Músicos naturais do Concelho de Vila Nova de Famalicão
O Musorbis, em desenvolvimento, tem como objetivo aproximar dos munícipes os músicos e o património musical do Concelho.
Helena Pereira sugeriu Teresa Correia (viola d’arco), Sara Veloso (violino), Flávio Azevedo (violino).
Adriana Oliveira
Adriana Oliveira, saxofonista, de Vila Nova de Famalicão
Alexandra Silva
Alexandra Silva, violino, de Vila Nova de Famalicão
Helena Pereira
Helena Pereira, violinista, de Vila Nova de Famalicão
Luís Magalhães
Luís Magalhães, pianista, de Vila Nova de Famalicão
Adriana Oliveira
Adriana Oliveira, saxofonista, é natural de Vila Nova de Famalicão. Iniciou os estudos musicais aos 10 anos, na classe de saxofone Fernando Ferreira, no Centro de Cultura Musical (CCM) onde completou o 8ºgrau do ensino articulado. No ano letivo 2013/2014, ingressou no curso de Saxofone Clássico na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto (ESMAE), na classe dos professores Henk van Twillert, Fernando Ramos e Gilberto Bernardes. Em 2016 concluiu com excelência nesta instituição a licenciatura e em 2019 o mestrado.
Com o ensemble da classe de saxofone “Vento do Norte” da ESMAE, venceu em 2014 o Concurso Internacional para Ensemble em Chieri, Itália. Ainda com “Ventos do Norte” teve oportunidade de se apresentar em vários palcos nacionais e internacionais. Percorreu países como Holanda, Bélgica, França e Itália e também o continente americano, nomeadamente Nova Iorque, Boston, Rochester e Nova Jérsia. Apresentou-se ainda nas ilhas Curaçao, Bonaire e Aruba nos Países Baixos Caribenhos. Em 2019 gravou com este mesmo grupo o CD “Toot your Roots”. Ao longo do seu percurso na ESMAE, teve oportunidade de fazer parte do coro assim como da orquestra jazz, com a qual atuou várias vezes, nomeadamente no Coliseu do Porto e no Festival Jazz de Guimarães de 2015. Frequentou classes de aperfeiçoamento com saxofonistas de grande renome como João Pedro Silva, João Figueiredo, Marie Bernadette, Claude Delangle, Joe Murphy, Christian Wirth, Christophe Grèzes, Filipe Belijar, Tomas Munera, entre outros.
Fora do contexto escolar, fez parte de diversos grupos ligados à música pop, entre eles “Cão Voador” e “Medusa” com quem gravou em 2019 o vídeo clip “Acordado”. Colabora ainda frequentemente com diferentes bandas filarmónicas no Norte do país, encontrando-se de momento como efetiva na Banda Filarmónica da Trofa com quem gravou em 2019 o CD “Ponte Pêncil”. Paralelamente a estes projetos e ao percurso académico, deu aulas de saxofone em diversas escolas a alunos de todas as faixas etárias, nomeadamente na Escola de Música da Banda de Oliveira, Barcelos, na Escola Cooperativa de Vale S. Cosme – Didáxis, Escola de Música e Artes da Trofa”, Escola de Música da Banda de Famalicão e na Casa da Cultura de Fradelos. Atualmente é professora e maestrina na Fundação Saxomania em Bonaire, Países Baixos.
Helena Pereira
A violinista Helena da Costa Pereira nasceu em 1983 em Vila Nova de Famalicão. Em 1995 iniciou o estudo de Violino na Escola Profissional e Artística do Vale do Ave – ARTAVE. No ano de 2001 foi admitida na Academia Nacional Superior de Orquestra na classe de Du Xuan Du. Em 2005 terminou a Licenciatura com Agnes Sarosi.
Trabalhou Música de Câmara com os professores Jaroslav Mikus, Zóltan Santa, Alberto Gaio Lima, Rute Azevedo, Diana Tzonkova, Agnes Sarosi e Paul Wakabayashi. Participou em cursos de aperfeiçoamento orientados por violinistas conceituados como Aníbal Lima, Alexei Michline, Boris Kuniev, Joyce Tan e Gerardo Ribeiro. Na área da pedagogia fez “Pedagogia de Método Suzuki” orientado por Marc Gunderman e Pedagogia do Instrumento com Gwendolyn Masin.
Colabora como reforço em várias orquestras como a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra de Câmara Portuguesa e a Orquestra de Câmara de Almada. Trabalhou com os maestros Michael Zilm, Lawrence Foster, Omri Adari, Simone Young, Roberto Tibiriçá, Juan Trillo, Manuel Ivo Cruz, Fernando Lapa, Ernest Schelle, Christophe Millet, Marc Schuster, Osvaldo Ferreira, Jose Cura, Antonio Vitorino D`Almeida, Jean-Marc Burfin, Rui Massena, Joana Carneiro, entre outros. Lecionou classes de violino no Conservatório de Música da Metropolitana, Academia de Música de Óbidos e Conservatório de Música de Mafra. Tem sido convidada a lecionar naipe em Workshops de Orquestra, uma iniciativa direcionada para os jovens músicos com destaque na aprendizagem e desenvolvimento de competências no âmbito da experiência orquestral. Em 2015 concluiu o Mestrado Profissionalizante em Ensino da Música na Escola Superior de Música de Lisboa.
Verónica Godinho
A violoncelista Verónica Godinho nasceu a 22 de fevereiro de 2002, em Vila Nova de Famalicão. Iniciou os estudos musicais aos 8 anos de idade na classe de Carina Vieira e, posteriormente, na classe de André Amaro no Centro de Cultura Musical (CCM).
