Felgueiras e os seus órgãos de tubos

Igreja Matriz de Pombeiro de Ribavizela
Órgãos de tubos do concelho de Felgueiras [4]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Igreja Matriz de Caramos

[ Igreja Paroquial ] [ São Martinho ] [ Igreja do antigo mosteiro de São Martinho ]

Igreja Matriz de Caramos

Igreja Matriz de Caramos

A Igreja Matriz de Caramos foi igreja de mosteiro de Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, de fundação anterior à nacionalidade, sofrendo intervenções sucessivas ao longo dos séculos. Foi profundamente alterado nos séc. XVII e XVIII, sendo exemplo disso as diferenças de vãos da fachada lateral direita. No interior, destaca-se a qualidade dos retábulos de talha dourada, do Barroco nacional e joanino, o púlpito, o coro-alto o o órgão construído no início da centúria de setecentos. Tem planta retangular composta por nave, Capela-mor, torre sineira e edifício conventual desenvolvido transversalmente, com coberturas diferenciadas, em falsa abóbada de berço com caixotões, iluminada uniformemente por janelas retilíneas, rasgadas nas fachadas laterais e principal. A fachada principal da igreja é enquadrada por pilastras e rematada por frontão triangular encimado por urnas e cruz sobre acrotério, rasgada por portal de verga reta encimada por frontão triangular, seguida de janela de iluminação do coro-alto, e nicho em arco de volta perfeita, enquadrado por aletas com enrolamentos e duplas pilastras de imposta saliente, apresentando as interiores decoração entrelaçada.

Fonte: Monumentos

Pormenor da fachada

Órgão da Igreja Paroquial de Caramos

Órgão da Igreja Paroquial de Caramos

consola

Órgão da Igreja Paroquial de Caramos, Tiago Ferreira, créditos CMF, CICO 2021

Órgão da Igreja Paroquial de Caramos, Tiago Ferreira, créditos CMF, CICO 2021

Igreja Matriz de Pombeiro de Ribavizela

[ Igreja Paroquial ] [ de Santa Maria Maior ] [ do antigo mosteiro de Santa Maria (de beneditinos) ]

Igreja Matriz de Pombeiro de Ribavizela

Igreja Matriz de Pombeiro de Ribavizela

Santa Maria de Pombeiro foi um dos mais importantes mosteiros beneditinos do Entre-Douro-e-Minho, tendo sido fundado por D. Gomes Echiegues e sua mulher Gontroda, em 1102. A Igreja [séculos XII-XIII] é composta por três naves, divididas por arcos-diafragma e com cobertura em madeira pintada, nas naves laterais. A planta original da Capela-mor, reconstruída no século XVIII, era semicircular à boa maneira românica, assim como os absidíolos [capelas secundárias] ainda existentes. Os capitéis do portal principal são um notável exemplo de escultura românica. Os dois túmulos com escultura faziam parte do núcleo funerário abrigado na desaparecida galilé, ligada à nobreza deste território, como os Sousas [ou Sousões] e os Ribavizela. Nos absidíolos existem dois temas de pintura mural: um alusivo, provavelmente, a São Brás e outro apresentando Santo Amaro e São Plácido. A imagem da Padroeira, inserida no retábulo-mor [altar principal], possivelmente é uma obra de estilo gótico [séculos XIV-XV]. Bastante alterada nos séculos XVI a XIX, a Igreja do Mosteiro de Pombeiro recebeu um conjunto de talha de estilo Rococó, no qual trabalhou o reputado Frei José de Santo António Ferreira Vilaça.

Fonte: Rota do Românico

Órgãos, mudo o da direita

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Órgão reconstruído

Órgão da Igreja Matriz de Pombeiro de Ribavizela

Órgão da Igreja Matriz de Pombeiro

Montra

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

consola e trombetas horizontais

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

consola e trombetas horizontais

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Teclados manuais e estante

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Puttus e trombetas em chamada

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Manúbrios do lado direito

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Órgão mudo

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Pormenor de talha

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Banco do organista

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

Órgão da Igreja do Mosteiro de Pombeiro

lado do Evangelho: órgão de dois teclados manuais [ II ; (21+25) ] construído por António Solha, em 1766, desmontado e inventariado e proposta de restauro pela Oficina e Escola de Organaria, em 1994, opus 9, restauro pela firma, restaurado por Acitores Organería y Arte, S. L., de Torquemada, Palencia (Espanha) / Atelier Samthiago

lado da Epístola: órgão falso [mudo] [ ornamental ].

