Lourinhã e os seus músicos

Manuel Maria Baltazar, maestro, da Lourinhã
Músicos naturais do Concelho da Lourinhã

Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.

  • Ana Ventura (canto, piano)
  • Diogo Picão (cantautor)
  • Manuel Maria Baltazar (maestro, compositor)

Ana Ventura

Ana Ventura, cantora e pianista, da Lourinhã

Ana Ventura, cantora e pianista, da Lourinhã

Diogo Picão

Diogo Picão, cantautor, da Lourinhã

Diogo Picão, cantautor, da Lourinhã

Manuel Maria Baltazar

Manuel Maria Baltazar, maestro, da Lourinhã

Manuel Maria Baltazar, maestro, da Lourinhã

Diogo Picão

Diogo Picão começou o seu percurso musical aos 15 anos, na escola de Jazz de Torres Vedras, e fez o curso de Jazz na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (Porto). A paixão pela escrita de canções surgiu logo durante o curso, quando começou a aprender piano. Uma paixão que aliou ao gosto pela palavra. “Cidade Saloia” é o disco de estreia de Diogo Picão, um cantautor “nascido e criado na Lourinhã”, que faz da sua música um íman de culturas.

O álbum inclui 12 canções originais, 11 delas em português e uma em castelhano. Composições que “foram acontecendo”, ao longo de dois anos a tocar em Lisboa, e foram “juntando pessoas” de várias geografias. Dos 16 músicos que participam no disco, apenas sete são portugueses. Um deles, o guitarrista Anders Perander, é finlandês e constrói cavaquinhos em Lisboa. Há ainda alemães, italianos, espanhóis, um holandês e um búlgaro. Em entrevista à Rádio Renascença, a 28 de fevereiro de 2018, considera-se um “saloio” a viver na cidade e canta-o com orgulho. Nasceu na Lourinhã, passou pelo Porto e pela América Latina e assentou arraiais em Lisboa, há cinco anos. Uma cidade onde continua a viajar, desta vez através da música.

Manuel Maria Baltazar

Músico, maestro e chefe de banda militar português, Manuel Maria Baltazar nasceu na Lourinhã a 20 de novembro de 1927 e morreu em Lisboa, a 9 de dezembro de 1992. Aos 16 anos integrou a banda da Guarda Nacional Republicana. Mais tarde, concorreu à Banda da Marinha Portuguesa onde atingiu o topo da carreira com o posto de Capitão-tenente. Manteve-se na chefia da Banda da Marinha Portuguesa entre 1976 e 1987.

Foi autor de várias composições e arranjos musicais tendo também sido maestro de várias Bandas civis entre as quais a Banda da Lourinhã – sua terra natal. Enquanto maestro da banda da Sociedade Filarmónica União Seixalense, dirigiu-a no disco que comemorou o centenário da coletividade, a 1 de junho de 1971, onde ficaram registadas as marchas Regresso de um Fuzileiro, Rio Sousa, Luís de Camões e Rio Lima, sendo poucas as filarmónicas a gravarem o seu repertório no século passado.

Após a sua morte, a Câmara Municipal da Lourinhã decidiu atribuir o seu nome a uma avenida da sede do concelho: Avenida Manuel Maria Baltazar 2530-921 Lourinhã, freguesia e concelho da Lourinhã, distrito de Lisboa, GPS: 39.244242, -9.312084. Também a Associação Musical e Artística Lourinhanense, da qual foi fundador, lhe prestou homenagem, dando ao seu auditório o nome do maestro.