Oeiras e os seus órgãos de tubos

Igreja matriz de Oeiras
Órgãos de tubos do concelho de Oeiras [6]

Aos três órgãos históricos que existiam no Concelho, juntam-se três órgãos, dois em Linda-a-Velha e um na Igreja Paroquial de Paço de Arcos. De acordo com as informações disponíveis, existem órgãos de tubos nas seguintes igrejas do Concelho:

Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo

Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo, Linda-a-Velha

Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo

Localizada em Linda-a-Velha, a Escola de Música Nossa Senhora do Cabo é uma escola de música e dança que promove o ensino das artes, educando cada pessoa na sua dignidade plena, promovendo-se a si mesma e aos outros, através do ensino artístico, valorizando todas as dimensões da pessoa humana: espiritual, intelectual, emocional e física.

A Escola de Música Nossa Senhora do Cabo possui um órgão positivo construído em 1997 por Dinarte Machado – Atelier Português de Organaria.

Órgão Dinarte Machado

Órgão da Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo

Órgão da Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo

Igreja Matriz de Carnaxide

Igreja de São Romão, Carnaxide

Igreja de São Romão, Carnaxide

A igreja teve a sua origem num pequeno templo edificado no reinado de D. Fernando, em 1384 e é dedicada a S. Romão, padroeiro dos lavradores. A pequena ermida foi reconstruída e convertida em Igreja Paroquial no 3º quartel do séc. XVIII, tendo passado por várias fases de construção. Há provas dessas fases através dos vários elementos que cada época nos deixou; de 1528 data a cruz prioral, de 1588 o relógio de Sol, de 1688 a torre do lado poente e a campa da sepultura colocada à entrada e de 1694 a sacristia. De planta retangular, o interior da igreja apresenta nave única totalmente revestida a azulejo monocromo de tapete e cobertura em abóbada de berço. Sob o coro-alto, observam-se painéis azulejares monocromos, com as representações de São Pedro e São Paulo. Antecede a Capela-mor um arco triunfal ladeado por dois altares em talha dourada. A Capela-mor, de planta quadrada e cobertura em abóbada de aresta ornada com pintura decorativa, ostenta panos de muro animados por portas encimadas por janelas de peito retangular, e altar-mor precedido na cabeceira por camarim com trono. O edifício sofreu grandes danos com o terramoto de 1755. Para sua reconstrução contribuiu o Rei D. José e o povo de Carnaxide. Nesta altura foi refeita a parte superior da frontaria e no interior foi construído um novo coro alto de pedraria, possivelmente do arquiteto Mateus Vicente de Oliveira. No entanto, só no ano de 1970 esta igreja foi definitivamente acabada.

Na Igreja Paroquial de  São Romão de Carnaxide existe um órgão histórico da família Cunha, que tem a inscrição “O fez em Lisboa no anno de 1755”. No ano do terramoto que devastou Lisboa, João da Cunha, organeiro, filho de Philipe da Cunha, construiu o último dos seus instrumentos, um ano antes de morrer, constrói.

Este órgão foi  ainda idealizado num formato (composição) onde se privilegiam os registos inteiros, sendo meios registos e neste caso em particular, uma registo composto à mão esquerda e a Cornetilha à mão direita. Os restantes registos são inteiros:

  • Flautado de 12 tapado
  • Flautado de 6 tapado
  • Quinzena
  • Dezanovena
  • Vigéssima segunda
  • vigéssima sexta, (com duas repetições ao longo da tessitura).

O restauro está a cargo de Dinarte Machado – Atelier Português de Organaria, em cooperação com a Empresa de Conservação e restauro Monumenta, a qual desenvolve e tem à sua responsabilidade, outros trabalhos de conservação e restauro de recuperação da mesma Igreja. Apesar de muito danificado, conserva todos os aspetos da construção original, o qual proporciona um acrescento a tudo o que já se sabe sobre a construção de órgãos em Portugal nesta época, acima de tudo por esta família de organeiros (Philipe da Cunha, João da Cunha e José Leandro da Cunha).

João da Cunha o fez

Órgão João da Cunha, da Igreja Matriz de Carnaxide, Oeiras

Órgão João da Cunha, da Igreja Matriz de Carnaxide, Oeiras, créditos Dinarte Machado

Fonte: Dinarte Machado

Reciclanda

Reciclanda

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração). Dinamiza oficinas de música e atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária podem contratar serviços Reciclanda.

Contacte-nos:

António José Ferreira
962 942 759

Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Cabo

Igreja de Nossa Senhora do Cabo, Linda-a-Velha

Igreja de Nossa Senhora do Cabo, Linda-a-Velha

Igreja moderna localizada na Rua dos Lusíadas, Linda-a-Velha

A igreja de Nossa Senhora do Cabo possui um órgão Dinarte Machado – Atelier Português de Organaria, construído em 2006, órgão de três teclados manuais e pedaleira, com acoplamentos.

