Oliveira do Bairro e as suas filarmónicas

Banda Filarmónica da Mamarrosa

Filarmónicas de Oliveira do Bairro

História, bandas de música e atividades no Concelho

[ No que se refere às filarmónicas, o projeto Musorbis está apenas a começar, sendo previsível que até ao final do ano todas as bandas possam estar na plataforma. O processo pode ser acelerado com a cooperação dos interessados no que se refere a historiais e fotografias em falta. ]

Banda Filarmónica da Mamarrosa

Apresentada em público pela primeira vez em 1916, a BFM chamou-se nessa altura Banda Escolar, por ser constituída pelos alunos da Escola Primária onde lecionava o seu maestro fundador, Jayme de Oliveira Pinto de Sousa. Após a morte do maestro fundador, em 1940, passou a Banda a ser dirigida sucessivamente pelos seus filhos José, António e Orlando, até que, por meados da década de 70, culminando um processo lento de degradação provocada pela falta de uma escola de música e falta de renovação dos seus efetivos, a Banda haveria de conhecer um período menos bom da sua existência.

BFM

Banda Filarmónica da Mamarrosa

Banda Filarmónica da Mamarrosa

Um grupo de Mamarrosenses fundou em 1978, a Associação Beneficente, Cultura e Recreio da Mamarrosa com o objetivo primeiro de a revitalizar. É então que, pela mão de dois músicos, Álvaro Ferreira e Armando Vida, principalmente o primeiro – , começaram a entrar para a Banda dezenas de jovens e crianças. Mercê de uma política de promoção em 1988, em que ofereceu concertos em recintos cobertos às populações vizinhas, a Banda conseguiu, em grande medida, despertar novo interesse para este tipo de formação musical e instrumental. Em 1991 a Direção levou a efeito, com pompa e circunstância, as comemorações das Bodas de Diamante.

Em 1992, o sonho de possuir um novo instrumental tornou-se realidade com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura, da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro e da Junta de Freguesia de Mamarrosa e do grande empenhamento de toda a Direção. A Banda Filarmónica da Mamarrosa, possui uma Escola de Música e é regida pelo maestro Fernando Ribeiro Lopes.

Recebeu numerosas solicitações para atuar no Norte e Centro do País, no Minho e Trás-os-Montes. Participou no Festival EDP de Bandas de Musica, no âmbito das comemorações do 8º aniversário da empresa. Em 1999, deslocou-se a França, para actuar em Lamballe – Bretanha –, integrada na geminação de Oliveira do Bairro com Lamballe. Em 2000 e 2001, atuou na RTP 1 no programa Praça da Alegria.

Em 2000 gravou ao vivo o 1º CD”. Participou no Jubileu dos Músicos no Santuário de Fátima. Gravou o 2º CD. Em 2001,  lançou o livro “A música na Batuta do Tempo”, biografia da Banda Filarmónica da Mamarrosa. Foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Cultural, Grau Ouro. Em 2002, deslocou-se a Espanha, para atuar em Valência, integrada num intercâmbio cultural com a Unió Musical d’Alaquàs.

Em  2003 realizou o II Encontro de Bandas, com a participação da Banda Filarmónica da Mamarrosa, Banda Marcial de Tarouquela e Municipal de Cinfães, Banda dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo e da Sociedade Filarmónica e Humanitária de Palmela. Gravou o 3º CD e fez tratamento acústico e térmico da sala de ensaios principal da Banda Filarmónica. Atuou, como aconteceria em 2004, nos festejos da Senhora da Agonia em Viana do Castelo.

Em 2004, realizou o III Encontro de Bandas, com a participação da Banda Filarmónica da Mamarrosa, da Banda Musical Flor da Mocidade Junqueirense, da Sociedade Filarmónica da Gançaria – Santarém e da Associação Musical de Freamunde.

Em 2005, realizou o IV Encontro de Bandas, com a participação da Banda Filarmónica da Mamarrosa, da Sociedade Filarmónica União Seixalense, da Banda Musical Castanheirense e da Banda Musical de Melres. Organizou o 1º Curso de Trompete, ministrado por Fernando Ribeiro. Criou 6 novas salas de aulas para a Escola de Música, com tratamento acústico.

Em 2006, realizou o V Encontro de Bandas, que contou com a participação da Banda Filarmónica da Mamarrosa, da Sociedade Filarmónica Fafense Banda de Revelhe e da Banda dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras. Realizou intercâmbio com a Sociedade Filarmónica União e Progresso Madalense, da Ilha do Pico – Açores. Participou no VIII Festival Internacional de Bandas de Cascais. Em 2007, gravou o 4º CD e organizou o 1º Curso de Clarinete, ministrado por António Rosa.

