Évora e os seus músicos

António Rosado, pianista, de Évora
Músicos do Concelho de Évora

Projeto em desenvolvimento, o Musorbis promove o património musical e os músicos do Concelho junto dos munícipes e dos cidadãos em geral.

António Rosado

António Rosado, pianista, de Évora

António Rosado, pianista, de Évora

António Pinto Basto

António Pinto Basto, fadista, de Évora

António Pinto Basto, fadista, de Évora

Francisco José

Francisco José, cantor, de Évora

Francisco José, cantor, de Évora

António Manuel Rosado

António Manuel Cardoso Rosado nasceu em Évora, no ano de 1980. Iniciou os estudos musicais aos 11 anos na Academia de Amadores de Música Eborense, continuando-os posteriormente na Escola Profissional de Música de Évora, onde estudou Flauta Transversal com Nuno Ivo Cruz, Katherine Ivo Cruz e Anabela Malarranha. Foi nesta mesma escola que terminou o curso profissional. Ingressou, de seguida, na Escola Superior de Música de Lisboa onde viria a diplomar-se com a licenciatura em Flauta Transversal, tendo estudado com os professores Nuno Ivo Cruz (Flauta Transversal), Afonso Malão e Sthepen Bull (Música de Câmara).

Durante o  percurso académico-musical participou em alguns estágios de orquestra e colaborou com algumas orquestras portuguesas, sendo de destacar: a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Sinfónica Juvenil, Orquestra Juvenil Cidade de Évora e a Orquestra de Sopros dos Templários. Frequentou cursos de aperfeiçoamento de Flauta Transversal com: Emmanuel Pahud, Trevor Wye, Rien de Reed, William Bennett, Vasco Gouveia, Sandra Pina, entre outros.

Dividindo a sua atividade também pelo ensino, foi professor no Conservatório Regional de Tomar, na Escola Profissional de Música de Évora e no Conservatório Regional de Évora, Eborae Música. No ano de 2015 terminou na Escola Superior de Música de Lisboa a Licenciatura em Direção de Orquestra de Sopros. Em 2002 ingressou na Força Aérea Portuguesa onde, atualmente, ocupa o cargo de Superintendente da Banda de Música da Força Aérea Portuguesa. É membro da International Military Music Society. É desde 2018 maestro da Filarmónica Cultural da Ericeira.

Jaime Mendes

O maestro e compositor Jaime Mendes nasceu em Évora a 04 de agosto de 1903 e morreu em 1997. Foi aluno da Casa Pia de Lisboa e nisso tinha orgulho por ter sido lá que aprendera música, arte a que dedicou a sua vida como instrumentista, maestro e compositor. Estudou no Conservatório de Lisboa as disciplinas de Rudimentos e de Harmonia e Composição. Aos 16 anos o maestro Artur Fernandes Fão foi buscá-lo para iniciar carreira na Banda de Música da Guarda Nacional Republicana. Passou também pela Orquestra do Teatro Nacional de São Carlos e, a partir de 1934 pela Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional, dirigida pelo maestro Pedro Freitas Branco, bem como pela Orquestra Sinfónica de Pedro Blanch que dava concertos aos domingos no Teatro Municipal de São Luiz.

Jaime Mendes, compositor, de Évora

Jaime Mendes, compositor, de Évora

Jaime Mendes também musicou inúmeras revistas e operetas, sendo o autor de mais de 150 peças, tendo a sua estreia nesta área ocorrido em 1926, em «A Feira», uma revista do Teatro do Gymnasio, em Lisboa.

No campo do cinema, compôs música para cerca de 40 filmes portugueses, no período de 1942 a 1979, tendo o êxito de alguns deles muito ficado a dever à música inspirada de Jaime Mendes, sendo de destacar o «Fado da Sina» cantado por Hermínia Silva no filme «O Homem do Ribatejo» (1946), o «Fado Marialva» ou «Fado das Iscas» interpretado por Estevão Amarante ou, o tema «Ninguém foge ao seu destino» cantado por Laura Alves e Amarante na opereta «José do Telhado» (1944). Destaque-se ainda as suas partituras musicais para os filmes «O Costa do Castelo» (1943), «O Leão da Estrela» e «Fado, História de uma Cantadeira» (ambos em 1947), «A Menina da Rádio» ou «O Noivo das Caldas» (1956), «A Costureirinha da » (1959) e «O Passarinho da Ribeira»(1960).

Banda Sonora de Jaime Mendes

O Homem do Dia, música de Jaime Mendes

O Homem do Dia, música de Jaime Mendes

Em 1951, mudou-se para o Brasil, onde dirigiu o Orfeão Português, regressando ao país no período de 1958 a 1960 para se radicar no Porto como diretor da Companhia de Operetas do Porto. Nos 8 anos seguintes volta para o Brasil de onde saiu em 1968 para Angola, para trabalhar com o seu filho em teatro de revista, que acumulará com a Orquestra Sinfónica de Luanda, a programação de Música erudita da Emissora Oficial e como professor da Academia de Música de Luanda. Regressou a Portugal em 1975, e aqui faleceu em 1997, aos 94 anos.

Jaime Mendes tem o seu nome, desde 1998, numa rua do Bairro do Oriente, na Freguesia do Parque das Nações. O antigo Bairro dos Retornados, como era popularmente conhecido foi, a pedido dos moradores, denominado Bairro do Oriente e inaugurado no dia 7 de maio de 1999. As ruas, até aí denominadas por letras, passaram a ostentar nas suas placas toponímicas os nomes de vários artistas: António Variações e Carlos Paião, os atores Mário Viegas e Carlos Daniel, o desenhador Fernando Bento, o Palhaço Luciano e, o compositor Jaime Mendes, a quem coube a Rua C pelo Edital de 24/06/1998.

Jaime Mendes

Rua Jaime Mendes, em Lisboa

Rua Jaime Mendes, em Lisboa