Vizela e os seus músicos
Músicos naturais do (atualmente) Concelho de Vizela
O Musorbis tem como objetivo aproximar dos munícipes os músicos e a música da terra. De momento, constam os seguintes nomes:
- Inês Ferreira (flautista, 2000-)
- Joaquim Ribeiro (maestro)
Falecidos
- Joaquim Chicória (maestro, 1874-1951)
- Frei Domingos de São José Varela (musicólogo, (1762-1834)
- Lourenço Alves Ribeiro (regente, 1899-1993)
Inês Ferreira
Inês Pinto Ferreira nasceu a 15 de março de 2000, sendo natural de Vizela. Iniciou os estudos musicais aos 10 anos na Academia de Música da Sociedade Filarmónica Vizelense. Um ano mais tarde, ingressou na classe de Flauta da mesma instituição, lecionada pelas professoras Sara Marques e Salomé Ferreira. Posteriormente, estudou com Gil Magalhães no atual Conservatório de Guimarães.
Ao longo do seu percurso, teve a oportunidade de trabalhar com os maestros Vítor Matos, Cesário Costa, José Ferreira Lobo, Artur Pinho Maria e David Bruchez-Lalli, em orquestras como a Orquestra Sinfónica Ensemble, Orquestra Ópera no Património e a Orquestra de Guimarães. Em 2021 foi admitida na Orquestra Académica da Filarmónica Portuguesa.
Participou em diversos concursos, tendo sido premiada com o segundo lugar no 14º Concurso Internacional de Santa Cecília (2012), no 5º Concurso Internacional de Sopros do Alto Minho em Ponte de Lima (2017) e no Concurso Internacional Terras de la Salette (2018).
Participou também em classes de aperfeiçoamento com os professores Olavo Barros, Luís Meireles, Peter Stark, Marcos Fregnani, Nuno Inácio, Stefano Parrino, Stephanie Wagner e José-Daniel Castellon.
Inês Ferreira faz ainda parte do Quinteto Sinestesia. Com este grupo, do qual é membro desde a sua criação, teve a possibilidade de ser laureada com um Segundo lugar no “VI Odin International Music Online Competition” (Dublin, Irlanda), com uma Menção Honrosa no “II ISCART Competition” (Lugano, Suíça), com o Primeiro lugar no “The 4th International Moscow Music Competition” (Moscovo, Rússia) e com o Terceiro lugar no “Marker And Pioneer International Music Competition” (Los Angeles, Califórnia, EUA). Todos estes prémios foram atribuídos na categoria de música de câmara, nas idades compreendidas entre os 18 e 25 anos. O grupo terminou a cadeira de música de câmara com nota de 20 valores.
Atualmente, estuda na Universidade do Minho com o professor Gil Magalhães.
José Marques
José Manuel Oliveira Marques iniciou os estudos musicais por incentivo do pai, Manuel Guerra, aos 10 anos, na Escola da Sociedade Filarmónica Vizelense, tendo como professor, Manuel Joaquim Ferreira da Costa. Como trombonista, fez parte de vários grupos de música de câmara, entre eles um quinteto de metais que participou no concurso da juventude musical portuguesa em 1988, tendo vencido a eliminatória do distrito de Braga e sido apurado para a final nacional em Lisboa.
Nos anos 80/90 gravou um CD e um Single com o grupo pop-rock, MLJ4, que contou com participações em diversos canais televisivos. Participou num estágio com a orquestra Nova Filarmonia Portuguesa em 1990. Membro integrante da Banda da Sociedade Filarmónica Vizelense até 2000, chegou a incorporar esporadicamente outras bandas filarmónicas do norte do país, sob a batuta de vários maestros. O seu primeiro curso de Direção data de 1990 e foi realizado sob orientação dos maestros Aurélio Pinho, Agostinho Caineta, Silva Dionísio, Luís Rego, entre outros.
Participou em variadíssimos cursos de aperfeiçoamento e seminários de Direção, em Portugal e na Europa onde tomou contacto com maestros e professores como George Hurst, Robert Houlihan e António Saiote. Frequentou o curso de Direção de Orquestra de Canford, Inglaterra, com o Maestro George Hurst, assistido pelos maestros Rodolfo Saglimbeni, Denise Ham e Robert Houlihan.
É maestro da Banda de Música da Sociedade Filarmónica Vizelense, desde 2000. Lecionou na Academia de Música desta associação, a classe de trombone durante 10 anos. Fundou e dirigiu a Orquestra Ligeira de Vizela da S. F. V. em 2000 até 2010. Sob a sua orientação, a Banda da Sociedade Filarmónica Vizelense conta com dezenas de atuações anuais por todo o país e com as primeiras participações internacionais. Dirigiu a banda nos seus três trabalhos discográficos, Chicória, editado em 2007, Murmúrios do Vizela em 2011 e Ver Ouvir e Calar em 2016. Edições compostas com obras exclusivamente do Compositor Vizelense Joaquim da Costa Chicória, as exceções são a gravação do Hino de Vizela do compositor Manuel Ribeiro da Silva, em versão instrumental e coral. Frequentou, de 2006 a 2010, o Curso Livre de Direção de Orquestra na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto (ESMAE), com António Saiote, que continua a ser seu orientador na arte da direção de orquestra. Foi Membro da Comissão Instaladora da Escola Oficial de Música de Vizela, em 2009, da qual é atualmente diretor pedagógico em forma colegial.
É licenciado em Música, curso de Ciências Musicais pela Universidade do Minho e Pós-graduado em Ópera – Estudos Músico Teatrais variante de direção de orquestra pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) onde teve oportunidade de trabalhar relevantes óperas de vários períodos da História da música: The Fairy Queen, de Henry Purcell; A flauta Mágica, de Wolfgang Amadeus Mozart e L’enfant et les sortilèges, de Maurice Ravel.
Nestas óperas teve oportunidade de trabalhar com os encenadores Peter Konwitschny, Sara Erlingsdotter, transversalmente orientado por António Saiote sob coordenação de António Salgado. É Mestre em Ensino de Música, variante Ciências Musicais pela Universidade do Minho. É doutorando, em Educação Artística na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP).
HISTÓRIA
António Costa Vieira (16 de outubro de 1925-23 de julho de 2014), foi um antigo maestro da banda da Sociedade Filarmónica Vizelense e ex-orientador do Grupo Coral de S. Miguel.
Costa Vieira deixou descendentes na banda de Vizela como o seu filho Guilherme Vieira e os seus netos Eduardo Vieira e Helena Vieira. Foi homenageado em 2009 pelo Município de Vizela pela sua dedicação à causa musical. Em 2000-2001 tinha sido homenageado pelo Rotary Club de Vizela juntamente com Renato Costa.
Depois da Banda Velha ter sido desativada, alguns dos elementos transitaram para a Sociedade Filarmónica Vizelense que ficou momentaneamente reforçada, Costa Vieira tomou conta da regência levando-a a bom porto, até 1983, ano em que a Sociedade Filarmónica Vizelense se oficializou definitivamente. Em 1984, Costa Vieira foi substituído pelo maestro Joaquim Ferreira da Costa. Ao fim de quatro anos, Ferreira da Costa assumiu por inteiro as suas funções na Banda da GNR de Lisboa e a banda vizelense, vendo-se sem maestro, recorreu novamente aos serviços de António Costa Vieira que por amor à Banda aceitou regressar com o compromisso de rápida transição. Seria rendido por um “aluno” seu, o atual maestro José Manuel Marques Guerra.