Póvoa de Varzim e o seu folclore

Grupo Folclórico de Cantares e Danças Os Camponeses de Navais
Folclore na Póvoa de Varzim

Grupos, tradições, bibliografia, discografia e atividades etnográficas no Concelho

  • Região: Douro Litoral (Douro Litoral Norte)
  • Distrito: Porto

08 grupos

  • Grupo de Danças e Cantares “Os Amigos” do Centro Social e Paroquial de Terroso
  • Grupo Folclórico de Cantares e Danças Os Camponeses de Navais
  • Rancho Folclórico das Lavradeiras de Santa Maria de Terroso
  • Rancho Folclórico de S. Pedro de Rates
  • Rancho Folclórico da Casa do Povo de Aguçadoura
  • Rancho Folclórico de Aver-o-Mar
  • Rancho Folclórico Poveiro
  • Grupo Recreativo e Etnográfico “As Tricanas Poveiras”
Grupo de Danças e Cantares “Os Amigos” do Centro Social e Paroquial de Terroso

Na estrada Póvoa de Varzim – Barcelos, entre Amorim e Laundos, situa-se a freguesia de Terroso, espraiando-se airosamente desde a encosta do Monte da Cividade até às planuras de São Lourenço, a caminho de Navais. A Freguesia é conhecida pela sua Estação Arqueológica – Cividade – pela água em que em tempos abasteceu parte da Póvoa de Varzim e o mosteiro em Santa Clara de Vila do Conde, e pela tecelagem de mantas e tapetes de trapos.

O Grupo de Danças e Cantares “Os Amigos” foi fundado em 28 de março de 1993, com o fim de animar a Festa do Idoso, em Terroso. “Os Amigos” retrata o bom relacionamento entre os membros do Grupo.

Foi com base nos valores da sua terra, aqui referidos, que elementos do Grupo se inspiraram para a elaboração de letras inéditas, que fazem parte de algumas das suas cantigas, tendo realizado em 2006 uma gravação comercial.

O Grupo apresenta uma variedade de trajes – domingueiro, trabalho, feira e até mesmo de noivos – tendo alguns sido usados pelos antepassados e outros reproduzidos. Nos primeiros cinco anos da sua existência foi autónomo, tendo sido incorporado no Centro Social e Paroquial de Terroso, a 26 de março de 1998, passando a a designação atual.

Reciclanda

Reciclanda

O projeto Reciclanda promove a reutilização, reciclagem e sustentabilidade desde idade precoce.

Com música, instrumentos reutilizados, poesia e literaturas de tradição oral, contribui para o desenvolvimento global da criança e o bem estar dos idosos. Faz ACD e ALD (formações de curta e longa duração) e dinamiza atividades em colónias de férias com crianças. Municípios, Escolas, Agrupamentos, Colégios, Festivais, Bibliotecas, CERCI, Centros de Formação, Centros de Relação Comunitária, podem contratar serviços Reciclanda.

Contacte-nos:

António José Ferreira
962 942 759

Grupo Folclórico de Cantares e Danças Os Camponeses de Navais

Associação etnográfica de raiz rural, o Grupo Folclórico “Os Camponeses de Navais” nasceu em 1983 e tem desenvolvido essa atividade cultural respeitando os usos e costumes do povo da Freguesia. Com a autenticidade das danças, cantares e trajes o Grupo foi integrado como membro efetivo da Federação do Folclore Português em 15 de dezembro de 1998.

Organiza Festival de Folclore em agosto. A sua sede é um espaço cedido pela Autarquia. Além do folclore, promove e realiza outras atividades como jogos de salão (campeonatos) e recreação de tradições populares (Janeiras).

GFCDCN

Grupo Folclórico de Cantares e Danças Os Camponeses de Navais

Grupo Folclórico de Cantares e Danças Os Camponeses de Navais

Rancho Folclórico da Casa do Povo de Aguçadoura

O Rancho Recreativo e Cultural de Aguçadoura nasceu em 1976. Durante seis anos exibiu danças e cantares de diversas regiões do país. Para garantir o seu futuro foi oficializado, em 29 de outubro de 1982, como “Rancho Folclórico da Casa do Povo de Aguçadoura”. As danças e cantares não representam apenas a região do Douro Litoral, mas também tem uma grande influência minhota. Os trajes são essencialmente de romaria, de noivos, de domingueiros, de feira e de trabalho.

