Alcochete e os seus músicos
Músicos naturais do concelho de Alcochete
Projeto em desenvolvimento, o Musorbis tem como objetivo aproximar dos munícipes os músicos e o património musical.
- Armando Crispim (contrabaixo)
- Fernando Ramos (maestro)
- Jorge Taneco (maestro)
- José Redinha (etnólogo, 1905-1983)
- Manuel Gomes da Mestra (1906-1986)
Armando Crispim
Armando José Crispim, contrabaixista, nasceu em Alcochete em 1931 e morreu em 2022. Primo direito do Padre Crispim, Armando fez a instrução primária na escola do Rossio com o professor João Santos Nunes. Recebeu as primeiras noções de música do músico e alcochetano Manuel Gomes da Mestra (1906-1986) no antigo edifício da Sociedade que Armando considerava a sua segunda casa. Colaborou com a Banda de Alcochete dos 13 aos 40 anos. O seu primeiro instrumento foi trompete (solista). Depois tocou trombone e também bombardino. Foi mestre da banda da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense.
Aos 21 anos, Armando Crispim ingressou na Banda do Regimento de Infantaria n.º 1 de Lisboa, onde permaneceu até aos 23 anos. Em seguida, concorreu à banda da Guarda Nacional Republicana (Lisboa) que o admitiu e reteve durante 28 anos. Cumulativamente às actividades profissionais, Armando Crispim estudou 10 anos no Conservatório, finalizando o seu curso de contrabaixo de cordas com 18 valores e acabando por ser convidado para professor do mesmo instrumento na referida instituição (1970).
Armando Crispim fez parte da Orquestra Filarmónica de Lisboa na qualidade de convidado para o cargo de solista A. Com esta mesma categoria, mais tarde, também fez parte da Orquestra Sinfónica do Teatro Nacional de São Carlos. Colaborou várias vezes com a Orquestra Gulbenkian.
Trabalhou vários anos, em cursos separados, com o mestre austríaco contrabaixista Ludwig Streicher (1920-2003). Em Estocolmo, no dia 8 de Dezembro de 1985, «Armando Crispim, contrabaixista da Orquestra Sinfónica do Teatro Nacional de São Carlos, e Carlos Alberto Fontes, violinista da Orquestra Sinfónica da RTP, são os […] dois embaixadores [de Portugal] na Filarmónica Mundial» (“Telestar”, n.º 3, Nov., 1985). Segundo o testemunho de Armando Crispim, eram 110 músicos de 55 países.
José Redinha
José Redinha (1905-1983) foi etnógrafo e funcionário da administração colonial portuguesa em Angola. Não teve formação universitária durante a juventude e trabalhou como funcionário no Posto Administrativo do governo colonial português na localidade de Chitato (Angola).
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