Arouca e os seus músicos
Músicos naturais do Concelho de Arouca
Projeto em desenvolvimento, o Musorbis tem como objetivo aproximar dos munícipes os músicos e o património musical.
- Ângelo Martingo (piano)
- António Costa (trompa)
- Fernando Valente (composição, 1952)
- Rui Correia (flauta, 1977)
Ângelo Martingo
Natural de Moldes, Ângelo Martingo é Doutor em Filosofia (Sheffield); Mestre em Music in performance (Reading); e tem a Licenciatura em Música (École Normale de Musique, Paris). É Professor Auxiliar da Universidade do Minho, onde leciona Sociologia da Música. Os seus interesses de investigação centram-se na dimensão social e comunicativa da produção, interpretação e receção musical (teoria crítica, expressão, cognição). As suas publicações mais recentes incluem Razão, Expressão e Cognição nas Práticas Musicais: Composição, Interpretação, Receção (Húmus, 2018), A Música e o corpo (Co-ed., Letras&Coisas, 2018), e Musica Instrumentalis (Co-ed., Húmus, 2019), Musica Humana (Ed., Húmus, 2020).
Fernando Valente
Natural de Moldes, Fernando Valente diplomou-se em Composição no Conservatório de Música do Porto, fez formação complementar em Organização e Desenvolvimento Curricular na ESE do IPP, assim como outras formações na área musical.
Como compositor, tem tido uma produção diversificada, com músicas escritas para instrumentos solistas, para grupos de câmara variados (duos, trios, quartetos, quintetos) e para orquestra; obras para canto e piano; obras para coro a capella e com acompanhamento instrumental em diversas formações, incluindo orquestra; música de cena.
Tem um amplo conjunto de composições para grupos infanto-juvenis. Presta particular atenção ao património musical português, com dezenas de arranjos sobre melodias tradicionais.
Tem colaborado em iniciativas de relevo ao longo dos anos. São de assinalar as composições recentes para apresentação da obra de Antonio Tabucchi, nos dez anos da sua morte; a composição de um conjunto de obras para a comemoração dos 700 anos da morte de Dante, com diversas apresentações no Porto, em Roma (Società Dante Alighieri), Madrid e Vigo; a composição de obra coral-sinfónica para o Cabido Portucalense.
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Rui Correia
Rui Correia nasceu em Arouca. É professor convidado do I.S.E.I.T-Viseu, Instituto Piaget (Portugal), da Universidade Federal de Alagoas (Brasil) e docente do quadro do Ministério da Educação (Portugal). É profissionalizado em Ensino da Música pela Universidade de Aveiro em 2005. Concluiu o Master of Arte in Music, em 2007.
Estudou com os professores, Valdemar Noites, Maurício Noites, Estvan Matuz,Patrick Gallois ,Estvan Matuz, Felix Rengli, Iwone Saiotte, Olavo Barros, Jorge Correia, Angelina Rodrigues, Luis Meireles, Jorge Caryevschi. Possui o Certificado Profissional de Formador nas áreas de música e formação de professores, acreditado pelo conselho científico da Universidade do Minho.
Como instrumentista tem-se apresentado em várias formações orquestrais em Portugal, Espanha, França e Brasil.
É Fundador da (APF) Associação Portuguesa de Flauta.
Desempenhou funções de Coordenador da Área da Música no Ministério da Cultura do XVII e XVIII, Governo Constitucional de Portugal.
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HISTÓRIA
Frei Manuel de São Bento
Filho da terra é o organeiro Frei Manuel de São Bento (1683 – 1757). “Foi irmão donato beneditino, natural de Fermelo (Arouca) e veio a falecer no mosteiro de Paço de Sousa (Penafiel), em 1757.
Entrou para a Ordem de São Bento pela “prenda de fazer órgãos”, como consta a sua memória necrológica. Manuel Valença identifica-o como morador na rua dos Biscainhos (Braga), em 1709, com o nome de Manuel da Costa Pinto, nascido em 1683, tendo depois ingressado na Ordem Beneditina. Não podemos precisar que se trate da mesma pessoa.
Exerceu o ofício de organeiro, embora nos Estados da Congregação se refiram a ele como “organista”. Trabalhou no órgão de São Bento da Vitória (Porto), entre 1716 e 1719, e fez outros órgãos “em diversas partes deste Reino, para onde era chamado pelo bom nome”. A Braga, desloca-se a casa-mãe da Ordem (Tibães), em 1729, para fazer o “concerto dos foles do orgam”, onde se refere que se deu “ao Irmão Fr. Manuel organista que veio do Porto para consertar os foles e afinar o órgão: pera seis peles de carneira”.
Em 1732, a Irmandade da Misericórdia do Porto decide mandar fazer um novo órgão, entregando a obra a Frei Manuel, por 280$000. Atribuídos a este religioso beneditino são também os órgãos do Mosteiro de Santo André de Rendufe (Amares), dourados em 1755, que substituíram um anterior ao qual o Abade Geral, na visita que fez ao mosteiro, afirma ser o melhor de toda a Ordem. Também lhe é atribuído o órgão da Colegiada de Barcelos, de 1725, profundamente alterado e deslocado para uma Capela lateral do corpo da igreja.”
(José Alberto Rodrigues)