Condeixa-a-Nova e as suas filarmónicas

Banda Filarmónica de Condeixa, 1850
Filarmónicas de Condeixa-a-Nova

Bandas de Música, História e Atividades no Concelho

Banda Filarmónica de Condeixa-a-Nova

Sediada na vila, freguesia e concelho de Condeixa-a-Nova, a Banda Filarmónica é uma associação de natureza cultural e recreativa constituída como associação a 27 de abril de 1981.

Banda Filarmónica de Condeixa, 1850

Banda Filarmónica de Condeixa, 1850

Fatores de ordem histórica são invocados quando se trata de perceber as motivações que favoreceram a constituição da primeira filarmónica condeixense, ainda em 1850. Com as guerras civis de oitocentos, a localização geoestratégica de excelência converteria Condeixa em ponto de passagem obrigatório de diversos regimentos militares, nos quais vinham integradas, com frequência, bandas musicais; deste modo, e ainda que num enquadramento de hostilidade bélica, essa circunstância seria determinante, despertando o interesse da vila por esta arte.

Tendo como sólido baluarte Fortunato dos Santos Bandeira, a primeira filarmónica da vila era então fundada e, decorridos dois anos, abrilhantava a receção à rainha D. Maria II que, em 1852, terá passado na vila com o seu séquito, pernoitando no palácio de Francisco de Lemos (atual palácio Sotto Mayor). Se até ao ano de 1877 a filarmónica se manteve em funcionamento, as dissensões políticas dos vários membros acabaram por ditar a sua cisão, numa réplica do próprio Portugal, dividido entre regeneradores e progressistas.

Lealdade Condeixense – Música Velha

Por volta de 1895, contudo, dar-se-ia a fusão das duas filarmónicas numa só, que tomou o nome de Lealdade Condeixense; amparada pela generosidade de Manuel Ramalho, sobreviveu esta filarmónica largos anos, tendo-lhe mesmo sido atribuído, por decreto, o título de Real. E voltaria a marcar presença em mais uma visita régia, a do rei D. Carlos, em 1907.

EXTINTAS

Fina Flor de Condeixa – Música Nova

Pela antiguidade da sua fundação, esta filarmónica tornar-se-ia vulgarmente conhecida como “Música Velha”, donde todas as filarmónicas que se lhe seguiram (caso da “Fina Flor de Condeixa”, que se estreou em 1920) ficaram conhecidas como “Música Nova”. Em 1949, depois de uma existência de quase um século, a Lealdade Condeixense cessou a sua atividade.

Orquestra de Simaria

A única orquestra que existiu em Condeixa-a-Nova foi provavelmente constituída em 1893. Era dirigida por Simaria, um músico conceituado na época que chegou a compor várias sinfonias, interpretadas com distinção pelos seus músicos. A orquestra de Simaria, como se tornou nos meios artísticos de Coimbra e do Centro, acabou em 1895.