Mangualde e os seus órgãos de tubos

Órgãos de tubos do concelho de Mangualde [1]

De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Igreja da Misericórdia de Mangualde

Igreja da Misericórdia de Mangualde

Igreja da Misericórdia de Mangualde

Veja AQUI o álbum Pinterest do órgão da Igreja da Misericórdia.

A atual Igreja da Misericórdia de Mangualde, bem como a torre e as casas anexas, remontam à segunda década de Setecentos, mais precisamente a 1721, ano que em foi lançada a primeira pedra do templo. As dificuldades financeiras com que a Misericórdia se debatia foram sendo colmatadas quer pela generosidade do Rei D. João V, que sempre aceitou os pedidos da Irmandade, quer pelo então Reitor, Simão Paes de Amaral, fidalgo d-El Rei, Provedor da Misericórdia, cavaleiro professo da Ordem de Cristo e capitão-mor do concelho, que deu grande impulso a estas obras, doando os terrenos e contribuindo, ainda, financeiramente para a conclusão das mesmas (ALVES, 1959, pp. 29-42). O risco do edifício foi encomendado a Gaspar Ferreira, um artista coimbrão, arquitecto e entalhador (facto comum à época, uma vez que as estruturas arquitectónicas dos conjuntos retabulares eram bastante atractivas para os arquitectos), que trabalhou em Coimbra e noutras cidades do centro do país. Em Mangualde, e para além deste templo, desenhou também o recolhimento de Nossa Senhora da Conceição e as casas de José Rebelo Castelo Branco. A igreja, de planta retangular, de nave única, com Capela-mor mais estreita, apresenta fachada animada por um frontão constituído por duas volutas, com óculo central rematado por pináculos e cruz. O portal principal é reto, sobrepondo-se-lhe uma janela de sacada. Quatro janelas ladeiam o conjunto, o que divide o alçado em três grandes composições verticais. No alçado ocidental ergue-se uma varanda com colunata toscana, a que se acede por uma escadaria. Este elemento, erguido à frente da sacristia e da torre, recorda determinadas construções nobres dos séculos XVII e XVIII. Fruto da sua formação de autodidacta, Gaspar Ferreira optou, neste templo, por um “(…) esquema pautado ainda por padrões provincianos”. Se a igreja foi sagrada em 1724, a campanha decorativa do interior conheceu muito maiores dificuldades financeiras, prolongando-se, pelo menos até à segunda metade de Setecentos. Assim, o contrato celebrado entre o entalhador portuense Luís Pereira da Costa e a Irmandade, data apenas de 1729. Já as imagens de São Simão, São João Baptista, Santa Bárbara e São Bartolomeu foram esculpidas por Mestre Custódio de Sousa, também originário do Porto. A imagem de Nossa Senhora da Misericórdia foi executada em Braga. A nave é coberta por teto pintado em trompe l’oeil com a representação de Nossa Senhora da Assunção. As paredes são revestidas por painéis de azulejos azuis e brancos, de fabrico coimbrão, com cercaduras arquitetónicas. Do lado do Evangelho observam-se cenas da Apanha do Maná, e do lado oposto as bodas de Canaã e São Martinho de Tours oferecendo a capa a um pobre. Sob o púlpito, emblemas clericais. Os painéis da Capela-mor, de c. 1724, representam um jardim concluso e a Porta Coeli. Reveste o teto da Capela-mor um conjunto de caixotões com telas representando passos da vida da Virgem.

Fonte: DGPC, Rosário Carvalho

Órgão em tribuna própria

Órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde

Órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde

Órgão visto do coro alto

Órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde

Órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde

coroamento

Órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde

Órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde

Trombetas desaparecidas

Órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde

Órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde

tribuna

Órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde

Órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde

consola

Órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde

Órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde

Pisantes

Órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde

Órgão da Igreja da Misericórdia de Mangualde