integrados na Orquestra de Jovens Músicos Europeus, participou na série de concertos Wend Reng em França, Alemanha e Portugal.
O primeiro regente da Filarmónica foi José Marques dos Santos Rolhas, seguindo-se Marcelino Lopes de Miranda, Eduardo Branco, António Pereira, Manuel Maria Pleno Pinto de Almeida, “Cetral”, Sargento Gomes, Joaquim Pleno, César Santos, João Manuel Silva Pleno, Augusto Freitas, Orlando Carapeto, Augusto Mendes Ferreira (de 1992 a 2007) e Angelino Gomes Ferrão. Desde Outubro de 2007, a direção artística da Filarmónica está a cargo do regente Paulo José de Almeida, professor no Conservatório de Música de Coimbra.
Associação Cultural e Recreativa de Carapinheira
A Associação Cultural e Recreativa da Carapinheira (ACRC) foi fundada em 1981. Tem desenvolvido dois projetos: a Orquestra Ligeira e a escola de música.
ACRC
ACRC – Orquestra Ligeira da Carapinheira
Associação Filarmónica União Verridense
Fundada a 13 de junho de 1808, a Associação Filarmónica União Verridense é das mais antigas de Portugal. Sempre se manteve em funcionamento, sem interrupções na sua atividade. O seu primeiro ato oficial teve lugar na praia do Cabedelo, Figueira da Foz, recebendo as tropas inglesas que, comandadas pelo general Wellington, vinham em socorro das tropas portuguesas, e combater as tropas invasoras francesas. Participou em desfiles, concertos e festas populares, e receção a autoridades militares, civis e reis.
Participou em CD da coleção As Melhores Bandas da Região, além de outros registos discográficos.
Em 2008, a AFUV obteve o estatuto de Pessoa Coletiva de Utilidade Pública. Depois de em 2008 ter assinalado os 200 anos de atividade ininterrupta, a AFUV orgulha-se de pertencer ao restrito clube das bandas bicentenárias. Desde 2009, dirige os cerca de 50 músicos da Filarmónica da AFUV, o maestro Augusto Duarte dos Santos Garcia.
AFUV
Associação Filarmónica União Verridense
Associação Filarmónica 25 de setembro
Antes da Associação Filarmónica 25 de Setembro (na altura chamava-se Sociedade Musical 25 de Setembro), existiu em Montemor-o-Velho outra filarmónica, denominada Real Filarmónica de Montemor, regida pelo maestro espanhol D. Agostinho Pena, que residiu na vila. Diz a tradição que foi um grande músico e que fez a Filarmónica atingir certo nível artístico. Desconhecem-se, no entanto, as datas da sua formação e o seu tempo de duração.
Em 1892, um funcionário de Finanças, de nome Francisco Maria Simões de Carvalho, esplêndido amador de música, foi convidado para reger a Banda, o que aceitou. Depois da sua fundação, a Filarmónica passou por várias fases. Durante décadas, possuiu um Orfeão, dois ranchos folclóricos e um grupo cénico. Organizou inúmeros serões artísticos em Montemor e, durante muitos anos, os festejos da Feira Anual de Montemor, uma das mais antigas e concorridas do País.
AF25S
Associação Filarmónica 25 de setembro
A Associação Filarmónica comemorou, em 1992, o 1º centenário, com brilhantismo, sendo seu Presidente Carlos Sousa Mendes e seu regente Gonçalo Rocha. Atualmente conta com 53 músicos executantes. A Escolas de Música tem-se revelado de capital importância, pelo enriquecimento cultural e educativo dos jovens.
Filarmónica de Instrução e Recreio de Abrunheira
A Filarmónica Instrução e Recreio de Abrunheira foi fundada em 1881, e presidida por António Marques Pinto. Os seus primeiros Estatutos foram aprovados nesse ano. A Banda era constituída por 21 elementos dirigidos por João maria Batista Pinto.
Tem participado em grandes eventos na região, como as Festas da Rainha Santa em Coimbra, onde esteve presente logo no ano de 1905, ou atuações no Casino da Figueira da Foz, nas primeiras décadas do século XX.
Em 1999 foi concretizado o seu primeiro trabalho discográfico, intitulado “Filarmónica de Abrunheira em Concerto”. Dois anos depois foi gravado “Concerto d’Amore”. Seguiu-se-lhe em 2002 a participação no Projeto “As melhores Bandas da Região Centro”, onde, com outras 8 filarmónicas. Em 2004 gravou novo CD, intitulado “Reflexo”.
Em 2001 foi obteve o reconhecimento de Pessoa Colectiva de Utilidade Pública. Nesse mesmo ano, a Filarmónica de Abrunheira efetuou uma digressão à Alemanha onde realizou cinco concertos, num intercâmbio com a Musikschule Steinheim am Albuch, que em 2002 retribuiu a visita, apresentando-se em concertos em Figueira da Foz, Cantanhede, Pampilhosa e Abrunheira.
Em 2004 concretizou nova digressão à Alemanha, participando no Festival Internacional de Música de Kapfenburg, com agrupamentos musicais da Rússia, China, África do Sul e Alemanha. Além da participação neste Festival atuou, também, em Estugarda, no Parlamento do Estado de Baden-Wurtemberg e nas cidades de Neresheim e Steinheim am Albuch. Em 2006, desloca-se à Ilha do Pico, Açores, para participar nas festas da Freguesia de Santo Amaro, tendo realizado concertos em Ribeirinha, Santo Amaro e São Roque do Pico.
FIRA
Filarmónica de Instrução e Recreio de Abrunheira
Ao longo dos anos, a FIRA para além dos seus serviços de desfiles e festas religiosas, apresenta-se regularmente em concertos a solo e em festivais de bandas, tendo-se já apresentado, por exemplo, em Lisboa, Aveiro, Castelo Branco, Tomar, Vila Franca de Xira, Almada, Alenquer, Lagos, Entroncamento, Alcácer do Sal, Fanhões (Loures), Pêro Pinheiro (Sintra), Castro Daire, Moita, Mira, Celorico da Beira, Estarreja e Santa Comba Dão.
Organiza anualmente um Festival de Bandas, com filarmónicas de todo o país. Atualmente a FIRA, sob a direcção musical de António Luís Mota, conta com 59 elementos, maioritariamente jovens. Desta associação faz parte também a Banda Juvenil de Abrunheira com cerca de 35 elementos, servindo de meio de transição entre a Escola de Música e a Filarmónica. Anualmente a FIRA realiza workshops destinados ao aperfeiçoamento musical e instrumental dos seus membros, no âmbito das atividades da Escola de Música.
FOI NOTÍCIA
Encontro de Bandas do Concelho de Montemor-o-Velho
Em 21 de setembro de 2019, um encontro de bandas reuniu 5 bandas e 195 músicos, na Igreja de Santa Maria da Alcáçova.