Reciclanda

Reciclanda

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce. Clique e saiba mais.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos seniores.

Contacte-nos:

António José Ferreira
962 942 759

União Filarmónica do Troviscal

A primeira Banda que existiu no Troviscal foi fundada em 1911 por um professor do ensino primário, José de Oliveira Pinto de Sousa, que lecionava durante a manhã as aulas curriculares e música durante a tarde. A Banda Escolar do Troviscal tornou-se nacionalmente famosa devido a sérias disputas que sustentou com a Igreja Católica, que culminaram com a excomunhão da Banda pelo Bispo de Coimbra em 1922. Ganhou reputação e prémios em certames nacionais mas viria a extinguir-se em 1942.

UFT

União Filarmónica do Troviscal

União Filarmónica do Troviscal

Em 1989 um grupo de personalidades juntou-se para convidar o Dr. Silas de Oliveira Granjo, um dos netos de José Oliveira, para que se criasse uma associação musical na Freguesia, que de alguma forma pudesse vir a dar continuidade ao legado da Banda Escolar do Troviscal. O desafio foi aceite e, nesse ano, um grupo de jovens com idades entre os 6 e os 14 anos começou a aprender música. Em dezembro desse ano era já possível ter 23 jovens a tocar 3 melodias de Natal em instrumentos de sopro. Os alicerces estavam lançados e a banda, agora chamada “União Filarmónica do Troviscal” deu início à sua atividade regular.

Em 1998, participou no Festival Internacional para jovens músicos Purmerade 98 em Purmerend na Holanda. Neste festival mereceu do júri da modalidade de “Bandas de Concerto” apreciações de bom e muito bom em todos os parâmetros analisados e ainda uma classificação de 1º lugar com louvor no concurso de solistas. Em 2000 foi reconhecida como Instituição de Utilidade Pública. Em 2001 deslocou-se a França, onde atuou no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, e em Paris. No mesmo ano atuou num festival de Bandas Juvenis em O Rosal, na Galiza, e deslocou-se à região francesa da Bretanha, onde realizou concertos em várias cidades.

Em 2002, pela 2’ª vez no festival de Purmerade na Holanda, conseguiu a qualificação de excelente em todos os parâmetros interpretativos na modalidade de concerto sendo-lhe atribuído o primeiro prémio nesta modalidade e, no concurso de solistas, arrecadou dois 1° classificados com louvor (saxofone e trompete), e dois 1° classificados (flauta e clarinete). Em 2004 representou Portugal no Festival Internacional de Bandas FIJO na cidade Checa de Cheb. Nos anos que se seguiram apresenta-se em diversos festivais e concertos em Portugal e em Espanha e manteve o seu Festival Ibérico de Bandas que organiza desde 2002.

Em 2008 venceu o primeiro prémio da 2ª Secção (bandas até 70 músicos) no “II Certâmen Internacional de Bandas de La Senia”em Espanha. Em 2010 participou na realização de uma edição do programa Câmara Clara da RTP2 dedicado às Bandas Amadoras. Em 2011 realizou uma digressão ao Extremo Oriente atuando em Macau, Hong Kong e Chiayi City (Taiwan) onde participou na 15ª Conferência Internacional da Associação Mundial de Bandas e Ensembles de Sopro (WASBE), participação da qual foi editado um CD e um DVD editados pela produtora americana Mark Records. Mantem a sua própria escola de música. Desde 2001, a direção artística da banda está a cargo de André Filipe Oliveira Granjo.

A Banda Que Tocou fora da Graça de Deus, romance de António Breda Carvalho, editado pela Gradiva em julho de 2019 (ISBN 978-989-616-918-3, 224 páginas, capa brochada/capa mole, 14,7×22,2 cm) é um livro que recria e ficciona a história da Banda do Troviscal, concelho de Oliveira do Bairro. É em simultâneo um retrato da História de Portugal, no período após a implantação da República, quando a Igreja ainda tentava resistir ao domínio republicano de cariz anticlerical. Depois de, em 1922, a banda ter participado num funeral civil foi excomungada pelo bispo de Coimbra e durante anos muitas peripécias ocorreram. Um romance divertido, de um autor com vários livros premiados.

A Banda Que Tocou fora da Graça de Deus

A Banda Que Tocou fora da Graça de Deus