Lisboa e as suas filarmónicas
Filarmónicas de Lisboa
Bandas de Música, História e Atividades no Concelho
- Banda da Armada
- Banda de Música da Força Aérea Portuguesa
- Banda de Música dos Empregados da Carris
- Banda do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB)
- Banda Filarmónica de Marvila
- Banda Musical e Artística da Charneca
- Banda Sinfónica do Exército
- Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense (SFUCO)
Banda da Armada
Ao longo dos mais de quinhentos anos de existência de formações musicais na Armada, estas sofreram inúmeras alterações, desde a designação ao número de elementos que as constituíram, tornando a enumeração praticamente impossível. As fontes históricas só são razoavelmente seguras, sobre esta matéria, a partir da primeira metade do século XVIII, e indicam que em agosto de 1740 existia na Armada Real uma banda intitulada “Charamela”.
Em 1903 a Banda dos Marinheiros da Armada gravou, no Quartel do corpo de Marinheiros, em Alcântara, aquele que é considerado o primeiro disco produzido em Portugal, um documento histórico e fonográfico raríssimo. A capa contém o selo real e a inscrição “Oferta do Maestro António Maria Chéu ao rei D. Carlos”.
A gravação, efetuada pela The Gramophone and Typewriter Ltd. de Londres, pretendia comemorar a visita de Eduardo VII de Inglaterra a Portugal, através da perenização de uma das mais notórias obras musicais relativas à identidade nacional, os Cantos Populares Portuguezes nº 2 de Rodriguez.
Fruto do esforço de renovação e dinamização levado a cabo nos últimos anos, os resultados refletem-se no grande valor e visibilidade nacional e internacional das suas atuações ao vivo e na constante gravação e edição de CDs. Ao longo dos tempos têm pertencido, e continuam a despontar na Banda da Armada, vários compositores de reconhecido mérito e alguns dos melhores instrumentistas portugueses muitos dos quais com formação superior e com uma média etária de 33 anos.
O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.
Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária podem contratar serviços Reciclanda.
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Banda de Música da Força Aérea Portuguesa
A Banda de Música da Força Aérea foi criada pelo Dec-Lei Nº 41 492 de 31-12-57, ficando dependente da então Secretaria de Estado da Aeronáutica. Posteriormente, e através de diversos diplomas, foi a Banda colocada na dependência direta do Estado-Maior da Força Aérea. Mais tarde, tendo sido alargado o seu quadro orgânico, foi considerada como um órgão titular de Coronel Aeronáutico, distintivo privativo da Força Aérea que com ele caracteriza todas as suas Unidades. No seu Brasão de Armas ostenta como divisa: Servindo com Engenho e Arte”.
Ao longo da sua existência, vários concertos comprovam o nível eminentemente solístico, artístico e técnico dos instrumentistas e a dignidade da direção dos seus Maestros. Foi seu primeiro chefe o Capitão Joaquim Cordeiro, sucedendo-lhe no cargo o Major Silvério Campos, o Major Aurélio Pinho, o Major Mário Marques, o Capitão Agostinho Caineta, o Tenente-Coronel João Silva e o Tenente-Coronel Élio Murcho que, cumulativamente, foram Superintendentes da Banda de Música e das Fanfarras. Foi ainda Chefe da Banda, até 2012, o Capitão José Serra.
Atualmente o Maestro titular é o Major António Rosado assistido pelos Maestros Capitão Rui Silva e Alferes Artur Rouquina.
Constituída na sua maioria por executantes de primeiro plano, a Banda corresponde às inúmeras solicitações que lhe são dirigidas para atuações de diversa índole. Para além das missões de natureza marcadamente militar (guardas de honra, paradas e outras), muitos êxitos tem obtido, interpretando obras de autores mundialmente consagrados, em concertos do mais alto nível, no Continente, nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e ainda no Estrangeiro em representação nacional, na Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Inglaterra, Luxemburgo e Países Baixos.
Nas suas deslocações pelo País e estrangeiro, tem a Banda contribuído como elemento cultural para o enriquecimento de todo o meio musical português, prestigiando a Força Aérea, as Forças Armadas e Portugal.
Pela forma exemplar e altamente profissional como os seus elementos têm cumprido as missões atribuídas, desde que foi criada, foi a Banda condecorada, em 1997, com a Medalha de Ouro de Serviços Distintos.
