Filarmónicas do Seixal
História, bandas de música e atividades no Concelho
- Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense
- Sociedade Filarmónica União Arrentelense
- Sociedade Filarmónica União Seixalense
- Sociedade Filarmónica Operária Amorense
- Sociedade Musical 5 de Outubro
Veja AQUI o álbum com fotografias históricas de coretos e filarmónicas.
Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense
A Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense foi fundada em 1848. A Banda era constituída por operários da construção naval, ensinados e orientados pelo Padre José Joaquim Alves. Para recreio espiritual dos seus associados, criou também uma biblioteca que conta com um elevado número de obras. Possuí também uma secção de Teatro.
Sede
Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense
A sua atividade está hoje centrada na sua Banda Filarmónica a par de uma Escola de Música. A Banda é composta por 45 músicos dirigidos pelo Maestro Jorge Azevedo; a Escola de Música, com 50 alunos, conta com os professores João luís Sado, Fernando Santos, Ângelo Borges e Jacinto Sado. Durante o ano são organizadas manifestações culturais como exposições, na galeria de arte, concertos, colóquios, audições de jovens músicos e concursos para instrumentistas.
SFTS
Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense
A SFDTS foi agraciada com as medalhas de Ouro da Câmara Municipal do Seixal e da Federação das Coletividades de Cultura e Recreio e com a Menção Honrosa, Grau de Cavaleiro de Ordem de Benemerência. Em 1988 foi conferido à Timbre Seixalense o estatuto de Pessoa Colectiva de Utilidade Pública.
Sociedade Filarmónica União Arrentelense
Em 1872 um grupo de operários de Companhia de Lanifícios de Arrentela fundou a Sociedade Filarmónica Fabril Arrentelense. Poucos anos depois, foi criada, também nesta localidade, a Sociedade Honra e Glória Arrentelense. Em 1901, o Rei D. Carlos concedeu o título de Real à Sociedade Fabril Arrentelense. O mesmo título veio a receber a Sociedade Honra e Glória Arrentelense em 1903. As duas coletividades fundiram-se em 1914 dando origem à Sociedade Filarmónica União Arrentelense.
O êxito da Filarmónica foi reconhecido logo nos primeiros anos da sua existência. Recebeu convites para participar em festas de vários locais do país. Após o 25 de Abril, com a gestão democrática das autarquias, a coletividade sentiu uma nova energia e vitalidade com os apoios recebidos em especial para a construção da nova sede. Em 1989 realizou o seu Iº Festival de Bandas Filarmónicas que já vai na sua décima terceira e que já levou a Arrentela 69 bandas de música do país e do estrangeiro. Em 1994, a Banda representou Portugal no Festival Eurofanfare, em França que contou com a participação de 15 países. Em 2000 a banda efetuou uma digressão pelos Açores, e em 2001 atuou em Madrid.
Com a ampliação das instalações em 1995, obra totalmente custeada pela Câmara Municipal do Seixal, a coletividade deu um grande salto cultural. Atualmente tem 8 atividades em funcionamento onde participam cerca de 300 pessoas na sua maioria jovens.
SFUA
Sociedade Filarmónica União Arrentelense, do Seixal
Sociedade Filarmónica União Seixalense “Os Prussianos”
A Sociedade Filarmónica União Seixalense, também designada por «Os Prussianos», foi fundada a 1 de junho de 1871, no reinado de D. Luís, juntamente com a Banda Filarmónica e a escola de música Matias Lucas, que funcionam ininterruptamente desde a sua fundação.
Desde 1871, a coletividade tem vindo a satisfazer as necessidades dos sócios e músicos. O seu primeiro grupo cénico foi criado em 1927 e a biblioteca foi inaugurada em 1945. Entre 1933 e 1935, existiu uma comissão que cuidava de todos os eventos e até da própria sociedade, a Comissão dos Anjinhos Enrascados, que organizava as Festas de São Pedro do Seixal juntamente com outras comissões de festas.
SFUS
Sociedade Filarmónica União Seixalense “Os Prussianos”
Desde a sala de petiscos, à biblioteca, ao Salão Nobre, ao café e à sala da banda, pode-se encontrar um leque de recordações da banda e da sociedade de outros tempos.
Em 2021 organizou, com a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia, o XXII Encontro de Bandas Filarmónicas. Além da banda anfitriã, participaram a Banda da Sociedade Operária Amorense e a Banda da Sociedade Filarmónica Galveense (Galveias, Portalegre).
Sociedade Filarmónica Operária Amorense
A Banda da Sociedade Operária Amorense foi fundada em 1898, por um grupo de operários garrafeiros – daí o nome Operária da Fábrica de Garrafas em Amora. Os primeiros ensaios foram ministrados por um inglês, que foi gerente da fábrica de vidros. Os ensaios eram à luz velas de cera ou gasómetros de carboneto.
