Património Cultural Imaterial de Proença-a-Nova
De acordo com a Lusa, a 26 de Janeiro de 2017, o Presidente de Câmara de Proença-a-Nova iria candidatar “Cantar das Janeiras” a Património Imaterial da Humanidade com ou sem o apoio nacional.
“Vai ser uma candidatura com duas propostas, uma referente ao “Cantar das Janeiras” e outra em relação à “encomendação das almas”. Trata-se de dois rituais ligados ao culto religioso cristão, mas que fazem parte integrante dos usos e costumes de um povo e da região”, disse João Lobo.
O presidente deste município do distrito de Castelo Branco adiantou que já encetou contactos com as instituições ligadas à cultura no sentido de preparar a formalização da candidatura a Património Cultural e Imaterial da Humanidade da UNESCO.
João Lobo explicou ainda que a decisão em avançar com esta candidatura está tomada, seja ela a título individual ou através de todo o país. Isto porque o autarca recorda que o “Cantar das Janeiras” é um costume transversal a todo o país e não apenas ao concelho de Proença-a-Nova, pelo que entende que a candidatura deveria ser nacional.
O autarca sublinha que no concelho de Proença-a-Nova ainda existem muitos grupos que mantêm viva esta tradição desenvolvida durante o mês de Janeiro, como forma de desejar prosperidade no início de um novo ano, anunciando o nascimento de Jesus e pedindo uma esmola.
O Encontro de Janeireiros é a prova disso mesmo, sendo que este ano participaram as aldeias de Alvito da Beira, Caniçal Cimeiro, Caniçal Fundeiro e Vale da Carreira, Corgas, Cunqueiros, Pergulho, São Pedro do Esteval, Vale de Água, Pernadas e Serimógão e o Vergão. Participou ainda pela primeira vez um grupo convidado, o Grupo de Montanhismo dos Serviços Sociais da CGD.
“Com a expectativa da aprovação, esse reconhecimento internacional seria uma mais-valia e funcionaria como o primeiro marco promocional de uma região”, concluiu o autarca.
Prémio Literário Pedro da Fonseca 2018
A 22 de novembro de 2017, o portal do município de Proença-a-Nova informava que o ritual de cantar as Janeiras ou o ritual da encomendação das almas eram as duas propostas de tema da segunda edição do Prémio Literário Pedro da Fonseca, a decorrer em 2018, devendo os participantes escolher uma delas para os textos que realizarem nas categorias a concurso, prosa e poesia.
O tema tinha sido aprovado, por unanimidade, em reunião de Câmara pelo executivo municipal, conforme determinado no regulamento que pode ser consultado na página do Município. “Entendemos que, para além da divulgação do nome de Pedro da Fonseca, o Prémio Literário deve também ser veículo de promoção das nossas tradições e, não sendo exclusivas do nosso concelho, a verdade é que o cantar das Janeiras e a encomendação das almas traduzem a expressão de fé das nossas populações, em rituais que continuam a motivar as nossas comunidades”, referiu João Lobo.
Para o presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, através do Prémio Literário Pedro da Fonseca seria possível enriquecer o espólio associado às Janeiras e encomendação das almas, ainda que numa vertente literária.
A primeira edição do Prémio Literário Pedro da Fonseca realizou-se em 2016.