Batalha e o seu folclore
Folclore na Batalha
Grupos Etnográficos, Tradições e Atividades no Concelho
- Rancho Folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”
- Rancho Folclórico Penedo
- Rancho Folclórico Rosas do Lena
Rancho Folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena”
O Rancho Folclórico “As Lavadeiras do Vale do Lena” do Centro Recreativo da Golpilheira foi fundado em 1989. Está sediado no lugar e freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha e distrito de Leiria e representa o Folclore da Alta Estremadura.
Golpilheira foi, em tempos, um lugar vocacionado para a agricultura. Nas margens do Rio Lena cultivava-se milho, hortas, vinho, azeite e legumes. As danças e cantares foram recolhidos de pessoas nascidas na última década do século XIX. Eram as que “bailhavam” a céu aberto, nas alpenduradas e de portas adentro – nas eiras; nas descamisadas; nos terreiros, pelos Santos Populares; nos serões dos enxovais; nos serões dos casamentos; nas adiafas da vindima e azeitona e na “Casa da Brincadeira”.
Os trajes de trabalho, domingueiro ou de cerimónia, eram os que se usavam a rigor na segunda metade do século XIX. As alfaias, ferramentas e pertences, correspondentes a cada atividade, estão representados no malhador, na ciranda, na vindimadeira, no lagareiro, no abegão, na jantareira, na Lavadeira e no par de noivos pobres. Os instrumentos usados na tocata são os tradicionais da região.
O Rancho é sócio efetivo da Federação do Folclore Português, desde 1996 e sócio fundador da Associação Folclórica da Região de Leiria – Alta Estremadura. Em 2009, foi condecorado com Medalha de Prata do Município da Batalha. Orgulha-se das inúmeras atuações que fez de Norte a Sul do país, mas também da participação em Festivais Internacionais em Espanha, por duas vezes, França e Roménia.
Rancho Folclórico do Penedo
Nascido na antiga aldeia da Quinta do Sobrado, o Rancho Folclórico Penedo foi fundado em 1980, data em que um grupo de jovens deu o primeiro passo para a criação do agrupamento etnográfico e folclórico, convidando os amigos mais chegados. Estes aderiram com agrado à ideia e logo outras etapas surgiram.
Foi necessário fazer recolhas, ensaiar, preparar trajes de forma a apresentar-se o grupo publicamente, logo no mês seguinte, nas comemorações do quinto aniversário do Centro Cultural e Recreativo de Quinta do Sobrado e Palmeiros.
Um conjunto de elementos decidiu que o grupo recém formado se chamaria Penedo (velha rocha situada nas proximidades da aldeia que aparenta ao longe ser um velho castelo e que esconde uma gruta com a qual estão relacionadas lendas de mouras encantadas). Era no Penedo que o povo fazia as suas festas de Domingo até mais ou menos 1960.
O Rancho Folclórico do Penedo representa o folclore da Alta Estremadura e é federado na Federação de Folclore Português desde 1992, sócio da Associação Folclórica da Região de Leiria – Alta Estremadura e na INATEL. Foi considerado Instituição de Utilidade Pública em 1998. Desde 1980, o Rancho Folclórico Penedo tem mostrado em romarias e festivais, de norte a sul de Portugal e também no estrangeiro o seu repertório ou cancioneiro, do qual fazem parte modas como Manel Antóino, Brasileira, Silveirinha, entre outras.
Rancho Folclórico Rosas do Lena
Criado em 1963, o Rancho Folclórico Rosas do Lena constitui uma representação etnográfica do concelho da Batalha e da Alta Estremadura. Enverga trajos de mordomos e oferteiras, almocreves, trajos domingueiros e de trabalho.
Entre as suas danças incluem-se viras e fandangos de expressão estremenha, bailaricos, fadinhos, modas de dois passos, tacões-e-bicos, cirandas. Preserva o jogo do mioto e jogo do pau. Recebeu Medalhas de ouro e prata do Município da Batalha, medalhão de prata da Região de Turismo de Leiria, taça da cidade francesa de Villeurbanne, três prémios do INATEL, Medalha de Mérito Cultural da Academia de Letras e Artes de Paranapuã do Rio de Janeiro.
Regista milhares de atuações no País com especial relevo para a participação na “Expo 98” e em “Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012”. Fez 32 digressões no estrangeiro, com participação em festivais internacionais e mundiais em Alemanha, Áustria, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, França, Holanda, Hungria, Itália (Sardenha e Sicília), Lituânia, Polónia, Rússia, Sérvia e Ucrânia, vários com a chancela do CIOFF.
Conta 13 gravações discográficas e 1 DVD. É fundador do Museu Etnográfico da Alta Estremadura. Promoveu os espetáculos etnográficos “A Batalha a Cantar e a Dançar, da Quaresma a Santo António” e um “Um Serão na Alta Estremadura”, as Galas Internacionais de Folclore da Batalha, dos “FestiBatalha”, os Encontros Nacionais de cantadores e tocadores de Instrumentos Tradicionais e os Encontros Regionais de Cânticos da Quaresma.
É membro efetivo da Federação do Folclore Português e membro do CIOFF.
Fontes do Musorbis Folclore:
- Federação do Folclore Português
- Gente que Canta e Balha
- Páginas de grupos etnográficos
- Archeevo (Ministério da Administração Interna)
- Municípios
No Musorbis foram revistos todos os historiais de grupos etnográficos. Para facilitar a leitura, foram retirados pormenores redundantes e subjetivos, e foram corrigidos erros de português.