Banda de Música dos Empregados da Carris
A Banda de Música dos Empregados da Carris, ou simplesmente Banda da Carris, é uma Associação de Cultural de Direito Privado, sem fins lucrativos, dotada de autonomia jurídica e financeira, fundada em 1929. É uma das estruturas mais antigas integradas no universo Carris, que através da música esteve sempre associada à sua história e atividade. Por ela já passaram inúmeros rostos, músicos, talentos, reportórios, instrumentos, atuações, que “tocaram a alma Carris”, seja em presenças institucionais ao mais alto nível, seja através de atuações beneméritas e outras, no âmbito da responsabilidade social, junto das mais diversas entidades.
Ao longo dos anos a Banda da Carris assumiu um papel importante no seio da empresa. Não só como um cartão de visita institucional, mas também um papel instrumental na concretização dos propósitos da política de responsabilidade social da empresa e, ainda, na promoção da integração e da motivação dos colaboradores.
Rua 1º de maio 101-103
1300-472 Lisboa
Banda do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB) (1925)
A Banda do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB), banda de representação institucional como hoje a conhecemos, viu a sua existência efetivada em 1925, inicialmente criada a partir da banda da Sociedade dos Calceteiros Municipais e integrando depois na sua formação, de modo gradual, executantes bombeiros.
Não obstante, a vocação musical com a sua expressão material na forma organizada de uma associação musical entre elementos do corpo de Bombeiros é seguramente mais antiga, recuando aos anos oitenta do século XIX, mesmo que não correspondendo ainda à banda da Corporação nem obedecendo, nessa consonância, às suas premissas disciplinares.
Os primeiros anos sobre a sua constituição formal foram algo atribulados, tendo mesmo sido extinta e de novo reerguida no decurso de apenas um decénio. Desde finais dos anos 30 do século XX, reforçado o seu efetivo e a qualidade das execuções, obteve reconhecimento consensual sobre a sua validade e necessidade institucional, particularmente para garantir o suporte musical nas ocasiões de estilo (em especial as diversas cerimónias protocolares, da Unidade ou da própria instituição de tutela – a Câmara Municipal de Lisboa –, as guardas de honra e as formaturas).
Mesmo que integrando músicos com uma disponibilidade de participação limitada pelo serviço de socorro, institucionalmente foram sendo encontradas soluções para a entrega dos seus elementos a este projeto musical, ao ponto de se conseguir diversificar as modalidades de atuação e ainda consolidar e ampliar o repertório em carteira.
Dirigiram a Banda os maestros: Joaquim Clemente, Capitão Joaquim Cordeiro e Sarg mor Luís Santos. Dirige a Banda desde 2015 o Maestro Fernando Ramos (Sub Chefe de 2ª Classe).
Banda Filarmónica de Marvila
A Banda Filarmónica da ACULMA nasceu da vontade de um grupo de moradores dos bairros da Prodac e da Quinta Marquês de Abrantes, da freguesia de Marvila, em Lisboa, com a colaboração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Em 1988 alguns alunos começaram a dar os primeiros passos na iniciação ao instrumento.
Paralelamente à Banda começou a funcionar uma Escola de Música, onde são lecionados os instrumentos e a formação musical.
Hoje muitos dos elementos que constituem esta Banda são alunos formados nesta escola. Apesar das lacunas ainda existentes a nível instrumental, a Banda Filarmónica da ACULMA tem vindo a desenvolver um trabalho excelente, em face do que tem sido convidada a colaborar com vários organismos da Grande Lisboa, nomeadamente Patriarcado de Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, juntas de Freguesia de Marvila, do Beato, INATEL, Presidência Aberta da Área Metropolitana de Lisboa, Comissão Promotora do 25 de Abril, Federação das Coletividades de Cultura e Recreio, paróquias de Marvila, Santa Beatriz, São Maximiliano Kolbe, Santos-o-Velho, Alcântara, Carnide, Odivelas, para além das deslocações no país. É dirigida desde o início pelo maestro-regente João Juvandes.
Banda Musical e Artística da Charneca (f. 1981)
A Banda Musical e Artística da Charneca deu os primeiros passos da sua formação em meados 1981 através de um grupo de músicos, com o apoio da Junta de Freguesia da Charneca/Lisboa, que tinha no executivo dois músicos, José Rodrigues Varandas e Emídio da Conceição Pinheiro. Estes elementos foram os responsáveis pela criação de uma Banda Filarmónica na Charneca comprometendo-se a tocar nas Festas de São Bartolomeu em agosto de 1981. A sua fundação oficial (em Diário da República) só veio a ter lugar em 1983.
