Almada e as suas filarmónicas

Sociedade Filarmónica Incrível Almadense

Filarmónicas de Almada

História, bandas e atividades no Concelho

[ No que se refere às filarmónicas, o projeto Musorbis está apenas a começar, sendo previsível que até ao final do ano todas as bandas possam estar na plataforma. O processo pode ser acelerado com a cooperação dos interessados no que se refere a historiais e fotografias em falta. ]

  • Banda dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas
  • Banda Filarmónica da Academia de Instrução e Recreio Familiar Almadense
  • Sociedade Filarmónica Incrível Almadense (SFIA)
  • Sociedade Filarmónica União Artística Piedense (SFUAP)
  • Sociedade Recreativa Musical Trafariense (SRMT)
Banda dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas

Para comemorar o 100º aniversário da associação fundada em 15 de Janeiro de 1890, o Comandante Serra tomou a iniciativa de formar uma Banda de Música. A escola de música teve inicio em 1980, com cerca de 45 alunos com idades entre 7 e os 25 anos, com instrumentos oferecidos por um grande benemérito da Associação, António Xavier de Lima. A primeira atuação realizou-se na inauguração do novo quartel dos B.V.C, a 9 de dezembro de 1990,sob a regência do Maestro Hernâni Nabeiro.

BAHBVC

Banda dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas

Banda dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas

Durante os primeiros anos de atividade, até 1997, fez vários serviços por diversas partes do País como festivais de bandas e intercâmbios culturais, concertos e guardas de honra a entidades governamentais. Em 1994 participou no programa 123 da R T P. Em 1995 participou no programa dos Santos Populares em direto para a RTP 1 e RTP Internacional.

Em 1998, após um período de estagnação, a banda foi reorganizada devido ao empenho do Comandante Clemente Mitra, que confiou essas tarefas ao Maestro Jorge Pereira, assim como todo o funcionamento da escola de música. Em 2000, a banda deslocou-se a Ponta Delgada,  Açores, num intercâmbio cultural, organizado pelo INATEL.

Em 2001, por motivos de saúde, o Maestro Luís Ramalho regeu a banda durante cerca de 6 meses, tendo no final de 2001 integrado a banda o Maestro Vítor Cravo Lopes, atual diretor artístico e professor da escola de música. A banda tem como professor de percussão Luís de Freitas, professor e regente de banda.

Banda Filarmónica da Academia de Instrução e Recreio Familiar Almadense

A Academia de Instrução e Recreio Familiar Almadense nasceu a 27 de março de 1895. José Maria de Oliveira, comerciante e músico amador, que tinha sido tanoeiro de profissão, com um grupo de amigos, fundou a Academia. Foi criada uma Escola de Música sob a direção de Artur Ferreira, primeiro Maestro, ao lado de uma escola primária. Passado um ano surgiu a primeira apresentação da Banda composta por 22 figuras.

Septimino Feminino de Saxofones

Septimino Feminino de Saxofones

Septimino Feminino de Saxofones

A atividade musical dividiu-se em vários ramos: Banda Filarmónica, Orfeão, Coro Infantil, Teatro/Revista, agrupamentos musicais, dando-se destaque à Orquestra de Saxofones e à Orquestra de Jazz e ainda o famoso Septimino Feminino de Saxofones constituído por 7 jovens, que no seu tempo foram o orgulho desta Casa. A extraordinária atividade musical vivida nas décadas de 1920 a 1960, deve-se a uma plêiade de bons músicos, mas sobretudo ao Maestro Leonel Duarte Ferreira, expoente máximo da vida musical desta coletividade e ao seu irmão o dedicado e fidelíssimo Maestro Hilário dos Santos Ferreira.

A Banda foi dirigida por Artur Ferreira de Paiva, Castro Vieira, Manuel Inácio da Encarnação, José Lourenço, Francisco Matos, Leonel Duarte Ferreira, Hilário Santos Ferreira, Filipe Sabino da Conceição, António das Neves Ramalho, Manuel Jerónimo e desde 2011 pelo Maestro Francisco Pinto.

Grande parte da história da coletividade pertence à atividade musical, sendo a Banda a embaixadora por excelência e o pólo do seu crescimento sustentado durante os 125 anos da sua vida. A ela estão ligados os mais belos momentos de sempre da identidade musical da AIRFA e das suas atuações mais recentes podemos dizer orgulhosamente que mereceu os aplausos e cumprimentos públicos de entidades como o ex-Presidente da República Portuguesa Jorge Sampaio, o Prémio Nobel da Literatura José Saramago e o ex-Presidente da República de Timor-Leste, Xanana Gusmão e atuou em palco, em 2012, com o cantor português António calvário e, em 2018, com a cantora Rita Guerra. A Banda tem como diretor das Atividades Musicais o músico César Melo.

