Condeixa-a-Nova e os seus órgãos de tubos
Órgão de tubos do concelho Condeixa-a-Nova [2]
De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:
Igreja Matriz de Condeixa-a-Nova
[ Igreja Paroquial ] [ Santa Cristina ]
Erguida no século XVI por determinação de D. Manuel I, aquando da sua passagem pela vila, a Igreja de Santa Cristina veio substituir uma velha igreja existente no mesmo local. Se a construção da matriz ficou em grande parte a cargo do Mosteiro de Santa Cruz, os paramentos e ornamentação do edifício estiveram a cargo da população. O desenvolvimento da moagem e a riqueza agrícola da região favoreceram o financiamento da obra. Concluído provavelmente em 1543, o templo viria a ser saqueado e incendiado em 1811, aquando das invasões francesas. A sua reconstrução, em 1821, alterou-lhe o traçado conferindo-lhe o atual recorte Neoclássico. De características manuelinas encontram-se a pia batismal e a Capela-mor. De inspiração renascentista é a Capela de Santa Teresa e a do Senhor dos Passos. De Setecentos mantém-se o retábulo. Destaque ainda para os baixos-relevos de João Machado e João de Ruão, representativos da escola de Coimbra.
Fonte: CMC
Igreja Matriz de Ega
[ Igreja Paroquial ] [ Nossa Senhora da Graça ]
A estrutura original do templo, sobretudo o programa decorativo, foi profundamente modificada na primeira metade do século XVI. Cerca de 1520 deu-se início à obra de reconstrução, dirigida pelo arquiteto Marcos Pires, edificador do claustro de Silêncio da Igreja de Santa Cruz de Coimbra. Esta primeira fase das obras originou um templo de planimetria longitudinal, com espaço interior de nave única, destacando-se no programa decorativo executado pelo mestre o portal principal e o arco triunfal do templo. Na década de 40 do século XVI a direção das obras de reconstrução da matriz passou para o arquiteto Diogo de Castilho. Da autoria do mestre biscainho é a Capela-mor e a abóbada de nervuras que a cobre. Em 1543 foi executado o retábulo do altar-mor, um tríptico que apresenta no painel central a representação de Nossa Senhora da Graça, padroeira da igreja, tendo como volantes a Conversão de São Paulo e a Queda de Simão Magno. Esta obra, da autoria de Gregório Lopes, foi mandada executar por D. Afonso de Lencastre, comendador de Ega, representado como o cavaleiro ajoelhado junto à Virgem na composição central do conjunto. Terá sido nesta época que foram executadas as pinturas a fresco quinhentistas que decoram o arco triunfal e a zona fundeira dos altares laterais, descobertas na década de 40 do século XX sob o revestimento azulejar seiscentista.
Fonte: DGPC, Catarina Oliveira