Cinfães e as suas filarmónicas
Filarmónicas de Cinfães
Bandas de Música, história e atividades no Concelho
- Banda de Música da Casa do Povo de Ferreiros
- Banda Filarmónica de Santo António de Piães
- Banda Marcial de Cinfães
- Banda Marcial de Nespereira
- Banda Marcial de Tarouquela
Banda de Música da Casa do Povo de Ferreiros
A Banda de Música de Ferreiros de Tendais, concelho de Cinfães foi provavelmente o resultado da formação de um grupo coral, que se ia juntando para ensaiar e adquiriu gradualmente instrumentos para o grupo. Em 1942 extinguiu-se para a Banda de Música de Gralheira, freguesia vizinha, do mesmo concelho. Gente ligada ao mesmo grupo coral teve a ideia de adquirir o instrumental da Banda. Assim surgiram no mesmo ano os primeiros ensaios da Banda de Música de Ferreiros de Tendais.
Em 1946, fez o seu primeiro serviço tendo sido Mestre nessa altura Amaral das Pias. Sucederam-se outros Mestres, entre os quais se destacam os senhores Bastos, Saúl de Santiago de Piães, Manuel Maria Pinto dos Santos (um filho da terra), Arménio Caldeira (também nascido em Ferreiros), António Fernando Salgueiral, de Coimbrões. O atual mestre da Banda, é o professor da escola de Música, Ernesto Resende.
A 1 de maio de 1963 resolveu a direção da Banda pedir a integração na Casa do Povo de Ferreiros, o que lhes foi concedido, daí a designação atual. A Banda é constituída por 40 elementos e possui ainda uma Escola de Música com cerca de 25 alunos. Conta nesta área com a colaboração de António Fernando Salgueiral, professor e maestro da Banda de Música da Casa do Povo de Ferreiros.
Banda Marcial de Nespereira
A origem da Banda Marcial de Nespereira encontra-se numa outra formada por Francisco Oliveira e seus filhos, oriundos de Paus (Resende), chamada “Banda dos Oliveiras”, que se deslocaria mais tarde para Espadanedo.

Banda Marcial de Nespereira
A Banda Marcial de Nespereira tinha no início o nome de Banda Nova para a distinguirem da dos “Oliveiras”. Surgiu em 1853 da união de esforços dum grupo de nespereirenses, entre os quais José Valente Coutinho e José Pinto de Castro.
Na história da Banda, merecem destaque Américo Valente Coutinho (do Paço), Carlos Pinto Valente “Travassos”. A nível financeiro, merecem sobressaem como beneméritos José Soares, José Corrêa dos Santos e Armando Soares.
A BMN apresentou-se em público no Domingo de Páscoa de 1854, razão pela qual ainda hoje é aberta a época no Dia de Páscoa. Ao longo da sua ininterrupta existência contou com duas dezenas de maestros, pertencendo o recorde de longevidade ao Maestro Vitorino do Amaral Semblano que, esteve à frente da Banda durante 49 anos. Antero Brito, Agostinho Vieira, Alexandre Coelho foram outros dos maestros.
Teve muitos e bons executantes, como Luís Vasconcelos Fonseca que integrou a Regimento de Infantaria n.º 6 e chegou a dirigir a Banda durante vários anos. O Cap. Lemos Botelho, clarinetista formado na Banda de Nespereira, assumiu o lugar de Chefe da Banda de Música da Região Militar do Norte, uma Banda que contou com inúmeros elementos de Nespereira, entre eles Alexandre Coelho, executante de flauta/flautim e Maestro da Banda Marcial de Nespereira. Em 1999, muito por força de Alexandre Coelho na parte técnica e Cláudio Oliveira no capítulo executivo, foi criada a Orquestra Ligeira da Banda Marcial de Nespereira. Alexandre Coelho dirigiu-a inicialmente e mais tarde entregou a batuta a Daniel Botelho, jovem músico da Banda, “homem dos 7 instrumentos”, na verdadeira aceção da expressão. O trabalho deu frutos, originando o interesse de uma conhecida empresa do ramo musical, que viria a patrocinar a gravação de um CD.