Sociedade Filarmónica Incrível Almadense

A Sociedade Filarmónica Incrível Almadense foi fundada a 1 de outubro de 1848. Com ela foi criada a Banda Filarmónica, a mais antiga do concelho, na sua origem composta maioritariamente por tanoeiros. Visando a formação humana integral,  a Incrível viu inúmeras vezes reconhecido o seu trabalho em prol da cultura, do recreio e do desporto, tendo recebido o Grau de Oficial da Ordem de Benemerência (1940); a Medalha de Ouro de Instrução e Arte, pela Federação Portuguesa das Coletividades de Cultura e Recreio (1954), da qual é o sócio n.º 280; o estatuto de Coletividade de Utilidade Pública (1980); a Medalha de Ouro da Cidade de Almada (1989); Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique (1993); Membro Honorário da Ordem da Liberdade (1998).

SFIA

Sociedade Filarmónica Incrível Almadense

Sociedade Filarmónica Incrível Almadense

Com a Banda em atividade ininterrupta desde 1848, nela se formaram centenas de músicos. Conta no seu historial com a regência de 25 maestros. Foi inicialmente dirigida pelo maestro Pavia (até 1872). Foi dirigida por ilustres maestros como os de Amadeu Stoffel, José António Gonçalves, Manuel da Silva Dionísio ou António Gonçalves.

Contando com inúmeras atuações de carácter diverso e com um vasto repertório, a banda da Incrível foi muitas vezes noticiada na imprensa. Após reestruturação, a banda é atualmente composta por 40 músicos e tem a funcionar uma escola com cerca de 30 alunos. É dirigida pelo Maestro David Correia desde 2000.

Sociedade Filarmónica União Artística Piedense (SFUAP)

A Sociedade Filarmónica União Artística Piedense foi fundada a 23 de outubro de 1889.

Em 2020, a União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas dirigiu “uma viva, calorosa e fraternal saudação à Sociedade Filarmónica União Artística Piedense pelo seu 131º Aniversário, assim como aos seus Dirigentes, Trabalhadores e Associados”.

Saudamos o vosso empenho e dedicação, os quais dão vida ao Movimento Associativo Popular, que se traduz numa expressão da acção social das populações nas áreas da cultura, do desporto, do recreio, da educação, do património, uma expressão da consciência cívica, da criatividade e do talento das massas populares, assumindo-se como elemento valioso da qualidade de vida da nossa população!

Sociedade Recreativa Musical Trafariense

A Sociedade Recreativa Musical Trafariense é um clube fundado em 8 de maio de 1900, na freguesia da Trafaria, concelho de Almada, distrito de Setúbal. Foi fundada por um grupo de trafarienses com prestígio e influência social. Com o nome inicial de Sociedade Musical Trafariense, a sua principal finalidade era promover a cultura musical através da Banda de Música, bem como estabelecer convívios sãos entre a população, principalmente através do abrilhantamento das festas populares tradicionais, de carácter religioso ou profano.

SRMT

Sociedade Recreativa Musical Trafariense

Sociedade Recreativa Musical Trafariense

Em 1903, o rei D. Carlos I visitou a Trafaria para proceder à cerimónia da colocação da 1ª pedra para a construção do quartel onde se encontra hoje o BISM, que foi anteriormente sede do Regimento de Artilharia de Costa nº. 1. Foi a fanfarra da Sociedade Musical Trafariense que marcou o ponto alto na brilhante receção ao monarca. Florêncio José Martins, que encabeçava a Direcção e era das principais figuras que tinham preparado a receção, aproveitou a ocasião e pediu ao Rei o título de Real para a sua Sociedade, o que foi concedido, passando a denominar-se Real Sociedade Musical Trafariense.

A coletividade manteve esse nome até à implantação da República, em 1910. Com o advento do novo regime, e talvez por outras razões, passou o “R” de Real ao de Recreativa, passando a chamar-se Sociedade Recreativa Musical Trafariense, designação que mantém. Respeitando os objetivos e fins da sua criação, ensino e divulgação da música, mantém-se em funcionamento a Escola e a Banda de Música.

Aproveitando as recentes instalações, alargaram-se as atividades ao Desporto e ao Lazer, com aulas de Artes Marciais e Danças de Salão. Ainda dentro do objetivo principal da fundação, desde o ano letivo 2003/2004, acolheram-se nas suas instalações a Academia de Música de Almada, Conservatório Regional de Música, com paralelismo pedagógico e autorização definitiva de funcionamento.

A Banda atuou em concertos dos arraiais, procissões e romarias, e festas dos arredores. Durante a época balnear, no tempo em que a Trafaria tinha uma das mais frequentadas praias dos arredores de Lisboa, abrilhantava festas náuticas e de regatas de vela. Em meados dos anos 40, a Banda desorganizou-se e quase desapareceu e, a partir de 1967, um grupo de trafarienses restaurou-a.

A Banda é composta por músicos maioritariamente preparados na Escola de Música da Coletividade. Participa em vários concertos anuais, encontros de bandas, procissões e outros eventos, tanto na Trafaria como em outras localidades. É dirigida pelo Maestro Carlos Reinaldo dos Santos Antunes Guerreiro. Jazz, Latino & Rock é o título do trabalho que a Banda (com a participação de alguns músicos convidados) gravou, produziu e editou, em CD e Cassete, em 2003.