Póvoa de Lanhoso e as suas filarmónicas
Filarmónicas da Póvoa de Lanhoso
Bandas de Música, História e Atividades no Concelho
02 bandas
- Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso
- Banda Musical de Calvos
Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso
A Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso terá nascido bem antes da fundação dos Bombeiros Voluntários, em 1904. Há registo de atividade até ao ano de 1963, dos seus músicos e dos maestros e até mesmo do seu nome – Banda da Póvoa de Lanhoso. Nessa data, a Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso suspendeu as suas funções por razões de ordem económica.
A reorganização da banda deu-se em 1985, após 22 anos de inatividade, por intermédio de alguns admiradores, particularmente, de António Sousa e José Coelho. Nessa altura, deu-se início à Escola de Música, com cerca de trinta alunos, que se mantém.
A Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso tem realizado diversas atuações, nomeadamente em festividades no norte do país, e ao longo dos anos tem desenvolvido um trabalho notável a nível musical, capaz de dignificar o nome da terra de Maria da Fonte em prol de divulgação da cultura.
Está sediada nas instalações dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, onde se desenvolve, paralelamente, a Escola de Música, apoiada por professores que fazem parte integrante da banda. Atualmente, com 5 dezenas de elementos, a Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso é dirigida por Fernando Ribeiro.
Banda Musical de Calvos
A Banda Musical de Calvos “é muito antiga”. Segundo o livro “Bandas de Música do concelho da Póvoa de Lanhoso – subsídios para a sua história”, do professor José Bento da Silva, um apaixonado pela história de Calvos, sua terra natal, a Banda de Calvos foi possivelmente “criada na primeira metade do século XIX, entre 1830 e 1850”, como consta em fontes documentais e registos datados desse período.
O escritor Camilo Castelo Branco, no romance “A Brasileira de Prazins”, faz referência à existência de músicos, pois que “[…] na freguesia de Calvos havia comédias nos três dias de Entrudo […] O Veríssimo dera três passos para acender um cigarro no de um músico que estava sentado num bombo […]”. Também no romance “Maria da Fonte”, do mesmo autor, a referência à Banda de Calvos é bem clara “[…] No dia seguinte, convergiram às Chãs […] a música de Calvos a bufar o Rei Chegou […]”.
Em 1846, nos livros de registo de assentos de batismo, são feitas referências à profissão de músico de alguns progenitores, comprovando a antiguidade desta Banda.
Também conhecida no passado por “Banda de Nasce” e “Banda dos Bravos” (pela sua persistência), formou gerações de músicos ao longo de décadas, sendo difícil encontrar uma casa onde não exista, ou tenha existido, um ou vários músicos. Após uma curta interrupção da atividade no período revolucionário português (1974-1977), logo se reorganizou em 1978, tendo sido registada em Notário, a constituição da Banda Musical de Calvos como associação, dando continuidade à formação de músicos até à presente data.
A 15 de maio de 1992, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso atribuiu-lhe a Medalha de Honra – Grau Ouro, momento em que a Banda comemorava os 150 anos da sua existência, efeméride evocada no dia 10 de junho.
Em 2017, no 175º aniversário, a Banda organizou, em parceria com o Município da Póvoa de Lanhoso e o INATEL, o 1º Encontro de Bandas Filarmónicas no Concelho da Póvoa de Lanhoso – “Bandas Destas Bandas”, no dia 10 de junho, que acabou por se tornar um evento de relevo, cuja dinâmica tradicional está incluída na base da banda, enquanto associação e instituição de desenvolvimento cultural e social de referência no concelho da Póvoa de Lanhoso.
A Banda Musical de Calvos conta com três participações no “Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga”, em 2014, 2017 e 2018, além de presenças em encontros de bandas em vários pontos de Portugal, continental e insular.
Conta com uma escola de música, em pleno funcionamento, onde se preparam as próximas gerações de músicos. A direção artística e musical está a cargo do Maestro Henrique Torres.