Em 2000, ressurgiu a Escola de Música da Banda, que conta atualmente com 8 professores e cerca de 50 alunos. Nela se formou uma Orquestra de Sopros, que depois dos trabalhos iniciais sob a Direcção Artística de Alexandre Coelho, passou a ser orientada por Alberto Leitão.
Gravar um CD em 2001. A Banda tem-se apresentado um pouco por todo o país. Ponto alto de uma longa mas orgulhosamente ininterrupta existência, aconteceu a 20 de setembro de 2003. Sob a presidência de Cláudio Oliveira e direção artística de Alexandre Coelho, o magnífico anfiteatro natural que é a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes em Nespereira, serviu de palco a uma iniciativa inédita a nível nacional. De vários pontos do país, representando inúmeras bandas, se deslocaram músicos, perfazendo um total de 150, que durante mais de uma hora, juntos, levaram a cabo um memorável concerto comemorativo do 150.º aniversário da Banda Marcial de Nespereira. Do concerto, foi feita a gravação do primeiro DVD e cassete vídeo, bem como CD do Concerto Comemorativo.
A Banda realiza atualmente uma média de 16/18 atuações por época. O número de executantes é de 72 músicos, com idades entre os 8 e os 80 anos.
Banda Filarmónica de Santo António de Piães
A Banda Marcial de Santo António de Piães tem origem numa banda que existiu em S. Cristóvão de Nogueira. Organizada em 1860, esta dissolveu-se em 1875 e alguns dos seus elementos passaram para a nova Banda de Piães que se extinguiria em 1948. Foi seu maestro fundador Camilo de Sousa Pinto, que lhe originou o popular cognome de Banda de Mestre Camilo. Desintegrada em meados do século XX, renasceu em 1985, como objetivo principal da Associação Cultural e Recreativa de Santiago de Piães, na festa da Capela de Oleiros (Santiago de Piães), realizada a 19 de maio de 1985. O nome da Banda entretanto foi mudado para Banda Marcial de Santo António Piães. É composta por cerca 45 elementos sendo uma grande parte jovens da Freguesia. Tem em funcionamento uma Escola de Música, de onde sai a maioria dos músicos da Banda. Participa em festividades, em várias localidades.
BFSAP
Banda Marcial de Cinfães
Fundada em 1876, a Sociedade Artística e Musical de Cinfães é uma Associação sem fins lucrativos que pretende afirmar-se como um elo no desenvolvimento da arte musical na região. Tem como finalidade promover a música, a cultura e o desporto em geral, assim como:
- Desenvolver a cooperação e a solidariedade entre os seus associados, com a realização de iniciativas nas áreas da cultura, da recreação, do ambiente e do património natural, do desporto, da solidariedade social, e de outras que com aquelas se relacionem;
- Promover o estudo, a investigação e o ensino da música, criando e mantendo, para o efeito, órgãos e estruturas necessários;
- Cooperar com todas as entidades públicas e privadas no desenvolvimento de políticas relacionadas com os seus objetivos, bem como naquelas que se adequam à juventude e à criação de infraestruturas e equipamentos capazes de responder às necessidades da população, e dedica-se a atividades das artes do espetáculo.
Banda Marcial de Tarouquela
A Banda Marcial de Tarouquela e Municipal de Cinfães foi fundada em 1930 e iniciada com 18 executantes. Teve a colaboração do Padre Antero Pereira da Mota, da Casa do Mosteiro, que também foi o seu fundador. Foi apoiada por uma mesa diretiva constituída por João Pereira Alberto, António Costa e Adrião Augusto Miranda sendo dirigida durante 20 anos consecutivos, por Afonso Pinto Tameirão. Nos anos subsequentes, foi regida por Manuel Oliveira Gomes, Albino Ribeiro, António de Sousa, Manuel Castro, Armindo Silva Nunes, Saúl Silva, António de Sousa Baptista e, atualmente, por Alberto Madureira da Silva.
Elaborados os Estatutos, foram estes aprovados em 8 de agosto de 1960, por alvará do Governador Civil de Viseu e, por força desse diploma, foi-lhe reconhecido o título de Banda Marcial de Tarouquela e Municipal de Cinfães.
É um elemento ativo da Associação Filarmónica Cultura e Recreio de Tarouquela e é constituída por 50 elementos.
BMT