Em 2017 ingressou na Escola Profissional Artística do Vale do Ave (ARTAVE), na classe de Jaroslav Mikus. Em 2020 ingressou na Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART), na classe de Miguel Rocha.
Participou em classes de aperfeiçoamento com os professores Paulo Gaio Lima (2017), Miguel Rocha (2018 e 2020), Stefan Popov (2018), Pablo Férrandez (2019), Catherine Strynckx (2020), Ophélie Gaillard (2021) e Robert Cohen (2022).
No âmbito de orquestra trabalhou com vários maestros como Cristiano Silva, Christopher Bochmann, Martim de Sousa Tavares, Diogo Costa, entre outros.
Foi membro das orquestras CCM, ARTAVE, ONJ – Orquestra Nacional de Jovens, APROARTE, Orquestra “Gestos”, Orquestra ESART, Orquestra Sem Fronteiras e da Jovem Orquestra Portuguesa (JOP).
Em música de câmara trabalhou com os professores Luís Machado (Orquestra de Cordas), Jaroslav Mikus (Orquestra de Cordas), David Lloyd (Quinteto de Cordas e Trio de Cordas) e com Pedro Ladeira (Quarteto de cordas com clarinete).
É membro do “Quinteto Sextante”, quarteto de cordas com clarinete, com o qual participou em vários recitais pelo país e ainda em concursos como o “VIII Concurso Nacional de Música de Câmara”, em Vila Verde, Portugal, o London Classical Music Competition e International Mozart Competition, onde obteve o 1° prémio, sendo convidado para atuar nos Concertos de Gala, em Viena, como resultado do prémio deste último concurso.
Frequenta o 3º ano de Licenciatura em Música – Variante de Instrumento (violoncelo) – na Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) na classe de Miguel Rocha e é docente na Academia de Música de Trancoso e COARTES – Academia de Música de Vila Nova de Foz Côa.
FOI NOTÍCIA
Em 2016, o Blogue do Minho noticiou que a arquidiocese de Braga e os municípios de Vila Nova de Famalicão e Braga promoveriam a 18 e 19 de novembro de 2016, uma homenagem pública aos sacerdotes e compositores famalicenses Manuel Faria e Benjamim Salgado no âmbito das comemorações do centenário do seu nascimento, que decorreram desde o início deste ano. A homenagem arrancou na Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão, com o Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, os autarcas Paulo Cunha e Ricardo Rio e o presidente da administração da Fundação Cupertino de Miranda, Pedro Álvares Ribeiro. Caberia a Boaventura Faria (sobrinho e afilhado de Manuel Faria) e ao Padre António Azevedo Oliveira fazer a apresentação do Padre Manuel Faria, enquanto Manuela Salgado (sobrinha de Benjamim Salgado) e Agostinho Fernandes fariam a apresentação do Padre Benjamim Salgado.
Seguir-se-ia a apresentação de dois livros dedicados aos sacerdotes famalicenses. Em Seide S. Miguel foi celebrada uma Missa Solene Comemorativa, com uma deposição de Coroa de Flores junto ao busto de Manuel Faria. Decorreu no mesmo local o VII Encontro de coros, com organização da Associação Cultural Manuel Faria e Grupo Coral de Seide S. Miguel. Em Braga, no auditório Vita repete-se o programa com a exceção da Missa e do Encontro de Coros. As comemorações encerrariam com um concerto na Capela Imaculada, no Seminário Menor.
Aquando da apresentação do programa comemorativo, em janeiro de 2016, Paulo Cunha afirmou que esta homenagem aos sacerdotes famalicenses “não pretende ser um simples exercício de memória”, antes, “a valorização da exemplaridade incontestada destas duas personagens que deixaram um legado cultural forte e influenciaram positivamente tantas instituições da região”.
“Estamos perante duas personalidades que deixaram um legado riquíssimo, que puseram todo o seu conhecimento ao serviço da sociedade. Ao sublinharmos o seu mérito queremos manter vivas as suas criações, também como estimulo para investirmos nas nossas qualidades”, acrescentou, na altura, o autarca famalicense.
Pe. Benjamim Salgado, compositor, natural de Joane
Benjamim Salgado nasceu na freguesia de Joane em 1916.
Ao longo da sua vida, foram múltiplas as atividades em que se desdobrou, desde o ensino, não apenas da música, mas também do português; à fundação e direção de coros e orfeões; ao jornalismo, tendo sido diretor do Correio do Minho; à política, enquanto Presidente da Câmara Municipal de Famalicão, entre 1965 e 1969. Foi diretor da Casa de Camilo e diretor artístico da Fundação Cupertino de Miranda. Ainda na área da cultura, Benjamim Salgado foi o responsável pelo enriquecimento da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco com as doações valorosíssimas das bibliotecas particulares de Nuno Simões e de Vasco de Carvalho.
Seide São Miguel, em 1916, foi a freguesia que viu nascer o Padre Manuel Faria.
Pe. Manuel Faria, compositor natural de Seide
Foi professor no Seminário de Braga, e dirigiu, entre outros, o Orfeão da Reguladora de Famalicão e o Orfeão de Braga. Fundou e dirigiu a “Nova Revista de Musica Sacra” e colaborou na Rádio Renascença, nas revistas “Theológica” e “Cenáculo” e no jornal Diário do Minho.
Em 1963 foi nomeado Cónego da Sé de Braga. Foi agraciado postumamente, em 2 de julho de 1984, com o Grau de Comendador da Ordem de Santiago de Espada.
Fontes: Helena Pereira sugeriu os músicos Teresa Correia (viola d’arco), Sara Veloso (violino), Flávio Azevedo (violino).