RFCPA

Rancho Folclórico da Casa do Povo de Aguçadoura

Rancho Folclórico da Casa do Povo de Aguçadoura

As cantigas falam das maravilhas dos campos de Masseira (únicos na Europa), as suas praias e os seus típicos lugares. A tocata é composta por acordeões, violas, cavaquinhos, bombo, ferrinhos e reco-reco. Desde a sua fundação em atuado em todas as regiões do país (incluindo o arquipélago dos Açores), em Espanha e em França (Córsega), além de representações na televisão.

Organiza todos os anos dois festivais internacionais: Festival Internacional do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Aguçadoura; Festival integrado nas Festas da Nossa Senhora da Boa Viagem. Tem participado na organização da semana Cultural a exposição de utensílios e desfiles de usos e costumes tradicionais da região e nas Janeiras. Usa uma salão cedido pela Casa do Povo de Aguçadoura.

Rancho Folclórico das Lavradeira de Santa Maria de Terroso

O Rancho Folclórico das Lavradeira de Santa Maria de Terroso surgiu quando, na freguesia, se realizaram uns cortejos com o objetivo angariar fundos para a construção do Centro Social e Paroquial de Terroso. Um grupo de pessoas juntou-se para dançar e cantar e, encabeçados por Manuel Fernando Azevedo Moreira, presidente do Rancho, formalizou-se o agrupamento três anos depois, a dia 29 de setembro de 1996.

RFLSMT

Rancho Folclórico das Lavradeira de Santa Maria de Terroso

Rancho Folclórico das Lavradeira de Santa Maria de Terroso

Sendo Terroso uma freguesia essencialmente rural, apesar da proximidade com a Póvoa de Varzim, toda a sua atividade está centrada na agricultura, especialmente no que se refere ao cultivo de cereais como milho, trigo, aveia, cevada, centeio e linho.

Procurou-se saber, junto das pessoas mais idosas da freguesia, os usos e costumes da altura. Seguindo a tradição, o Rancho apresenta-se com os seguintes trajes: jornaleiros, ceifeiros, carreteiros, de romaria, domingueiros, noivos, ricos e de trabalho. Houve também a preocupação de fazer a recolha de instrumentos de trabalho, sendo eles: roca, fuso, dobadoura, carrela, foucinhas, malho, empadeladouro, vassoura de gesta, joga, sarilho, vara, encinho e sedeiro.

Rancho Folclórico de Aver-o-Mar

O Rancho Folclórico de Aver-o-Mar, associação etnográfica de raiz piscatória/rural, pertence à freguesia poveira criada em 1922, situada 2 Km a norte da cidade da Póvoa de Varzim. Fundado a 13 de novembro de 1988 e constituído por escritura pública em 20 de julho de 1989, o grupo é constituído por cerca de 40 elementos.

RFA

Rancho Folclórico de Aver-o-Mar

Rancho Folclórico de Aver-o-Mar

Do seu reportório destacam-se as seguintes danças: vira do Pescador, Marcha da Sargaceira, malhão de Santo André, Morena e Marcha da Nossa Terra. Através dos seus trajes e das danças, simboliza a azáfama da pitoresca freguesia, assim como os usos e costumes dos antepassados. Aver-o-Mar é o uma freguesia de Sargaceiros e Seareiros, assim, os trajes que o grupo apresenta são essencialmente representativos do trabalho do campo e da apanha do sargaço.

O Rancho organiza o seu Festival de Folclore em agosto/setembro. Usa espaços cedidos pela Direcção Escolar do Norte.

Rancho Folclórico de S. Pedro de Rates

O Rancho Folclórico de S. Pedro de Rates é uma associação de natureza etnográfica do Concelho da Póvoa de Varzim.

Linho

Rancho Folclórico de S. Pedro de Rates

Rancho Folclórico de S. Pedro de Rates

Rancho Folclórico Poveiro

O Rancho Folclórico Poveiro foi fundado em 24 de junho de 1936, pelo etnógrafo poveiro António dos Santos Graça, com a finalidade de manter vivos os trajes, danças e cantares dos pescadores. Os trajes são os usados pelos pescadores da Póvoa nos finais do século XIX. Neles predomina a “branqueta” (fazenda de lã branca) nas saias e nas calças e ainda a tão famosa camisola de lã branca, bordada a ponto de cruz com motivos marítimos.

As chulas, os viras e as danças de roda são as mais tradicionais. A tocata é formada por acordeões, violas, cavaquinhos, bombo e ferrinhos.