Grande órgão Dinarte Machado

Órgão da Igreja de Nossa Senhora do Cabo

Órgão da Igreja de Nossa Senhora do Cabo

Órgão Dinarte Machado

Órgão da Igreja de Nossa Senhora do Cabo

Órgão da Igreja de Nossa Senhora do Cabo

Igreja Matriz de Oeiras

Igreja matriz de Oeiras

Igreja Matriz de Oeiras

Dedicada a Nossa Senhora da Purificação, a Igreja Matriz de Oeiras começou a ser construída em 1702 e foi inaugurada em 1744. A construção da atual Capela-mor, com o fecho da abóboda, foi terminada em 1704. O responsável pelo projeto arquitetónico foi o célebre arquiteto régio João Antunes, nesta fase já no final da sua carreira. O superintendente que finalizou as obras foi D. António Rebelo de Andrade que personifica o mecenas da época barroca. No entanto e à data da sagração desta obra, embora a igreja estivesse totalmente edificada, faltava a colocação das pinturas. O interior da Igreja possui alguns elementos que se destacam pela sua grande beleza. É o caso da pia batismal, obra do mestre Matias Duarte, com o pé de pedra bastarda e o corpo de pedra lioz. O lavatório da sacristia é outro dos elementos a destacar. Obra do mestre anterior, apresenta uma conjugação muito feliz de pedra lioz (branca) e de pedra vermelha (mármore avermelhado), tratando-se de um conjunto de rara perfeição e beleza, salientando-se também os púlpitos, de perfeição e rendilhados impressionantes. No altar-mor existem quatro grandes pinturas realizadas por Miguel António do Amaral. Uma delas representa a última ceia; outra, uma cena da Vida de Jesus e outra representa Madalena. Por cima dos altares da igreja salientam-se dez pinturas com momentos marcantes da vida da Virgem. São temas escolhidos por António Rebelo de Andrade, assim como os oito painéis que também decoram estes altares. No alto, por cima do arco cruzeiro, salienta-se a pintura central alusiva à padroeira da igreja, pertencente à oficina de Jerónimo da Silva de Lisboa.

Fonte: CMO

A Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Purificação de Oeiras possui um Órgão Joaquim António Peres Fontanes, construído em 1829, restaurado em 2001 por Dinarte Machado – Atelier Português de Organaria. É seu organista Daniel Oliveira.

Órgão no coro alto

Órgão da Igreja Matriz de Oeiras

Órgão da Igreja Matriz de Oeiras

Órgão histórico da Igreja Matriz de Oeiras

Órgão histórico da Igreja Matriz de Oeiras

Órgão histórico da Igreja Matriz de Oeiras

Órgão histórico da Igreja Matriz de Oeiras

Igreja Paroquial de Paço de Arcos

Igreja moderna, construída em 1970.

Em tribuna própria encontra-se na Igreja Paroquial do Senhor dos Navegantes de Paço de Arcos um órgão holandês Flentrop montado pela Oficina e Escola de Organaria, de Pedro Guimarães e Beate von Rohden (de Esmoriz), inaugurado em 2020.

Órgão de Tubos da Igreja Paroquial de Paço de Arcos
Órgão da igreja paroquial de Paço de arcos

Órgão da Igreja Paroquial de Paço de arcos

No dia 30 de agosto de 2020, ocorreu a cerimónia de Bênção do novo Órgão de Tubos da Igreja Paroquial de Paço de Arcos, órgão holandês Flentrop montado pela Oficina e Escola de Organaria.

Inserida nas Festividades em honra do Senhor Jesus dos Navegantes, a cerimónia foi presidida pelo Cardeal Patriarca, D. Manuel Clemente, e contou com a presença do presidente da Câmara, Isaltino Morais. Foram interpretados temas de Scheidemann, Böhm, Walther, Bach e Mendelssohn pelo organista António Duarte.

Este órgão de tubos, instrumento todo mecânico de tradição neo-barroca, da Igreja Paroquial de Paço de Arcos servirá para o acompanhamento litúrgico das celebrações religiosas, enriquecendo a oferta de música erudita no concelho de Oeiras.

Em 2019, o Município de Oeiras atribuiu uma comparticipação financeira, no valor de 100 mil euros, à Fábrica da Igreja do Senhor Jesus dos Navegantes de modo a se proceder à aquisição de um órgão de tubos de grandes dimensões. Esta comparticipação serve, igualmente, para a formação de novos músicos e compositores, dando continuidade à presença da Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo nas instalações da Paróquia de Paço de Arcos.

FONTE:

Câmara Municipal de Oeiras