Tavira e os seus órgãos de tubos
Órgãos de tubos do concelho de Tavira
De acordo com as informações disponíveis, existem no Concelho os seguintes órgãos de tubos.
Igreja da Misericórdia
A Igreja da Misericórdia de Tavira fica situada na freguesia de Santa Maria (Tavira). Mandada construir pela Misericórdia de Tavira, a sua construção (1541-1551), é da autoria de André Pilarte (que participou na construção do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa). A igreja, de estilo renascentista, é constituída por três naves, sem Capela-mor. O teto é sustentado por oito colunas rematadas por capitéis renascentistas. A decoração apresenta um conjunto de painéis de azulejos azuis e brancos, do século XVIII, que mostram as 18 Obras de Misericórdia (Obras Espirituais, Obras Corporais e vida de Cristo).
A fachada principal é considerada um dos melhores testemunhos da Renascença portuguesa no Algarve. O pórtico principal, um arco de volta perfeita com ampla decoração all’antico procedente de gravados italianos, sendo encimado pela imagem de Nossa Senhora da Misericórdia. Esta imagem, recolhida sob um dossel e ladeada por dois anjos esvoaçantes, encontra-se no meio das figuras de São Pedro e São Paulo, sendo visível ainda o brasão da cidade de Tavira.
A Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Tavira possui um órgão positivo de armário da autoria de Leandro José da Cunha, construído em 1785, restaurado em 2004 por Dinarte Machado – Atelier Português de Organaria.
Órgão de armário com portadas abertas
Recital de canto e órgão
Igreja de Nossa Senhora das Ondas
A igreja tem por orago S. Pedro Gonçalves, mas é vulgarmente denominada por Igreja das Ondas por pertencer aos mareantes e nela se venerar a imagem de Nossa Senhora das Ondas. As origens do edifício remontam provavelmente ao reinado de D. Manuel.
A sua planta é de forma trapezoidal e a cobertura em madeira, ornada de pinturas decorativas setecentistas, figurando ao centro as armas de D. João V. É provável que no séc. XVIII o templo tenha sofrido grandes obras, devendo datar dessa época o retábulo da Capela-mor, peça que se destaca pela sua tribuna, onde se enquadra um nicho com a imagem do padroeiro. Uma escultura do séc. XVII representando a Senhora das Ondas está colocada sobre o altar que lhe é dedicado. Na Casa dos Pescadores, contígua à igreja, conserva-se o estandarte da Associação dos Mareantes, sumptuosa peça de lhama de ouro vermelha, bordada a fios de ouro e prata e lantejoulas.
Fonte: ECultura
A Igreja de Nossa Senhora das Ondas, também designada dos Mareantes, ou de São Pedro Gonçalves Telmo, possui órgão de tubos.
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Igreja de Santa Maria do Castelo
Construída na segunda metade do século XIII, no local onde anteriormente se situara a mesquita de Tavira, a Igreja de Santa Maria do Castelo foi construída segundo o estilo gótico, como comprova o seu portal ogival. Sofreu estragos consideráveis aquando do terramoto de 1755, pelo que foi necessário proceder à sua reconstrução. O projeto ficou a cargo do arquiteto italiano Francisco Xavier Fabri que teve a preocupação de manter a estrutura original da igreja – três naves e quatro tramos – tendo aproveitado a cabeceira e algumas capelas laterais, caso da Capela do Evangelho, de estilo gótico, e da Capela do Senhor dos Passos, de estilo manuelino mas revestida com azulejos do século XVII.
Relativamente à ornamentação interior, merece destaque a Capela-mor, onde se vê um retábulo do início do século XIX de arquitetura simulada (pintada). Nas paredes laterais da Capela-mor observam-se duas inscrições medievais que assinalam a presença do túmulo de D. Paio Peres Correia e dos seis cavaleiros que morreram na reconquista cristã de Tavira. Igualmente interessantes são o retábulo da Paixão, de estilo Rococó, e o retábulo Neoclássico do batistério, que incorpora uma bonita pintura do final do século XVIII representando a assunção da Virgem Nossa Senhora, e cuja autoria se atribui ao italiano Corrado Guiaquinto. Visite a exposição de arte sacra com imagens e pinturas dos séculos XV a XIX.
Fonte: VisitAlgarve
A Igreja de Santa Maria do Castelo possui órgão de tubos de armário.
Órgão e armário
Igreja de Santo António dos Capuchos
Os frades capuchos da Província da Piedade chegaram a Tavira em 1607 e ocuparam provisoriamente a ermida de Nossa Senhora da Esperança, enquanto decidiam o local exato para construir o convento. O sítio escolhido acabou por ser o mesmo local onde se encontravam, iniciando-se a construção em 1612, abrangendo parte de uma fazenda suburbana e de um terreiro público. A fachada, único elemento que se relacionava com o exterior, ficou orientada o campo da Atalaia, ficando as restantes instalações conventuais no interior da cerca.
