Mondim de Basto e os seus músicos

Monsenhor Ângelo Minhava, compositor, de Mondim de Basto
Músicos naturais do Concelho de Mondim de Basto

Ângelo Minhava

Monsenhor Ângelo Minhava, compositor, de Mondim de Basto

Monsenhor Ângelo Minhava, compositor, de Mondim de Basto

A 02 de dezembro de 2016 a Rádio Renascença noticiava que falecera o Monsenhor Ângelo Minhava, aos 97 anos.

Monsenhor Ângelo Minhava destacou-se ao longo da vida como pároco, estudioso e musicólogo. Entre tantos outros motivos de destaque, é o autor da Marcha de Vila Real, que o eternizará no cancioneiro regional. Ângelo do Carmo Minhava nasceu na freguesia de Ermelo, concelho de Mondim de Basto, a 15 de janeiro de 1919. Ordenou-se sacerdote no Seminário de Vila Real, onde foi professor de música, latim, literatura e francês. Lecionou no Ciclo Preparatório e na Escola Técnica de Vila Real (Música e Educação Religiosa e Moral Católica). Organizou e dirigiu, a partir de 1946, o Orfeão do Seminário e também o Orfeão do Liceu Camilo Castelo Branco.

Organizou e dirigiu, igualmente, vários grupos corais e teatrais, em diversas terras do distrito de Vila Real. Dotado de uma cultura geral muito vasta, colaborou em muitos jornais e revistas, nomeadamente sobre temas linguísticos. É autor de obras em poesia, teatro e, sobretudo, música. Como musicólogo, dirigiu o Orfeão do Seminário, do Liceu Camilo Castelo Branco, da Escola Comercial e Industrial e do Instituto Politécnico, hoje Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Musicou letras de muitos poetas e poetisas de todo o país, incluindo Madeira e Açores. Autor de muitas músicas de várias marchas, de que se destacam a de Vila Real, Mondim de Basto, Arrabães, Sabrosa, Mesão Frio, Cerva e Santa Marta de Penaguião. Como escritor, escreveu em todas as áreas literárias destacando-se na poesia, com o poema herói-cómico-lírico a “Cabrilada”; no teatro com “A Bengala Milagreira”, “A Feira dos Pucarinhos” e “Recitativos” (alguns em francês e em castelhano); na Linguística: “Venha comigo à Lua” e “Aleo Aleo – quem adivinha?”; e na cultura religiosa e histórica, destaque para “Veja se Sabe” (Diálogos com um estudante, sobre Cristianismo e Materialismo).

Foi designado monsenhor em 20 de abril de 1997, aquando das bodas de diamante da diocese de Vila Real. Em 3 e 4 de abril de 1998 foi homenageado pela cidade de Vila Real. As exéquias fúnebres foram presididas pelo bispo de Vila Real, D. Amândio Tomás.