Águeda e as suas filarmónicas
Filarmónicas de Águeda
História, bandas e atividades no Concelho
- Associação Filarmónica de Óis da Ribeira
- Associação Musical e Recreativa Castanheirense
- Banda Marcial de Fermentelos
- Banda Nova de Fermentelos
- Orquestra Filarmónica 12 de Abril
- Sociedade Musical Alvarense
- UBA – União de Bandas do Concelho de Águeda
Associação Filarmónica de Óis da Ribeira
Tuna Musical de Óis da Ribeira comemorou, a dia 22 de novembro de 2003, o 106º. aniversário, juntando, no salão do restaurante Pôr do Sol, cerca de duas centenas de pessoas, que se quiseram associar a esta data festiva e que não deixaram de dar o seu contributo para a instituição.
Associaram-se ao evento, Horácio Marçal (presidente da Assembleia Municipal de Águeda), Pinto Galvão (vice-presidente da Câmara Municipal), as vereadoras Nair Barreto e Jacinta Almeida, Fernando Pires (presidente da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira), Augusto Gonçalves (presidente do Conservatório de Música de Águeda) e José Lopes e João Neves (presidente da direção e maestro da Banda Nova de Fermentelos, respetivamente), entre outras individualidades e muitos amigos da Tuna, irmanados no mesmo sentimento de paixão pela música e pela mais antiga e já centenária instituição de Óis da Ribeira.
Jorge Élio Framegas, presidente da assembleia geral e responsável pela escola de música, afirmou estar “a negociar uma nova viagem da Tuna ao estrangeiro” – depois do grande êxito que foi, em Junho de 2002, a primeira digressão internacional da Tuna ribeirense, então ao Luxemburgo, nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.
A vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Águeda, Nair Barreto, trazia no bolso uma “prenda” de Natal antecipada para a Tuna de Óis da Ribeira – um cheque de 7 500 euros (1500 contos). A autarca começou a sua intervenção com palavras elogiosas para as duas instituições da freguesia: “A Tuna e a ARCOR são duas referências emblemáticas desta freguesia”, disse Nair Barreto, frisando também que “a Tuna tem 106 anos e trabalhado na defesa da cultura, estando no bom caminho, sendo prova disso o facto de ter sede própria, assegurando, assim, o futuro da instituição”.
A autarca anunciou, depois, que trazia no bolso “um cheque de 7500 euros para ajudar a Tuna na aquisição de instrumentos musicais”. Jorge Élio Framegas entregou, depois, seis novos instrumentos: um soprano, uma bateria eletrónica e quatro violas, “os tais instrumentos que nos faziam tanta falta e que, hoje, vão ser ouvidos pela primeira vez em público”.
Fonte: Óis da Ribeira
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Associação Musical e Recreativa Castanheirense
A Associação Musical e Recreativa Castanheirense, no lugar de Falgoselhe da freguesia de Castanheira do Vouga, foi fundada em data desconhecida. Sabe-se apenas que a primeira atuação foi a 8 de dezembro de 1896 na festa da Imaculada Conceição no pequeno lugar de Avelal de Baixo, da freguesia. Na década de 1930, a sede da Banda foi transferida para o lugar de Castanheira do Vouga, sede da freguesia, de onde eram maioritariamente os executantes. Construiu sede própria, concluída e inaugurada em 1974.
Em 1989, obteve novo instrumental, com a colaboração da Câmara Municipal de Águeda e do benemérito Comendador Almeida Roque. Imprimiu-se nova dinâmica à Banda e reestruturou-se a Escola de Música que começou a dar os frutos. A Banda é hoje composta por cerca de 50 elementos, cuja média de idades ronda os 20 anos, dos quais a grande maioria frequentou a Escola de Música da Banda. Em 2001, deslocou-se ao Luxemburgo, para participar nas comemorações do dia de Portugal e das Comunidades. Nesse ano gravou o primeiro CD, intitulado “Sons d’Aldeia”, que contém algumas obras do seu repertório. Em 2005 lançou o segundo disco, “Edição Histórica – 109 anos”. Castanheira do Vouga é uma freguesia pequena e dispersa, com cerca de 700 habitantes.