Igreja Matriz de Sendim

[ Igreja Paroquial ] [São Tiago]

Igreja Matriz de Sendim

Igreja Matriz de Sendim

Órgão Karl Göckel

Órgão da Igreja Matriz de Sendim

Órgão da Igreja Matriz de Sendim

A 14 de maio de 2007 foi noticiado:

A Paróquia de Sendim (Felgueiras) comemorou em maio de 2007 o primeiro aniversário do restauro da sua igreja que teve como ponto alto a bênção e inauguração do órgão de tubos (II-10-P).

No decorrer das obras de restauro surgiu a possibilidade da implementação de um órgão de tubos no renovado espaço, para o qual se assinou contrato de construção em 13 de Maio de 2006, dia da inauguração do restauro da igreja, com a conceituada firma de organaria alemã Karl Göckel Orgelbau.

A inauguração ocorreu no dia 12 de maio, numa celebração solene presidida pelo Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, que fez a bênção do novo instrumento, tendo sido executado o Te Deum Op. 57 para vozes e órgão de Flor Peeters.

No dia 13 de Maio, houve o concerto inaugural, inserido no Ciclo de Órgão e Música Sacra do Porto – Vox et Organum, onde foram interpretadas obras para órgão e coro, órgão e solistas e órgão solo pelo Coro de Câmara de Sendim, o tenor Adriano Brito e o mezzo-soprano Diana Terra, com Paulo Alvim no órgão.

Para além da elevação que trará às celebrações da comunidade e do enriquecimento cultural para esta região, o instrumento, devido às suas características únicas na vigararia, permitirá que se avance com iniciativas de formação na área da música litúrgica, nomeadamente com a criação de uma escola vicarial para a formação de organistas.

Manúbrios da esquerda

Órgão da Igreja Matriz de Sendim, Winfried Boenig, CICO 2021, créditos CMF

Órgão da Igreja Matriz de Sendim, Winfried Boenig, CICO 2021, créditos CMF

Manuais

Órgão da Igreja Matriz de Sendim, Winfried Boenig, CICO 2021, créditos CMF

Órgão da Igreja Matriz de Sendim, Winfried Boenig, CICO 2021, créditos CMF

Manúbios e teclados manuais

Órgão da Igreja Matriz de Sendim, Winfried Boenig, CICO 2021, créditos CMF

Órgão da Igreja Matriz de Sendim, Winfried Boenig, CICO 2021, créditos CMF

Ciclo de Concertos de Órgão de Tubos

Em 2019, a ACLEM – Artes, Cultura e Lazer, Empresa Municipal, em parceria com o Conservatório de Música de Felgueiras promoveu o 1º Ciclo de Concertos de Órgãos de Tubos no concelho de Felgueiras.

O Ciclo de Concertos de Órgão de Tubos, de 12 de outubro a 10 de novembro, esteve inserido na programação da agenda cultural de outono. Visava promover a arte musical e o património arquitetónico e eclesiástico existente no concelho de Felgueiras, os três órgãos de tubos existentes, nas igrejas de Caramos, Sendim e no Mosteiro de Pombeiro.

A primeira atuação realizar-se-ia no dia 12 de outubro, na Igreja de Sendim e será protagonizada pelo organista Tiago Ferreira e pelos trompetistas Rúben Castro e Fernando Ribeiro. O segundo concerto tinha data marcada para 26 de outubro, no Mosteiro de Pombeiro, contando com a atuação do organista Pedro Monteiro e da soprano Eva Braga Simões. O encerramento deste ciclo de concertos, aconteceria no dia 10 de novembro, pelas 17h00, na Igreja de Caramos, e contará com o organista Ricardo Toste e o violinista Tiago Abreu.

A vereadora da Cultura, Ana Medeiros, referiu:

“Depois do sucesso do concerto que aconteceu em abril no Mosteiro de Pombeiro, protagonizado pelo organista Rui Fernando Soares, aquando da cerimónia de encerramento da X edição do festival de pão de ló e doces tradicionais, é chegada a hora de retomar estes maravilhosos concertos de música clássica, descentralizando a agenda cultural de outono às freguesias, e, tirando partido do riquíssimo património eclesiástico, colocamo-lo nas mãos de artistas conceituados, que nos transportam numa recomendável viagem, acessível a todos, a momentos de exaltação de arte e cultura. Esperamos ainda que estes concertos despertem a todos a vontade e a curiosidade de visitar as igrejas da Rota do Românico.”

Felgueiras é também um extraordinário reduto de arte românica. A Igreja de Airães, a Igreja Matriz de Unhão, a Igreja de Sousa, a Igreja de S. Mamede de Vila Verde, e a Igreja do Mosteiro de Pombeiro fazem parte do ambicioso projeto da Rota do Românico do Vale do Sousa do qual no Município de Felgueiras faz parte integrante.

FONTE: Vale do Sousa TV

O Festival realizou-se de novo em 2021.