Alguns maestros passaram naquele tempo pela Filarmónica, o amorense Joaquim de Carvalho , músico da Guarda Nacional Republicana . O maestro Álvaro Augusto de Sousa esteve ao serviço da coletividade durante vinte e cinco anos. Dedicava-se não só à banda como também ao teatro musicado, ensinando operetas, revistas e programas de variedades.
Entre 1955 a 1960 apareceram as crises da Firma Mundet & Cª. Ldª., e o encerramento da sua fábrica em Amora. A coletividade começou a sentir os efeitos, nomeadamente no abandono de músicos. Mas a coletividade foi beneficiada com a oferta de uma parcela de terreno, onde estava instalada a Verbena e onde está hoje construída a nova sede, património da Operária Amorense. A oferta do terreno foi feita por uma grande benemérita Amorense, Branca Saraiva de Carvalho. A construção da sede foi financiada por outro benemérito amorense, João Guilherme Carvalho Duarte, que pôs à disposição toda a importância necessária sem cobrança de qualquer juro. A nova sede, denominada Cine Teatro Amorense, foi inaugurada em 1958.
Nesse período, a Filarmónica aparecia, de vez em quando, percorrendo as ruas da freguesia ou atuando nos dias de aniversário. Estas atividades eram dirigidas pelo contramestre Alfetrit Simões. Entretanto, apareceram dois músicos da Banda do Regimento da Guarda Republicana, residentes na Cruz de Pau, José Ribeiro, e Estevão Barrinhos, regente da Banda de Alcochete. Os seus afazeres profissionais não permitiram continuar por cá e a Filarmónica, mais uma vez, parou.
SFUA
Sociedade Filarmónica Operária Amorense
Sociedade Musical 5 de Outubro
Em 1971, o amorense José Carlos Correia Cunha, lançou o apelo à juventude para se inscrever na aprendizagem da música. A Direção convidou dois monitores, Eduardo Figueiredo e Alípio Correia, que lançaram mãos à obra. A Banda é hoje constituída 33 jovens dos 11 aos 20 anos de idade. Nos últimos anos distinguiu-se o maestro António Gonçalves . A atividade da SFOA coletividade evidenciou-se também no teatro.
SM5O
Sociedade Musical 5 de Outubro, Aldeia de Paio Pires, Seixal, sede
No Arquivo Paroquial de Paio Pires há uma referência histórica do ano 1881, quando adotou o nome de Sociedade Fhilarmónica e tinha a sua sede na Rua Direita, no edifício junto à escola primária. Dois anos mais tarde, a coletividade apareceu a abrilhantar uma festa em honra de Nossa Senhora, como conclusão do mês do Rosário, com o nome de Sociedade Recreio Aldeense (2 de novembro de 1883).
Com a ajuda de um filho da aldeia, José António Rodrigues, alguns homens de Paio Pires conseguiram ajuda para alugar alguns instrumentos para a festa do Espírito Santo em Paio Pires, em 1888. Tomados pelo gosto musical, estes homens resolveram adquirir instrumentos e, na altura, fundaram a Sociedade União Capricho Aldeense, sendo eles os fundadores da coletividade e da banda, conhecidos pelos quarenta magníficos (nome atribuído pelos habitantes da aldeia), com a presidência de José António Rodrigues.
A 5 de outubro de 1910, foi implantada a República, o que levou à alteração do nome, ficando a coletividade a ser designada por Sociedade Musical 5 de Outubro.
A coletividade possui uma bandeira, de cor branca e verde, com o nome e a data da fundação a amarelo e, no centro, tem o distintivo com as iniciais e uma lira, e também um estandarte em seda com franjas bordadas em ouro. A Sociedade Musical 5 de Outubro é filiada na Federação Portuguesa das Coletividades de Cultura e Recreio desde 1954. Além da música como atividade, esta sociedade conta ainda com danças de salão, zumba e aikido, e conta também com um grupo coral alentejano, o Lírio Roxo. A coletividade tem também um bar aberto ao público e instalações para receber os mais variados festejos.
FOI NOTÍCIA
A 18 de abril de 2019, foi noticiado que cerca de 150 músicos das bandas filarmónicas do concelho subiriam ao palco das comemorações do 25 de Abril, no dia 26, às 22 horas, para um espetáculo único com o cantor João de Campos. Em palco, estariam cerca de 150 músicos das bandas da Sociedade Filarmónica União Arrentelense, da Sociedade Filarmónica União Seixalense, da Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense e da Sociedade Filarmónica Operária Amorense.
Faziam parte do alinhamento 11 obras, seis delas interpretadas pelo cantor João de Campos. João de Campos faz parte da Orquestra Ligeira do Exército, da qual é vocalista há mais de 20 anos. Atua com a banda Rock É Rock e faz espetáculos de tributo a Phil Collins. Foi finalista da primeira edição do «Chuva de Estrelas», em 1994, com uma imitação de Phil Collins, classificando-se em 3.º lugar. Participou ainda com o grupo Tempo no Festival da Canção 1999, com o tema «Uma Parte de Mim», classificando-se em 5.º lugar. Outros convidados eram José Manuel Miranda no piano e Peralta na viola baixo.