Lisboa Iconografia Musical

MÚSICA PARA OS OLHOS

Pormenores de Iconografia Musical em Lisboa

Bombos

José Malhoa, A volta da feira (Chegada do Zé-Pereira à romaria), 1905, créditos Sónia Duarte

José Malhoa, A volta da feira

José Malhoa, A volta da feira (Chegada do Zé-Pereira à romaria), 1905; óleo sobre tela; 73.3 x 56.6 cm

“Ramalho Ortigão enumerou algures, já em 1906, os temas de Malhoa, numa sequência precisa, que vai da lavra à procissão, passando pela feira e pelo arraial dançando e também pela extrema-unção levada ao moribundo e seria igualmente possível agrupar as numerosas composições em situações dramáticas que se respondem, numa ação ondulada em que as mesmas personagens entram e saem da cena, num viver quotidiano que não é certamente alheio, mais uma vez, aos esquemas romanescos de um Júlio Dinis – que não é por acaso o outro mais popular criador da ficção em Portugal, e do qual, aliás, Malhoa, pintou a clara das pupilas, em 1903” (José-Augusto França in ‘A Arte Portuguesa de Oitocentos’, Lisboa, Biblioteca Breve, 1983.)

Basílica da Estrela

Violino

Tocador de violino, de Machado de Castro

Tocador de violino, de Machado de Castro

Tocador de violino. Machado de Castro. Século XVIII. Basílica da Estrela, Lisboa

Colégio Militar

Anjos Músicos

Colégio Militar, Lisboa, créditos Sónia Duarte

Colégio Militar, Lisboa, créditos Sónia Duarte

Colégio Militar, Lisboa, créditos Sónia Duarte

Museu de Lisboa

Fado

José Malhoa, Fado

José Malhoa, Fado, Museu da Cidade de Lisboa

O Fado é uma pintura a óleo sobre tela, 150 cm de altura e 183 cm de largura, do pintor português José Malhoa, datado de 1910. O quadro está no Museu do Fado, temporariamente cedido pelo Museu da Cidade em Lisboa. José Malhoa pintou duas versões do quadro a de 1909 e a de 1910. Foram expostas pela primeira vez juntas, lado a lado, na exposição O Fado de 1910, na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa em 2010. A obra de 1909 é propriedade da família do empresário Vasco Pereira Coutinho. Nas obras é retratado Amâncio, afamado marginal (ou “fadista”, então sinónimo) da Mouraria a quem chamavam “pintor” (e por isso, no bairro, chamavam a Malhoa o “pintor fino”), e Adelaide, mulher de má vida, conhecida por Adelaide da Facada (exibia no rosto uma cicatriz desenhada a navalha).

Museu de Lisboa

Amália Rodrigues

Amália Rodrigues, do escultor Joaquim Valente, Museu de Lisboa

Amália Rodrigues, do escultor Joaquim Valente, Museu de Lisboa

Amália Rodrigues, cabeça, do escultor Joaquim Valente, Museu de Lisboa

Museu de São Roque

Harpa

Bento Coelho da Silveira

Pormenor de tábua de Bento Coelho da Silveira

Pormenor de uma tábua seiscentista (década de oitenta) de um pintor régio pedrino. Erudito. Poeta, membro da Academia dos Singulares de Lisboa. Homem do Barroco. Operoso e documentado mestre lisboeta. Debuxador controverso. Elogiado pelos seus contemporâneos, homenageado por intelectuais com écfrases sobre as suas pinturas,… enfim, é de Bento Coelho da Silveira. Encontra-se no Museu de S. Roque, em Lisboa. (Sónia Duarte)

Museu Nacional da Música

Anjos Músicos

Adoração do Cordeiro Místico, Museu da Música

Adoração do Cordeiro Místico, MNM

De autor português desconhecido do século XVI, a “Adoração do Cordeiro Místico”, “no contexto da Iconografia musical, esta pintura quinhentista religiosa constitui a peça mais antiga pertencente ao acervo do Museu.

Apresenta o tema do “Cordeiro Místico” ou “Adoração do Cordeiro”. Este surge no centro da composição, deitado sobre uma bíblia, simbolizando o sacrifício de Cristo. Como principais elementos musicais, destaca-se, no plano inferior, o Rei David representado com uma harpa e anjos músicos que cantam e tocam louvando Cristo. Além da harpa identificam-se outros instrumentos: cornetas, uma charamela, uma sacabuxa e uma viola da gamba.

Museu Nacional de Arte Antiga

Tamborileiro

Pormenor de pintura de autor desconhecido, no Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, créditos Sónia Duarte

Pormenor de pintura de autor desconhecido

A autoria é ignota mas é uma pintura de convento extinto, da col. do Museu Nacional de Arte Antiga, créditos Sónia Duarte.

Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado

Homem do teatro e depois da pintura, Mário Eloy pinta aqui, num cromatismo mormente ácido-azulado, um bailarico no Bairro sonorizado por uma caixa-de-rufo percutida por uma mulher, uma concertina por um homem sentado que parece calvo, e a completar o trio um trompa, de pé. Espreitam uns às janelas e portas de suas casas, juntam-se outros aos pares, dançando. Uma velha de barrete agastada pela vida senta-se encolhida no vão da escada, ouvindo-os e observando-os. (Sónia Duarte)

Mário Eloy, ca. 1936, Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado

Mário Eloy, Bailarico no Bairro, ca. 1936, Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado

Mário Eloy, bailarico no Bairro, ca. 1936, Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado

Museu Nacional do azulejo

Lição de música

Lição de Música (pormenor), atribuído ao monogramista PMP, 1700-1730, Museu Nacional do Azulejo, Lisboa.

Lição de Música, atribuído ao monogramista PMP

Lição de Música (pormenor), atribuído ao monogramista PMP, 1700-1730, Museu Nacional do azulejo, Lisboa (Sónia Duarte)

Músicos

Presépio da Madre de Deus. Séc. XVIII. Museu Nacional do Azulejo, Lisboa

Presépio da Madre de Deus.

Presépio da Madre de Deus. Séc. XVIII. Museu Nacional do azulejo, Lisboa

de Lisboa

Músicos

Coro de anjos tocando instrumentos. Sé de Lisboa. Único presépio assinado por J. Machado de Castro (1766). Foi acrescentado por J. José de Barros

Coro de anjos tocando instrumentos, de J. Machado de Castro (1766)

Coro de anjos tocando instrumentos. de Lisboa. Único presépio assinado por J. Machado de Castro (1766). Foi acrescentado por J. José de Barros