Montemor-o-Velho e os seus órgãos de tubos

Igreja da Misericórdia
Órgãos de tubos do concelho de Montemor-o-Velho [5]

Igreja Matriz de Arazede

[ Igreja Paroquial ] [ Nossa Senhora do Pranto ]

Igreja Matriz de Arazede

Igreja Matriz de Arazede

A Igreja Matriz de Arazede é um edifício de arquitetura religiosa dedicado a Nossa Senhora do Pranto.

Igreja da Misericórdia de Pereira

Igreja da Misericórdia

Igreja da Misericórdia

A Igreja da Misericórdia situada na freguesia de Pereira foi construída a partir da Capela de Nossa Senhora da Piedade, tendo sofrido obras e acrescentos ao longo dos séculos. É uma igreja de planta longitudinal, de uma só nave, com coro-alto assente em colunas. Tem Capela-mor e, na nave, três retábulos e tribuna dos mesários suportada por colunas jónicas. (Em 1498, o Juiz da Confraria de Nossa Senhora da Piedade solicitou ao monarca, D. Manuel I, “Privilégio de Misericórdia”, uma mercê concedida, com Provisão e Compromisso, concretizados no ano de 1574, transformando-se em Irmandade de Misericórdia e constituída por 80 Irmãos.)

Igreja da Misericórdia de Tentúgal

Igreja da Misericórdia

Igreja da Misericórdia de Tentúgal

A Misericórdia de Tentúgal deve a sua fundação a D. Filipe I, por Alvará de 1583, e foi este monarca que mandou edificar a igreja.  Tentúgal foi das poucas vilas, em cuja Câmara, em 1580, se proclamou Rei a D. António Prior do Crato, apesar de D. Filipe I ter mandado construir a Misericórdia e ter concedido grandes privilégios ao Convento. As obras da Igreja começaram pela fachada por volta de 1583. O retábulo principal, da autoria de Tomé Velho, estava concluído em 1600. Em 1687/94 foi construída a tribuna dos mesários, obra de Francisco Rodrigues e em 1722 foi renovada a torre e certamente o alto da frontaria. Em 1914, ocorreram obras na Igreja, ficando profanada e daí a necessidade de a benzer. A licença e Provisão de bênção foi concedida em 1914. O arco existente entre a Igreja e a Casa do Despacho (entaipado) é anterior à extinção dos vínculos (1863) e dava serventia para os edifícios do beco. Os Monumentos Nacionais intervieram na Igreja por diversas vezes: em 1979, reconstruíram a cobertura em pré-esforçado; em 1981, repararam o teto e fachadas; e em 1986/87, realizaram obras de beneficiação (conclusão do restauro).

Órgão de armário

Órgão da Igreja de Misericórdia de Tentúgal

Órgão da Igreja de Misericórdia de Tentúgal

Perspetiva lateral

Órgão da Igreja de Misericórdia de Tentúgal

Órgão da Igreja de Misericórdia de Tentúgal

Manual

Órgão da Igreja de Misericórdia de Tentúgal

Órgão da Igreja de Misericórdia de Tentúgal

Igreja de Nossa Senhora dos Anjos

[ Igreja do antigo convento ]

O Convento de Nossa Senhora dos Anjos teve a sua origem numa pequena ermida pertencente a Diogo da Azambuja. Em 1494, o Papa Alexandre VI passou o breve da fundação do Convento dos frades eremitas de Santo Agostinho, sendo o seu principal impulsionador Diogo da Azambuja. As obras foram lentas, sendo a igreja a primeira a ser construída. No séc. XX foi classificado como Monumento Nacional e intervencionado. A planta é composta pela igreja, sacristia, cozinha, refeitório, claustro, Sala do Capítulo, celas, portaria e outras dependências.