Banda Marcial de Fermentelos
A Banda Marcial de Fermentelos, Filarmónica Fermentelense, Banda Velha ou ‘Rambóia’ como também é conhecida, foi fundada em 1868, pelo Padre Alexandre Moreira da Silva Vidal, e tem sede na freguesia de Fermentelos. Participou em certames musicais que regularmente se realizaram nas décadas de 30 a 50 do século passado, em todo o distrito de Aveiro. Participou inúmeras vezes em festivais organizados pela então designada FNAT- Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho, ficando célebres as atuações realizadas em Coimbra, Aveiro e Porto.
Realizou concertos no Pavilhão dos Desportos (Lisboa), no Festival de Vigo (1983), em Estrasburgo (2000), nos ciclos intitulados “Bandas em Concerto” organizados pela Delegação Regional de Cultura do Centro (2006, 2007, 2008 e 2011), nos Festivais Internacional de Bandas Amadoras em Cascais (2001), Ibérico de Bandas Civis em Palmela (2002), Internacional de Bandas e Fanfarras de Alhandra (2003) e Certame Internacional de Bandas de Boqueixon (2008 e 2009).
Da sua participação em concursos de bandas, destacam-se o 3º Prémio na Categoria I obtido no 1º Concurso Internacional de Vila Franca de Xira (2006), assim como o 2º lugar na Secção em que participou (a 2ª) alcançado no 123o Certame Internacional de Bandas de Música “Cidade de vVlência– 2009”. Foi a primeira Banda Filarmónica amadora a atuar na Sala Guilhermina Suggia, da Casa da Música no Porto (2007)”. Em 2008 participou no concerto intitulado “Alma – Cantata Profana”, de Luís Cardoso, um tributo de homenagem ao político aguedense Manuel Alegre, concerto que teve a participação da mezzo-soprano Margarida Reis e dos oito grupos corais do concelho de Águeda, em espetáculos que juntaram no mesmo palco cerca de 450 pessoas.
Do seu historial constam 9 registos discográficos: “Banda Velha” (1999), “Rambóia” (2000), “Marcial de Fermentelos” (2005), “The Music Of Luís Cardoso” (2007), “Alma – Cantata Profana” (2008), “123o Certamen de Bandas de Musica de Valencia” (2009), “Honoris Causa” (2011), “Flores de Papel” (2013), e “5o Concurso de Bandas de Vila Franca”.
A Marcial tem um repertório diversificado, desde o mais popular (que inclui marchas, rapsódias, obras ligeiras e transcrições de orquestra), até ao mais clássico (que inclui obras contemporâneas para banda, algumas das quais exclusivamente compostas para a instituição).
A 28 de outubro de 2001, a direção da Banda homenageou com uma placa evocativa os maestros Manuel José de Oliveira (1877-1899 (e seu filho José de Oliveira Pinto de Sousa (1899-1909), respetivamente trisavô e bisavôs de André Granjo, “gesto simples mas significativo de reconhecimento para com dois dos três maestros “Oliveira” que dirigiram a banda.”
No ano de 2009, a Banda procedeu à apresentação do livro “A Rambóia”, da autoria do jornalista e escritor Alfredo Barbosa, que conta a história dos 140 anos da coletividade mais antiga do concelho de Águeda.
A formação atual da Banda Marcial de Fermentelos integra cerca de setenta elementos, a maioria dos quais iniciou a formação na Escola de Música da instituição, dando-lhe sequência em conservatórios, escolas profissionais e universidades, quer nacionais quer estrangeiras. Alguns ex-alunos servem o País como docentes em escolas de música, ou como músicos em orquestras sinfónicas, bandas civis e militares, e diversos agrupamentos musicais de elevado nível.
Banda Nova de Fermentelos
A Banda Nova de Fermentelos foi fundada em 1921. Tem cerca de oito dezenas de elementos, na sua esmagadora maioria formados na própria Banda. Dirigida desde a sua fundação pelo Maestro Jeremias Pires Brigeiro, teve como continuadores os maestros João Dias, José de Oliveira, Artur Nunes Bártolo, Daniel Pires da Rosa, António Duarte Neves, António Pepino e João Neves. Desde 2014, é dirigida pelo maestro e professor Orlando Rocha.
Ao longo da sua história, tem sido solicitada para atuações em todo o território nacional e até no estrangeiro, para festas religiosas e romarias populares, cerimónias oficiais, espetáculos, programas de televisão. Nos últimos 20 anos publicou 17 CD, duplo um deles, e 1 DVD.
