Grândola e os seus músicos

Carlos Martins, saxofone, de Grândola
Músicos naturais do Concelho de Grândola

Projeto em desenvolvimento, o Musorbis tem como objetivo aproximar dos munícipes os músicos e o património musical.

Carlos Martins

Carlos Martins, saxofone, de Grândola

Carlos Martins, saxofone, de Grândola

Carlos Martins (1961, Grândola, distrito de Setúbal, Alentejo, Portugal) é um saxofonista (tenor e soprano), compositor e professor de jazz, português, com uma carreira nacional e internacional apreciável. Começou por estudar música e tocar clarinete na Banda Filarmónica de Grândola e, posteriormente, continuado os estudos de composição e saxofone no Conservatório Nacional de Lisboa. Foi aluno na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal, de que posteriormente se tornaria professor. Participou em cursos de música contemporânea e improvisada na Fundação Calouste Gulbenkian e estudou no IX Seminário Internacional de Música de Barcelona.

Foi professor da Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal, Academia de Música de Setúbal e New Jersey Performing Arts Center e fundador do quinteto de Maria João (cantora) e do Sexteto de Jazz de Lisboa, trabalhou e gravou com músicos importantes como Cindy Blackman, Ralph Peterson Jr., John Stubblefield, Don Pullen e Bill Goodwin, e fez espetáculos em vários clubes de jazz da Europa e em festivais internacionais, com vários outros músicos importantes do jazz.

Carlos Martins colaborou com o Grupo Colectiva (Teatro e Música), tendo trabalhado com a compositora Constança Capdeville e participou em vários concertos da Oficina Musical do Porto, dirigida pelo maestro Álvaro Salazar bem como com os músicos solistas do Teatro Nacional de São Carlos, dirigidos pelo maestro João Paulo Santos.

Em 1992 é fundador do festival Lisboa em Jazz, o primeiro festival dedicado à apresentação de músicos portugueses de jazz, organizado em Portugal, e dos Encontros na Sétima (Lisboa, 1994).

Carlos Martins escreve música para teatro, cinema e ballet, [2] tendo colaborado com o coreógrafo Rui Horta, compondo a música do bailado “As árvores movem-se”, com a bailarina e coreógrafa Vera Mantero, para quem compôs a música do bailado “Em corpo com som”, a Companhia Contemporânea de Setúbal para quem musicou a coreografia do bailado ‘Dançar José Afonso’ (1994), e ainda a música para o bailado ‘Cantoluso’, para a Companhia Nacional de Bailado. No cinema, são de Martins a banda sonora do filme “Filha da Mãe” de João Canijo, a banda sonora e a música da exposição “A Queda de um Anjo” do escultor António Quina, e as bandas sonoras do filme ‘PAX’ de Eduardo Guedes (1994) e do vídeo “Sétima Colina”, do Lisboa 94.

O primeiro disco internacional de Carlos Martins “Passagem” (1995) para a etiqueta ENJA, conta com um quarteto all-star, incluindo dois dos mais importantes músicos portugueses de jazz, Bernardo Sassetti e Carlos Barretto, completado pela baterista americana Cindy Blackman, tendo chamado nos meios internacionais a atenção sobre Martins, o que aliás já tinha antes acontecido com a revelação do seu tom cool/hot e do fraseado no estilo de Sonny Rollins na faixa “Working Blues”, publicada no disco “sampler” da etiqueta ENJA “More Adventures”.

Em 1995 fundou a “Orquestra Sons da Lusofonia”, da qual é diretor artístico.

Em 1997 gravou um CD com o guitarrista e compositor cabo-verdiano Vasco Martins, em 1998 gravou “Caminho Longe” com o projecto/orquestra Sons da Lusofonia, e mais recentemente gravou o CD ‘Sempre’, com o seu “Quinteto”, comemorando os 25 anos do 25 de Abril, todos para a editora EMI- Valentim de Carvalho.

É um dos quatro compositores (com Laurent Filipe, Carlos Barretto e Bernardo Sassetti) do projeto ‘Quadrofonia do Tempo’, apresentado no “Festival dos 100 dias”, na “Expo 98” em Lisboa.

Como diretor musical e músico, com uma orquestra de cordas, e em colaboração com outros músicos, preparou o espetáculo e CD “As Viagens do Fado”, um projeto que integra música de três continentes (Europa – América – África) a partir de um roteiro de influências musicais à volta do fado, destinado às comemorações de 25 anos da “União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa” (UCCLA), e uma iniciativa desenvolvida no âmbito da candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade. [4] [5] [6]

Em 2008 Carlos Martins lançou o álbum “Água”, com Carlos Martins (Saxofone Tenor), Alexandre Frazão (Bateria), André Fernandes (Guitarra), Nelson Cascais(Contrabaixo e Baixo Eléctrico), Bernardo Sassetti (Piano e Fender Rhodes), Júlio Resende (Piano) e a participação especial de Pacman dos “Da Weasel”, e que foi considerado CD Jazz Nacional do ano 2008, pela votação da critica portuguesa.

Apresenta-se atualmente com os seus “Quarteto” e “Quinteto”, com a Orquestra Sons da Lusofonia e o grupo e orquestra do seu projecto “Viagens do Fado”.

Em 2016 foi lançado o novo CD de Carlos Martins. Inclui uma das últimas colaborações de Sassetti na faixa “Chant of Kali”.