Fonte: CMM

Igreja Matriz de Tentúgal

[ Nossa Senhora da Assunção ]

Igreja Matriz de Tentúgal

Igreja Matriz de Tentúgal

Em 1288 a igreja era doada ao mosteiro de Ceiça, por ordem de D. Dinis. Na época, era designada por igreja de Santa Maria de Mourão. Em 1420 o templo foi reconstruído a expensas do infante D. Pedro, duque de Coimbra e donatário da vila de Tentúgal. Nos séculos XVI e XVII a igreja foi objeto de novas campanhas de obras, que lhe conferiram a atual estrutura interior. Dedicada a Nossa Senhora da Assunção, a matriz de Tentúgal mantém a estrutura exterior original, muito simples e depurada. A fachada, dividida em dois registos, possui no primeiro portal com moldura em arco quebrado com duas arquivoltas e sem decoração ou capitéis, encimado por óculo no segundo registo. Do lado esquerdo foi adossada a torre, de planta quadrangular, rematada por merlões, à qual se acede por portal de arco quebrado precedido por escadas. As fachadas laterais são rematadas superiormente por cachorrada. Interiormente, o templo apresenta planta longitudinal de nave única, dividida por arcos de volta perfeita, que abrem para quatro capelas laterais. Do lado do Evangelho são dedicadas à Senhora da Boa Morte, com um retábulo dedicado a São Miguel, com tábuas do século XVII, e a Santo António, originalmente dedicada ao Espírito Santo, construída em 1580. As capelas do lado da Epístola são dedicadas a Nossa Senhora da Rosa, edificada em 1616, e a Nossa Senhora da Conceição (1632). A Capela-mor, de planta retangular, possui retábulo de pedra policromado edificado cerca de 1545, possivelmente pela escola de João de Ruão. Dividido em três registos, o retábulo possui ao centro uma imagem da Virgem com o Menino – designada localmente como Nossa Senhora do Mourão. A imagem é ladeada por imagens de santos mártires. No registo superior foram esculpidos relevos com cenas da Vida da Virgem, ladeados por anjos músicos. O sacrário, colocado no registo inferior, é ladeado por dois baixos relevos representando São Pedro e São Paulo. Junto à Capela-mor foram edificadas duas capelas colaterais. Do lado da Epístola, a Capela do Sacramento, mandada edificar em 1575. A do Evangelho é denominada Capela de Jesus e foi mandada edificar em meados do século XVI. O templo foi objecto de obras de reparação e beneficiação, tanto exteriores como interiores, entre os anos de 1995 e 2000.

Fonte: DGPC, Catarina Oliveira

Igreja do antigo Convento de Nossa Senhora do Carmo de Tentúgal

[ Convento de Nossa Senhora da Natividade ] [ Convento das Carmelitas ]

Igreja do antigo Convento de Nossa Senhora do Carmo de Tentúgal

Igreja do antigo Convento de Nossa Senhora do Carmo de Tentúgal

O convento de Nossa Senhora do Carmo de Tentúgal teve origem em 1560 ou 1565, quando o senhor da vila D. Francisco de Melo decidiu erguer um convento feminino de Carmelitas Descalças, solicitando a colaboração financeira da confraria de São Pedro e São Domingos da mesma localidade. Sobre esta primeira campanha de obras sabe-se que foi dirigida, entre 1584 e 1588 pelo mestre Tomé Velho (que trabalhou na Velha e em Santa Cruz de Coimbra) e que o risco do dormitório, de 1585, é devido ao mestre Jerónimo Francisco. O conjunto atual e que, por sua vez, se encontra parcialmente destruído, remonta ao século XVII, conforme é referido nas muitas datas que se exibem nas dependências conventuais. A extinção das Ordens Religiosas trouxe consigo a desagregação do convento, do qual apenas subsiste a igreja, a portaria, e algumas dependências. Assim, é mais antiga a Capela-mor do templo, concluída em data próxima a 1616, reparada em 1630 e com comungatório desde 1666. Corresponde, certamente, à década de trinta do século XVII a grande campanha de obras de reforma. O portal da portaria e o da igreja (transversal conforme convém aos conventos femininos) empregam um vocabulário maneirista numa estrutura muito semelhante, sabendo-se que o último foi executado em 1633, conforme a data inscrita no seu lintel. Já o púlpito exibe o ano de 1632 e toda a igreja apresenta um silhar de azulejos de padrão do século XVII. No interior da igreja, a nave única é coberta por abóbada de caixotões lisos de cantaria, tal como a Capela-mor, onde estes exibem relevos. Uma outra campanha decorativa foi responsável pelo retábulo-mor, de características Rococó e muito possivelmente de fabrico coimbrão, e o teto apainelado do coro alto, realizado em 1757. Conserva-se nesse espaço o cadeiral seiscentista com 30 cadeiras depois ampliadas para 43.

Órgão histórico [ I ; 4(2+2) ] construído por Manuel Benito Gomes (Herrera), c. 1710, restaurado pela Oficina e Escola de Organaria, em 2005, opus 48.