Caminha e os seus músicos
Músicos de Caminha
Referências musicais do Concelho
- João Lourenço Rebelo (Caminha, 1609/1610-1665)
- Lígia Vareiro (violinista, 1993)
- Olga Amaro (pianista)
- Amândio José Afonso Martins (músico na Banda da GNR, Lisboa)
- Anacleto José da Silva (músico na Banda da PSP, Coimbra)
- Ana Cristina Fernandes Pereira (elemento da Orquestra Metropolitana de Lisboa)
- António Jorge Lages Mourão (músico nas Bandas da Força Aérea e Armada, Lisboa)
- António José Rosas Lages (músico na Banda da Força Aérea – Lisboa, elemento do Grupo Metais de Lisboa do Ministério da Cultura e Professor no Conservatório Nacional de Música – Lisboa)
- António Nascimento da Rocha Ramalhosa (músico na Banda da Força Aérea)
- António da Rocha (músico na Banda da Guarda Fiscal, Lisboa)
- Arlete Pereira Oliveira (professora de Acordeão do Ensino Especializado da Música)
- Armando Alves Viana (músico nas Bandas do Exército “Infantarias 3 de Viana do Castelo e 6 no Porto”, fazendo parte da Orquestras Sinfónicas da Rádio Difusão Portuguesa “Porto e Lisboa”)
- Arthur Martins Pereira (músico na Banda do Exército “Infantaria 3” – Viana do Castelo)
- Artur Fão (pedagogo, 1894-1963)
- Cândido José Vasconcelos (músico na Banda da PSP, Porto)
- Carlos Lameira de Carvalho (professor de Educação Musical – Viana do Castelo)
- César Magalhães (pianista, compositor)
- Cesário Lagido (músico)
- Emília Fernandes Fão (violinista na Orquestra do Teatro de São Carlos, Lisboa, e professora)
- Estefânio Ramalhosa Cunha (professor de Música)
- Filipe Ramalhosa Cunha (Maestro em Barcelos e Professor em Braga);
- Francisco Emílio Fontainha Presa (maestro do Orfeão de Vila Praia de Âncora)
- Francisco Fernandes Fão (músico na Banda do Exército “Infantaria 16” – Évora)
- Jaime Alvarez (professor do Ensino Especializado de Música)
- Jerónimo Maria Lages (músico na Banda do Exército “Infantaria 3” – Viana do Castelo)
- João da Costa e Silva (músico condecorado pela Câmara Municipal de Caminha e pelo Ministério da Cultura)
- Joaquim Fernandes Fão (maestro da Banda da GNR)
- Joaquim António Lages Mourão (músico n Banda do Exército “Infantaria 6” – Porto)
- José Fernandes Fão (músico da Banda da GNR)
- José João Fernandes Pereira (elemento da Orquestra Metropolitana de Lisboa)
- José Joaquim de Araújo Pereira (maestro da Banda da Armada – Lisboa, condecorado pela Câmara Municipal de Caminha)
- José Joaquim Gomes Lomba (músico de várias Bandas do Exército, desde Viana do Castelo até Tavira, condecorado “a título póstumo” pela Câmara Municipal de Caminha)
- José Maria de Castro Fernandes (músico da Banda da Força Aérea)
- José Paulo Ribeira (professor de Piano no Ensino Especializado de música)
- José Rocha da Silva (músico da Banda do Exército – Coimbra)
- Manuel de Jesus Vieira da Silva (músico na Banda da PSP – Coimbra)
- Manuel João Varanda Covelo (músico na Banda do Exército “Infantaria 6” – Porto)
- Márcio Daniel Fernandes Pereira (músico na Banda da Armada – Lisboa)
- Marco André Fernandes Pereira (elemento da Orquestra Metropolitana – Lisboa e já fez parte da Orquestra Rainha Sofia – Espanha)
- Non Talkers (banda)
- Maria Helena Taxa da Silva Araújo (cantora lírica, professora, condecorada pela Câmara Municipal de Caminha e Academia de Música Fernandes Fão – Vila Praia de Âncora)
- Paulo Alexandre Dias Franco (professor de Educação Musical – Monção)
- Quim Barreiros (cantor, 1947)
- Teófilo de Jesus da Cruz Lages (músico na Banda da Força Aérea – Lisboa)
- Vítor Hugo Dias Franco (músico na Banda da Armada, fez parte de Orquestras Sinfónicas do Ministério da Cultura e dos Conservatórios de Música)
Fonte: João Franco (exceto Artur Fão, Cesário Lagido, João Lourenço Rebelo, Quim Barreiros)
César Magalhães
Licenciado, com Distinção e Mérito, e Mestre em Ciências Musicais, pela Universidade Nova de Lisboa, onde posteriormente lecionou Filosofia da Música, sob a assistência da pianista Manuela Toscano. Realizou na mesma faculdade a sua segunda licenciatura, em Filosofia, focando os seus estudos como pianista e investigador na obra de piano tardia de Franz Liszt.