A Banda Musical e Artística da Charneca é composta por cerca de 45 elementos, formados praticamente na totalidade na sua escola de música que desempenha um papel ativo na formação musical dos jovens e na ocupação dos seus tempos livres, mantendo uma atividade ininterrupta desde a sua criação em 1981.
Realizou 25 festivais de bandas amadoras com a presença de dezenas de bandas filarmónicas, oriundas de diversos pontos do País, o qual foi denominado por “Festival de Bandas Vitalino Alves Luís” desde 2016.
A Banda é dirigida pelo maestro Joaquim Serra Saraiva (desde 1982).
Banda Sinfónica do Exército
Herdeira das mais antigas tradições musicais do Exército Português, nomeadamente através das históricas Banda de Infantaria 1 e Banda de Caçadores 5, foi instituída em 1988.
Da fusão em 1977 da Banda de Caçadores 5 com a Banda do Regimento de Infantaria de Queluz, resultou a Banda da Região Militar de Lisboa, que tomou parte desde 1978 em Festivais de bandas militares, tendo-se deslocado ao Luxemburgo para participar nas comemorações do 135.º aniversário da Banda de Música daquele Ducado.
Banda representativa do Exército, compreende instrumentistas de sopro, cordas e percussão com um quantitativo 90 elementos, sendo seu atual Chefe o Major CBMus José Manuel Lemos Botelho.
Agregada ao Regimento de Artilharia Antiaérea nº1 (Queluz) para efeitos de apoio administrativo-logístico e de instrução, toda a sua atividade está na dependência do Chefe do Estado-maior do Exército-Comando de Pessoal, através da Direcção de Serviços de Pessoal-Chefia de Bandas e Fanfarras do Exército.
A renovação do seu efetivo é feita periodicamente através de concursos públicos, sendo as escolas de música civis, o seu principal viveiro.
Funciona como Escola Prática de Música do Exército, ministrando cursos e estágios que visam essencialmente a formação e aperfeiçoamento dos militares músicos e clarins do Exército. Foi ainda responsável por um projeto de cooperação com os países de língua oficial portuguesa (PALOP), ministrando cursos especiais de música.
A sua imagem reflete-se grandemente no seio da população civil, graças à ação dos seus músicos que, de forma superior espelham a sua formação em instituições como a Escola Superior de Música de Lisboa, a Academia Nacional Superior de Orquestra, o Conservatório Nacional, a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e em outras escolas de música e grupos musicais de formação e estilos vários, que integram e/ou dirigem.
Depois de uma participação intensa nas cerimónias militares ou de protocolo de Estado, a Banda Sinfónica do Exército atua em desfiles militares – integrando ou não outros Ramos das Forças Armadas. Representa o Exército em festivais militares – no país e no estrangeiro, exibindo-se isolada ou em conjunto com outras bandas congéneres.
Em 1999 teve a honra de ser a banda militar escolhida para integrar a Cerimónia de transferência de poderes de Macau para a China. Inserindo as suas atuações no âmbito das atividades culturais e recreativas ou de divulgação do Exército, colabora com as autoridades e organismos civis na realização de concertos musicais.
Desde a sua criação, o seu prestígio e identidade surgiram cada vez mais reforçados pelo extraordinário e progressivo aumento de pedidos de atuações.
Em 2005, foi atribuída à Banda Sinfónica do Exército pelo Presidente da República, a Medalha de Ouro de Serviços Distintos.
Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense (SFUCO) (f. 1886)
Fundada em 1886, a Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense (S.F.U.C.O.) é uma coletividade de natureza cultural e filarmónica da freguesia de Olivais (Lisboa). É a coletividade mais antiga da Freguesia de Olivais – Lisboa e a sua atividade exerce-se quase exclusivamente no campo da cultura musical, através da sua centenária Banda e Escola de Música de onde saem, na esmagadora maioria, os executantes que a compõem.
A banda tem-se apresentado nos mais variados pontos do país de norte a sul do continente e Espanha, com atuações quer em concertos exclusivos, quer nos mais variados espetáculos, bem como em encontros de bandas. É dirigida, desde 2012, pelo Maestro Luís Filipe Henriques Ferreira.