Odemira Rota Musical
MÚSICA À VISTA
Sugestões de património edificado em Odemira
A rota musicoturística do Musorbis para o Concelho de Odemira propõe-lhe uma ida à inspiradora Praia da Amália, umas férias na Herdade da Amália e visita à Nova Casa do Cante.
Praia da Amália
Inserida no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a Praia da Amália deve o seu nome ao facto de a fadista ter passado férias aqui, junto do mar, em busca de inspiração e descanso. A casa de férias recebe turistas, tendo uma vista privilegiada sobre a costa.
Praia da Amália
Amália em mural
Amália em mural
Amália em mural
Herdade Amália (Brejão)
Amália Rodrigues e César Seabra, seu marido durante 36 anos, adquiriram, na década de 60, uma propriedade na Costa Vicentina, onde foi edificada a sua deslumbrante e “transparente” casa de férias – um projeto do grande arquiteto Conceição e Silva. A Herdade Amália foi durante cerca de 30 anos um refúgio de férias para os dois. A Herdade dispunha de um acesso privativo à praia.
No entanto, de alma generosa, inclusiva e solidária, Amália cedeu através da sua propriedade acesso público à praia, que tem agora o nome de Praia Amália. É uma herdade onde, a cada momento, se materializa a sua presença e a sua enorme paixão pelas flores, pela Natureza e onde em cada objeto se reconhece e identifica a sua visão e gosto pela vida. É considerada tanto um marco histórico na vida da artista, como em toda a região e especificamente para o povo do Brejão, povoação localizada a 2 km. A Herdade está concedida à exploração para alojamento local, sendo que a Casa Principal disponibiliza 2 quartos (suites), sala de estar e de jantar enquadrados num único open space. Existe ainda uma segunda casa denominada Casa das Flores composta por dois T1.
A vida e obra de Amália Rodrigues foram recordadas, nos 20 anos da sua morte, com visitas, missa campal e uma noite de fados. O evento “Odemira Recorda Amália” (1920-1999), organizado pelo município, em parceria com a Fundação Amália e a Associação Cultural e de Desenvolvimento Económico-Social do Brejão, pretendeu homenagear “a grande voz do fado e manter viva a sua ligação ao território de Odemira”.
O evento marcou igualmente o arranque das comemorações do centenário do nascimento da fadista, com um programa de atividades em todo o país que se iria estender até ao final de 2020. O programa incluiu a exibição do filme “Amália”, do realizador Carlos Coelho da Silva, no Centro Sócio-Cultural do Brejão.
Odemira na casa de férias
Casa do Cante de Odemira
A Casa do Cante de Odemira foi inaugurada a 27 de novembro de 2016, domingo, celebrando o segundo aniversário classificação do cante alentejano como Património Imaterial da Humanidade. O novo espaço, situado no Bairro 11 de Março (Bairro da Cooperativa), em Odemira, “visa não apenas a promoção do cante, mas de toda a cultura musical de Odemira”.
“O nosso grande objetivo é criar condições para que o cante continue vivo no nosso concelho. E queremos que seja um espaço onde o cante seja espontâneo. Para isso, vamos ter várias atividades, sempre à volta do cante e da música de tradição, fazendo com que as pessoas continuem a dar força ao cante no concelho”, explica ao “Jornal do Sudoeste” Marco Vieira, responsável da Escola de Música Tradicional de Odemira (EMTO).
Segundo o músico, o novo espaço será “local de visita obrigatória” no concelho, com exposições sobre construção de violas campaniças, instrumentos e música tradicional, artes e ofícios, promoção de workshops e encontros da comunidade. “Não vai estar aberta todos os dias, pois não temos pessoal para isso, mas será também um sítio para mostrar a força do Alentejo e do nosso concelho a quem nos visita”, adiantou Marcos Vieira, explicando que o objetivo passará por trabalhar diretamente com os agentes turísticos, para que a Casa do Cante seja também um espaço de visita. “Além da Casa do Cante, temos logo ao lado a nossa oficina de violas campaniças, onde há quase sempre alunos a construir as suas violas”, acrescentou. Criada como espaço multiusos e multifacetado, “sempre ligado às raízes da música tradicional, onde o cante é ‘senhor e dono”, a nova Casa do Cante representou um investimento de cerca de 5.000 euros.
O investimento foi, segundo Marco Vieira, “garantido sobretudo pelas verbas angariadas pela própria escola (frequentada por cerca de 120 alunos), através da atuação dos seus grupos”. O projeto da Escola de Música Tradicional de Odemira foi fundado em 2013 por Marco Vieira, antigo baixista da banda “Pólo Norte”. Em 2014 nasceu a Associação Multicultural de Odemira (AMO) que se tornou “o suporte para o empreendimento” dos vários projetos.
Monumento ao Cante Alentejano
O Monumento ao Cante Alentejano é uma obra de arte pública na vila de Odemira, Baixo Alentejo, Portugal. Situado na zona da Quinta da Estrela, retrata um grupo coral. Tem 12,5 m de comprimento, 6 m de altura e 14,5 t de peso. Foi esculpido por Fernando Fonseca, e executado pela empresa Gate7, de Torres Vedras. A estátua é em poliestireno expandido, sendo a estrutura interior em metal, reforçada com betão. Tem como finalidade recordar a classificação do Cante Alentejano como Património Imaterial da Humanidade, por parte da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, e perpetuar a memória desta modalidade musical, promovendo-o junto das novas gerações. No âmbito da cerimónia de inauguração, foi igualmente organizada a exposição de fotografia Cante – Alma do Alentejo, em colaboração com o Museu do Cante Alentejano do Município de Serpa.
Fonte: Wikipédia