Como dramaturgo-compositor, destacam-se as obras publicadas de O Rei de Cristal (2007), A Pítia (2011), ambas vencedoras do Prémio Miguel Rovisco no seu respetivo ano; o cancioneiro do Concelho de Caminha (2017), para dois solistas, coro e pequena orquestra, dirigido por Liliana Quesado; a ópera Madalena Morreu no Mar (2019), estreada pela soprano Daniela Matos; o ciclo de fados Arrependo-me, estreado por Fernando Santos Kristall no programa Cá por Casa (RTP) e posteriormente também gravado por Nemanya Sekiz.
As canções País Cansado e Figura de Cera inserem-se num ciclo de canções de intervenção, relacionado com o momento crítico atual que o país está a viver. A primeira retrata um Portugal em espera, perdido entre o cansaço e a esperança, em período de confinamento; a segunda será inserida no Dia de Luto Pelas Vítimas de Violência Doméstica, um fenómeno crescente no último ano, em contexto de pandemia e confinamento.
Non Talkers
Non Talkers é uma banda de Caminha. Saltam das raízes dos Brantner que em 2014 gravaram o primeiro disco. O EP “Pendulum of time” foi produzido pelo Hugo Danin e gravado por João Bessa.
Um disco que respira pop, polvilhado por algumas melodias folk. Sustentado por guitarras mais acústicas, vive muito dos contrastes das vozes masculina e feminina do casal que dá corpo aos Non Talkers.
Non Talkers
Quim Barreiros
Joaquim de Magalhães Fernandes Barreiros, mais conhecido por Quim Barreiros, (Vila Praia de Âncora, 19 de junho de 1947), é um cantor popular português que toca acordeão. É conhecido pelas suas letras de duplo sentido. É também, desde há décadas, um dos músicos mais bem-sucedidos em termos de popularidade junto do público português e a face mais conhecida da secção brejeira da chamada “música pimba”. Aos 9 anos, já tocava bateria no conjunto de seu pai (Conjunto Alegria). O seu primeiro disco foi lançado em 1971, com o famoso guitarrista Jorge Fontes, quando apenas tocava acordeão e folclore minhoto.
Desde inícios da década de 1990, a presença de Quim Barreiros em festividades académicas (Queima das fitas, Semana Académica, Receção aos caloiros) é extensa e intensa. A sua fama estendeu-se ao Brasil e à Galiza, e já atuou em numerosos países onde existem comunidades de portugueses (Canadá, EUA, Venezuela, Brasil, África do Sul, França, Alemanha, Luxemburgo, Espanha, Inglaterra, Suíça).
Algumas das suas músicas mais conhecidas são “A Garagem da Vizinha” (regravação da música da dupla brasileira Sandro & Gustavo), lançada em 2000, “A Cabritinha”, lançada em 2004, ou “Bacalhau à Portuguesa”, lançada em 1986. A sua discografia, sobretudo a inicial, conta também com diversos álbuns compostos essencialmente por faixas instrumentais de acordeão e desgarradas. Em 2007 lançou o álbum Use Álcool, no qual existe uma faixa (“O Meu Netinho”) em que canta para seu neto, abrindo ao público uma janela para um lado seu mais afetivo e sentimental, raramente visto no artista, dado que as suas músicas de estilo brejeiro são as que fazem maior sucesso.
Quim Barreiros
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HISTÓRIA DA MÚSICA
Artur Fão
Artur Fernandes Fão nasceu em Gontinhães, freguesia de Vila Praia de Âncora, concelho de Caminha, a 27 de abril de 1894. Matriculou-se no Conservatório de Lisboa, onde foi um aluno distinto e dirigiu por várias vezes a orquestra na execução de obras suas. Terminou o curso superior de violino, em 1917, e o curso superior de Contraponto, Fuga e Composição em 1919, ambos com distinção. Tomou parte como 1º violino nas orquestras sinfónicas e da ópera. Em julho de 1920, após brilhante concurso de provas públicas, foi nomeado Diretor da Banda da Armada.
Escreveu várias obras para canto, com acompanhamento de orquestra e piano, tendo algumas delas sido executadas pelas orquestras sinfónicas de David de Sousa e Pedro Blanch. Dedicou-se a obras de didática musical, publicando um valioso trabalho intitulado «Teoria Musical», que foi aprovado por despacho superior, quer no Conservatório (Secção de Música), quer nos Ministérios da Guerra e da Marinha.
Em 1921, atendendo ao valor das suas obras, foi condecorado com o grau de Cavaleiro da Ordem Militar de S. Tiago da Espada. Recebeu, a 30 de janeiro de 1939, o grau de Oficial da Ordem Militar de Avis. Acompanhou o Presidente da República António José de Almeida, em 1922, ao Rio de Janeiro, por ocasião do Centenário da Independência do Brasil, tendo ali realizado concertos que foram muito aplaudidos. Artur Fão tem uma rua com o seu nome em Vila Praia de Âncora (GPS: 41.812780, -8.854836).