RP

Rancho Folclórico Poveiro

Rancho Folclórico Poveiro

Bibliografia

Rancho Poveiro. Cinquenta Anos de História. 1936-1986 Póvoa de Varzim. 1987. 24×16,5 cm. 79 págs. Brochado.
Ilustrado. Com os textos seguintes: O Grupo Folclórico Poveiro pelo Pe. Manuel Amorim; O Traje do Grupo Folclórico Poveiro pela Dra. Maria da Glória Azevedo Martins da Costa; De 1936 a 1986 por Portugal e Pelo Mundo por Armando R. Marques.

Grupo Recreativo e Etnográfico “As Tricanas Poveiras”

A 4 de Julho de 1993 nasceu na Póvoa de Varzim o Grupo Recreativo e Etnográfico “As Tricanas Poveiras”. A ideia para a formação do grupo surgiu no culminar de um encontro festivo por altura das festas de S. Pedro em 1993.  A Póvoa de Varzim, nas últimas décadas, sofreu um veloz crescimento urbano que não desfigurou o espírito poveiro, altivo e orgulhoso de suas tradições milenares e da sua terra que, enamorando-se da pesca, soube crescer e diversificar as atividades económicas.

A região da Póvoa de Varzim, vivenciando de forma intensa a pesca e a agricultura, compreende três formas distintas de subsistência, que são o ancoramento ribeirinho, tendo como atividade exclusiva a pesca, a fixação na orla marítima, onde se granjeia entre o mar e a terra e, finalmente, a sedentarização interior. Os condicionalismos geográficos e as atividades económicas moldaram diferentes realidades humanas, evidenciando-se o pescador poveiro, que vive em estreita ligação com o atlântico, desconhecendo quase tudo sobre os segredos da terra e da sua produção; o seareiro, comprometido na duplicidade entre a terra e o mar e, finalmente, o lavrador do interior que tem para com o oceano um respeito reservado.

Estas realidades acabam por moldar o espírito da terra, estabelecendo a cultura e as tradições que se refletem nas danças e cantares que o Grupo Recreativo e Etnográfico “AS Tricanas Poveiras” se esforça por divulgar. O reviver, através da graciosidade das melodias dos autores poveiros e do cancioneiro popular, é exibido com encanto nos salões de festas, nos festivais de folclore, nas romarias e até mesmo no teatro de revista.

Existem duas versões das Tricanas, a versão recreativa, que realça a mulher da Póvoa, “Tricana Poveira”, apresentando-se de avental multicolor, blusa vistosa de seda ou renda com gola, saia preta travada, meia de vidro com risca e chinelo de tacão fino, e a versão etnográfica, bem mais sóbria, mas igualmente rica de beleza e de diversidade ímpar em mostra cultural de etnografia, podem ser apreciados os trajes de trabalho, festa, romaria, noivos, luxo, luto e representações oficiais. Alguns trajes são originais, outros são cópias recolhidas através do Museu Etnográfico da Póvoa de Varzim.

Entre as suas atividades, contam-se atuações recreativas e etnográficas; festas temáticas; Arraial Poveiras (Póvoa Ao Ar Livre); Dias do Parque; Cantares das Janeiras; Fado e Poesia; Festas Populares; Jogos tradicionais; marchas Populares; Saraus de Variedades; Tômbolas dançantes; Usos, costumes e tradições Poveiros; Teatro de Revista; Ténis de Mesa; Atletismo; Futebol “Ovos de Páscoa” (Infantil e Juvenil). Usa espaços cedidos pela Autarquia.

EVENTOS

Em 2016, o Rancho Folclórico Poveiro comemorou 80 anos com festa entre 15 de junho e 3 de julho. A primeira iniciativa teria lugar no Posto de Turismo, com a inauguração da exposição “Rancho Poveiro, 80 Anos de História”. A mostra estará patente de 15 de junho a 3 de julho, dando a conhecer ou reviver alguns dos momentos mais marcantes da vida do grupo.

No sábado, 25 de junho, decorreria o Festipóvoa – Festival Nacional de Folclore, com desfile dos grupos convidados e atuação dos Ranchos: Rancho Folclórico da Glória do Ribatejo (Salvaterra de Magos); Rancho das Cantarinhas de Buarcos (Figueira da Foz); Rancho Típico de Pombal; Rancho Folclórico da Trofa; Ronda Típica da Meadela (Viana do Castelo) e Rancho Poveiro. No domingo, 26 de junho, haveria uma Missa Comemorativa dos 80 Anos do Rancho Poveiro, na Igreja Matriz.