A igreja é um exemplo da austeridade da arquitetura “chã” seiscentista e da sobriedade característica dos franciscanos capuchos. Possui uma planta retangular simples, com endonártex, nave única e Capela-mor. Durante a segunda metade do século XVIII foi remodelada a fachada principal, introduzindo-se um frontão e um janelão barrocos. No interior é possível admirar o Trânsito de Santo António, curioso conjunto escultórico setecentista, em barro, integrado numa tipologia vulgar noutros conventos capuchos (casos de Vila Viçosa e Portalegre). É constituído por três grupos, de tamanho quase natural, representando o episódio em que o Santo salva o pai da forca, o milagre da mula do herético e a morte do Santo em Pádua. No interior há retábulos em talha e exemplares de pintura e de imaginária religiosa dos séculos XVI a XIX. Na abóbada da Capela-mor saliente-se a pintura mural de perspetiva ilusionista, integrando cenas da vida do padroeiro. Das antigas instalações conventuais destaca-se o claustro, de grande sobriedade, com três arcos por banda assentes em pilares de secção quadrada. Após a extinção das ordens religiosas, em 1834, o convento foi vendido em hasta pública, tendo a igreja sido adquirida pela confraria de Santo António, em 1856, até então sediada na Igreja do Convento de São Francisco.
Fonte: CMT
A Igreja de Santo António dos Capuchos possui órgão de tubos.
Igreja de São José
Construída na segunda metade do século XV, a Igreja de São José do Hospital foi originalmente um templo de estilo gótico, do qual não resta hoje mais do que uma Capela lateral tardo-medieval. Como consequência dos terramotos de 1722 e de 1755, esta igreja sofreu danos irreparáveis que levaram à construção de um novo templo. As obras duraram uma década, ficando concluídas em 1768.
A reconstrução originou uma igreja com corpo de nave única, planta octogonal e Capela-mor. A fachada apresenta um frontão decorado com trabalhos de massa tardo-barrocos, sendo os vãos de estilo Rocaille. Na decoração interior destaca-se o altar da Capela-mor, um dos poucos exemplares da região executados em “trompe l’oeil”, atribuído ao pintor algarvio Joaquim José Rasquinho. Frisa-se ainda a beleza dos quatro altares laterais da igreja, dois de estilo Rococó e dois de estilo Neoclássico, e da imagem em roca de São José, de estilo Barroco, tida como miraculosa desde 1721.
A Igreja de São José de Tavira possui órgão de tubos.
Fonte: VisitAlgarve
Igreja do Carmo
A Igreja da Ordem Terceira do Carmo é um edifício de arquitetura religiosa construído entre 1747 e 1789 que obedece à tipologia característica da época: nave única com planta de cruz latina coberta por abóbada de berço. A fachada, claramente tardo-barroca, apresenta um grande janelão sobre o vão da entrada principal e um frontão típico deste período.
No interior, há um magnificente conjunto de altares em talha, entre os quais o exemplar colocado na Capela-mor, considerado o mais interessante retábulo Rococó do Algarve. Neste altar, além da qualidade da talha, observam-se diversas imagens em nichos, um cadeiral, quatro telas e uma cúpula pintada em perspetiva com a representação de Nossa Senhora do Carmo no centro.
Fonte: VisitAlgarve
A Igreja da Ordem Terceira do Carmo possui órgão de tubos.
Montra do órgão
Igreja Matriz de Santiago
Situada na zona antiga, a Igreja de são Tiago é um edifício religioso medieval, construído na segunda metade do século XIII. templo de nave única com Capela-mor e várias capelas laterais, a igreja possui um conjunto de retábulos em talha de boa qualidade e quatro tábuas de pintura quatrocentista e quinhentista que representam São João Batista e São Pedro, e São Vicente e São Brás. A fachada principal denota a campanha de obras da segunda metade do século XVIII, consequência direta do terramoto de 1755, tendo especial interesse o medalhão com trabalhos de massa em que surge representado São Tiago a cavalo.
Em 2020, 13ª Edição do Festival de Órgão Algarve ’20, organização da Associação Música XXI, decorreu em igrejas de Faro (Sé, e Igreja do Carmo), Portimão (Igreja Matriz), Loulé (Igreja Paroquial de Boliqueime) e Tavira (Igreja de Santiago).
A Igreja Paroquial de Santiago possui um órgão de tubos histórico (positivo de armário).
Órgão de armário no coro alto
Vista lateral e fole
Montra
Estante e manual
Portada
Portada
Pedais
Fole
FOI NOTÍCIA
No Algarve Digital lia-se a 28 setembro 2006, que a 1 de outubro, domingo, Dia Mundial da Música, pelas 21h30, a Igreja de São Tiago, em Tavira, inauguraria o novo órgão com um concerto pelo organista Gyula Szilágyi, acompanhado por Teresa Matias em flauta e tambor renascentista.
Trata-se de um órgão de armário construído por Joaquim Peres Fontanes, em Lisboa, na segunda metade do século XVIII, recuperado pelo mestre-organeiro Dinarte Machado. Era o segundo órgão restaurado, recentemente, na cidade de Tavira, após a concretização da intervenção no órgão da Igreja da Misericórdia.
Foi feito um investimento de €61.451,90, o qual foi suportado pela Câmara Municipal de Tavira e pelo IPPAR, em partes iguais (€30.725,96). A par disso, foram, ainda, gastos com a firma K4-Conservação e Restauro (para restauro da caixa do órgão) €7.425,60.
Festival de Órgão do Algarve
As igrejas de Santiago e da Misericórdia de Tavira estão incluídas entre os espaços que acolhem o Festival de Órgão do Algarve.