Orquestra Filarmónica 12 de Abril
A “Banda 12 de Abril” foi fundada em 1925 por um pequeno grupo de músicos amadores, orientados por Ludgero Pinheiro, o qual viria a ser o seu primeiro maestro. A associação completou em Abril, 94 anos de atividade ininterrupta, tendo feito uma transformação profunda nas suas estruturas a partir de 1980. Foi nesta data que contratou pela primeira vez um músico profissional para a direcção artística:João Duarte Neves, Sargento da Banda da Guarda Nacional Republicana.
Nesta data construiu o edifício da sede social, com 900 m2 divididos por 2 pisos, que atualmente compreende a mediateca Amílcar Morais, salas para secretariado e direção, a sala de ensaio da orquestra e duas salas para espetáculos e convívios, onde habitualmente se desenvolve toda a vida social da associação.
A Escola da Banda, agora “Oficina de Orquestra”, teve como primeiro diretor o Maestro António Gomes, exímio executante de oboé, nomeadamente na Orquestra da RDP. Atualmente, e sob orientação do Coordenador Luís Nogueira, integra cerca de 50 alunos a partir dos 6 anos que aprendem de forma gratuita as primeiras lições de música e instrumentos como flauta transversal, oboé, fagote, clarinete, saxofone, trompete, trombone, trompa, bombardino, tuba e percussão.
A “Oficina de Orquestra” funciona desde 2006 num edifício contíguo à sede, dedicado e especificamente preparado para o efeito. Passaram pela Direção Artística desta Banda o Comandante José Araújo Pereira, ex-Maestro da Banda da Armada Portuguesa e o Capitão Amílcar Morais, autor de inúmeras composições que fazem parte do reportório da “12 de Abril”. Atualmente a Direção Artística da “12 de Abril” pertence ao Maestro Pedro Neves e ao Maestro Luís Cardoso. A “Orquestra Filarmónica 12 de Abril” sucedeu à Banda com o mesmo nome para evitar certas confusões com as “bandas” (pequenos agrupamentos) que proliferam no país e conta atualmente com cerca de 70 executantes.
Do seu vasto reportório fazem parte inúmeras obras clássicas e contemporâneas de todos os períodos e géneros musicais. Da sua atividade musical destacam-se as inúmeras participações em festas, romarias, concertos, certames musicais e atuações de grande produção com cantores de renome como Luís Portugal (Jáfumega), Jorge Palma, Sérgio Godinho, Manuela Azevedo, Budda Power Blues & Maria João, Tim e Luís Represas.
A nível internacional destacam-se três digressões ao Brasil (1999, 2001 e 2003), uma aos Estados Unidos da América (2000) e uma à Suíça (2015) a convite das Comunidades Portuguesas aí radicadas. Tem atuado também com regularidade em diversas zonas da Galiza – Espanha. Em 2019 fez uma digressão aos Açores a convite da Sociedade Filarmónica Lira Madalena da Ilha do Pico.
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Sociedade Musical Alvarense
Mais conhecida por Banda Alvarense, a Sociedade Musical Alvarense foi fundada em 1905 por um grupo de naturais de Casal de Álvaro. O primeiro maestro foi João Gonçalves, músico reformado da Banda do Exército. De 1905 a 1924 a Banda desenvolveu a atividade normal da época, atuando em romarias desde o concelho de Águeda a outras paragem pelo distrito fora.
Manteve-se durante os tempos, firme e determinada a atingir os objetivos a que se propusera, continuando viva a ativa até aos dias de hoje. Tem Estatuto de Utilidade Pública. Tem escola de música frequentada por mais de 30 alunos e é composta por 58 elementos, 90% com idade inferior a 30 anos, quase todos a estudar em conservatórios de música de grau médio e superior. A Banda é dirigida pelo maestro Abílio Liberal.
UBA
A UBA – União de Bandas do Concelho de Águeda é constituída pela Orquestra Filarmónica 12 de Abril, Banda Alvarense, Banda Marcial de Fermentelos, Banda Nova de Fermentelos, Banda Castanheirense. Em 2006, após 19 anos de realização ininterrupta do Festival da União de Bandas, a UBA cancelou o evento desse ano atribuindo a responsabilidade à inoperância da Câmara Municipal de Águeda.