Músicos naturais do Concelho de Pinhel
Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.
Cláudia Madeira
A fagotista Cláudia Madeira é natural de Pinhel, distrito da Guarda. Em 2010 ingressou na Escola Profissional de Artes da Beira Interior, na classe de Fagote de Cidália Torres. Prosseguiu os estudos no Curso Instrumentista de Sopros e Percussão, com Ricardo Santos.
Em 2016 iniciou a licenciatura na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, na classe de Carolino Carreira, concluindo o curso em 2019.
Em 2023 concluiu o Mestrado em Ensino da Música, variante Instrumento (Fagote) e Música de Conjunto na mesma instituição.
Durante o seu percurso participou em classes de aperfeiçoamento com os professores Robert Glassburner, Arlindo Santos, Johan Steinnmann, Ricardo Ramos, Renée Knigge e
Roberto Erculiani.
Em 2022, participou no Simpósio Nacional dos Professores de Fagote.
Frequentou estágios de orquestra sinfónica com os maestros António Saiote, Frank Zielhorst, Jean Sébastien Béreau, Jan Wierzba, Charles Roussin, Osvaldo Ferreira, Rui Pinheiro, Peter Stark, Julien Benichou e Tobias Gossmann. Com a orquestra de sopros, realizou estágios com os maestros José Eduardo Gomes, Francisco Sequeira, Luís Clemente, Francisco Ferreira e Tiago Oliveira.
Como membro integrante da Orquestra de Sopros da EPABI, participou no I e II concurso Internacional Filarmonia D’Ouro. Participou ainda como músico no I Workshop de Direção de Banda, sob orientação do maestro Javier Viceiro.
Apresenta-se regularmente com a Sinfonietta de Castelo Branco e exerce funções de docente no Conservatório de Música e Artes do Centro.
Rogério Pires
Rogério Pires nasceu em Pinhel, cresceu na Guarda, ama cada uma delas e também Lisboa, para onde foi estudar Filosofia e acabou por ficar.
Tem 55 anos e há muito tempo que é guitarrista acompanhador – de músicos como Michel, João Afonso ou Zeca Medeiros, Rodrigo Leão, de bailarinos nas aulas de dança do Conservatório de Lisboa. Bagatelas é o seu primeiro CD de originais.
Saiu desta espécie de sombra para enfrentar o palco com a guitarra: “não é nada fácil. Já corri o mundo com o Luís Guerra, um bailarino brutal, e está toda gente a olhar para ele. Ou para o Zeca Medeiros, ou para o Michel, ou para o João Afonso. Mas estas músicas aqui são minhas e vou ter de as defender. Dentro de mim alguma coisa me lança para isto.” – disse ao Diário de Notícias a 22 de março de 2016. Há anos que compunha músicas e os amigos ouviam-nas e diziam-lhe para gravar. Nunca o fez, “não tinha urgência de gravar”. Foi escrevendo o mundo nas 15 canções que se alinham no Bagatelas, saídas da “guitarra acústica de seis cordas de nylon” numa edição de autor. Um desses amigos, com quem nunca tocou, é Sérgio Godinho, que descreve o disco como “uma viagem numa barca de águas tranquilas”. Rodrigo Leão destaca a “delicadeza e a sensibilidade” das composições.
Este guitarrista juntou as notas de chula numa resposta ao Sr. João (e ele ainda não sabe…), que resmungava com ele e os amigos, adolescentes, quando tocavam músicas mais da pesada no Centro Cultural da Guarda – e no andar de baixo ensaiavam os grupos tradicionais. Já lá vão 30 anos. Ilha Terceira leva-nos ao meio do Atlântico, Depois da Chuva a saltitar nas poças -, aquilo que Rogério fará, de quando em vez, caminhando pela cidade com a guitarra às costas. Mantém o termóstato beirão que o faz andar de calções em dezembro e sorri quando conta que toda a gente se recolhe nos dias de chuva e Lisboa é “toda” dele.
As músicas que foi compondo chegaram ao CD praticamente iguais. “Mudei uma nota ou duas, no máximo.” Diz-se “um humilde guitarrista”. Aprendeu a tocar com o pai e o avô. Fez o Conservatório, em Lisboa, onde ficou, depois, como “professor acompanhador de aulas de dança no Conservatório de Dança”.
Rogério Pires, guitarrista, de Pinhel