Cesário Lagido
Cesário Lagido foi um músico ancorense (freguesia de Vila Praia de Âncora, concelho de Caminha). Mereceu uma homenagem no dia em que se completaram 100 anos do seu nascimento, com o descerrar de uma lápide na casa onde morou, na Rua do Sol Posto, seguindo-se a deposição de uma coroa de flores no seu jazigo e uma missa na Igreja Paroquial. A iniciativa pertenceu ao Centro Social e Cultural de Vila Praia de Âncora (CSCVPA), sob impulso do associado João Franco, a que se associaram a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora.
Antes de ser descerrada a placa perante alguns familiares daquele que formou centenas de músicos nos concelhos de Caminha e Viana do Castelo, e de outros assistentes ao ato, José Luís Presa, presidente do CSCVPA, teve algumas palavras de admiração pelo antigo músico ancorense que “da janela da sua casa onde viveu durante quase sete décadas depois de ter casado, via todas as manhãs o movimento” desta rua central de Vila Praia de Âncora, onde também ensinou música.
José Luís Presa considerou acertada a associação das duas autarquias a esta ato e teve palavras de agradecimento dirigidas “ao senhor João Franco, um dos impulsionadores desta justa homenagem”. O presidente do CSCVPA destacou ainda a presença de familiares do Cesário Lagido, em particular os seus filhos Manuel Guilherme e Olinda, os quais tiveram também oportunidade de dar o seu testemunho neste ato de gratidão.
“Eu, a minha irmã e minha família sentimo-nos muito honrados com esta iniciativa” levada a cabo pelas três instituições, embora lhe parecesse mais adequado assinalar as pessoas que as representaram naquele momento, Carlos Castro, Miguel Alves e José Luís Presa, particularizando ainda o contributo de João Franco, “uma pessoa com grande amizade a meu pai e admirador da sua obra”.
Manuel Guilherme destacou “a grande humildade e simplicidade” do homenageado, um marceneiro de profissão, mas que dedicou toda a sua vida à música e ao ensino (“e à causa social”), como sucedeu durante muito antes na Escola de Música da Banda de Lanhelas, associação que realizou um vídeo dirigido a esta efeméride, refira-se.
Referiu ainda a quantidade de mensagens de apreço recebidas pela família por motivo desta homenagem, pela admiração do seu talento musical e forma de vida.
Vivência cívica e dedicação à cultura foram duas das referências de Miguel Alves, presidente do Município caminhense, ao falar do homenageado que formou centenas de jovens do nosso concelho na arte da música.
Mestre e executante, “partilhou sempre diversos instrumentos”, participando em diversas orquestras e bandas, mas a sua vocação para o ensino da música acabou por ser o seu ponto mais destacado da sua vida ímpar, vincou o autarca.
Fonte: Caminha 2000
A Academia de Música Fernandes Fão, fundada a 15 de outubro de 1988 perpetua com o seu nome a distinta família de músicos da freguesia de Vila Praia de Âncora, concelho de Caminha e distrito de Viana do Castelo. A 23 de janeiro de 2023 foram inauguradas as novas instalações da Academia. (João Elias Domingues Franco)
Família Fernandes Fão
A família Fernandes Fão é sobejamente conhecida em Vila Praia de Âncora. No entanto, foi a sua forte ligação à Música, no início do século XX, que determinou a escolha, pelos fundadores, do nome Fernandes Fão para a Academia de Música, como homenagem a tão distintos artistas que prestigiaram a terra à qual estavam ligados.
Emília, Joaquim e Arthur, filhos de Constantino Fernandes Fão, grande amante da música, e de mãe italiana, foram, de entre todos os irmãos, aqueles que, no campo musical, mais se destacaram nesta família, tendo-se notabilizado como músicos de projeção nacional e internacional.
A primeira obteve, com distinção, os cursos de piano, harmonia e violino no Conservatório de Música de Lisboa e era uma artista de rara sensibilidade.
Joaquim, nascido em 1878, na Argentina, teve uma carreira fulgurante, marcada pela regência e reorganização da Banda da GNR, como compositor, primeiro violino em todas as orquestras a que pertenceu e como solista na orquestra Blanch.
Arthur nasceu já em Vila Praia de Âncora, no ano de 1894. Obteve os cursos superiores de violino, contraponto, fuga e composição, com distinção, no Conservatório de Música (Lisboa), onde regeu a orquestra em composições de sua autoria. Foi primeiro violino nas orquestras de ópera e sinfónica, e compôs várias obras de canto, bem como uma de Teoria Musical, seguida nos Conservatórios de Música e nos Ministérios da Guerra e Marinha. Foi nomeado regente da Banda da Armada em 1920, sendo de referir que foi o maestro mais novo a iniciar funções em todo o historial desta Banda, permanecendo lá até 1956.
No início dos anos 90, Maria Filomena Fernandes Fão Rodrigues doou à Academia de Música Fernandes Fão (AMFF) o espólio da família, referente aos tios Emília, Joaquim e Arthur.
Fonte: Ponte de Lima Cultural
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