Mesão Frio e os seus músicos
Músicos naturais do Concelho de Mesão Frio
Projeto em desenvolvimento, o Musorbis aproxima os munícipes e os cidadãos do património musical e dos músicos do Concelho.
- Alfredo Teixeira (compositor, 1965)
- Vítor Rua (compositor, 1961)
Alfredo TeixeiraAlfredo Teixeira é Professor associado da Faculdade de Teologia, Doutor em Antropologia (especialização em Antropologia Política) pelo Instituto de Ciências do Trabalho e Empresa – Instituto Universitário de Lisboa, Mestre em Teologia Sistemática e Licenciado em Teologia pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa. Leciona na área de Estudos de Religião e de Métodos em Teologia Prática. As suas principais áreas de investigação são: identidades e instituições religiosas na sociedade portuguesa; performatividades e estéticas do religioso; novas teorias da religião.
Alfredo Teixeira
É Diretor do Instituto de Estudos de Religião da UCP. É membro da Direção da Faculdade de Teologia e da Direção do Centro de Investigação em Teologia e Estudos de Religião; Integra o Conselho Científico da mesma Faculdade e o Conselho de Direção da revista Didaskalia. É membro da Sociedade Científica da Universidade Católica Portuguesa; da Associação «Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa» e da Comissão da Liberdade Religiosa (Ministério da Justiça). Participa na coordenação da rede de investigadores «Religião e modernidades múltiplas» (ReliMM) e (co)coordenou os seguintes projetos: «Os professores e a cultura religiosa na Escola»: inquérito exploratório». Para além da sua atividade académica; desenvolve uma reconhecida atividade de composição musical.
Vítor Rua
Natural de Mesão Frio, Vítor Rua (1961) é um compositor, improvisador, instrumentista e videasta, é multidimensional. O músico autodidacta iniciou a sua atividade no âmbito do rock, mas foi progressivamente aproximando-se dos círculos da nova música sem, no entanto, ter abandonado por completo a atividade noutras áreas musicais. A sua experiência tem-se caracterizado ao longo dos anos por uma sistemática abordagem a diversas tipologias musicais, como: o art-rock, o minimalismo, a música eletrónica e concreta, o jazz ou a música improvisada.
Estudou guitarra na Escola de Música Duarte Costa de 1974 a 1976 no curso lecionado por José Pina, no Porto. A partir de 1971, iniciou a sua atividade profissional integrando conjuntos executantes de covers de pop-rock e criando grupos de rock para executar originais. Entre 1976 e 1977, integrou o grupo King Fisher’s Band, e, dois anos depois, fundou, com Alexandre Soares, os GNR. Com esta banda deu vários concertos, destacando-se o derradeiro no Festival de Vilar de Mouros de 1982. Nesse ano, conheceu Jorge Lima Barreto, cuja influência terá sido decisiva para a sua mudança definitiva de rumo musical. Juntos formaram o grupo Telectu, um dos primeiros em Portugal a dedicar-se à música eletrónica improvisada.
Vítor Rua tem composto para teatro, dança e cinema. Desempenhando várias funções em diferentes atividades artísticas, a sua ação pautou-se pelo cruzamento e aproximação de diferentes domínios da música. Com uma forte componente humorística o seu estilo composicional é igualmente caracterizado pela exploração de pequenos fragmentos musicais e pelo recurso a técnicas instrumentais menos comuns para a obtenção de timbres específicos. Na sua escrita musical procura igualmente utilizar símbolos gráficos, por vezes inovadores, adequados às sonoridades e às técnicas instrumentais exigidas para a interpretação de cada uma das obras. É frequente o recurso a técnicas de sampling e processamento eletrónico do som no seu processo de criação musical.
Em 2009, na Culturgest decorreu a estreia da sua ópera “Uma Vaca Flatterzunge”, um teatro absurdo de compositores, intérpretes e musicólogos que recorre aos estereótipos da ópera bufa, séria, cómica e opereta. Vítor Rua assume uma noção desconstrutiva do teatro musical, criando um fluxo de gestos criativos enfatizados pelo humor.
Vítor Rua